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30/10/2008 - 10:01

FMI anuncia linha de crédito para mercados emergentes com problemas de liquidez

Brasília - O Fundo Monetário Internacional anunciou, no dia 29 de outubro (quarta-feira), a criação de uma linha de crédito para suprir necessidades de liquidez de curto prazo de seus países membros. De acordo com o FMI, a linha destina-se a países com políticas econômicas sólidas que enfrentam problemas transitórios de liquidez em razão da escassez de crédito no mercado internacional.

"A atual turbulência nos mercados mundiais gerou consideráveis problemas de liquidez em alguns países de mercados emergentes, inclusive naqueles com marcos macroeconômicos sólidos e com uma trajetória ininterrupta de acesso aos mercados”, afirmou o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, ao anunciar o Serviço de Liquidez de Curto Prazo (SLC), segundo a página do Fundo na Internet.

Strauss-Kahn lembrou que as atuais linhas do FMI são voltadas a países que precisam tanto de financiamento quanto de ajustes em suas políticas. “Este novo serviço preenche um vazio em nossos instrumentos de respaldo financeiro”, justificou. “O FMI responderá à crise com todo o financiamento que seja necessário. Estamos preparados para utilizar nossos próprios recursos e para colaborar com outras partes, a fim de gerar novos recursos, de modo que os países disponham dos fundos necessários para reestabelecer a confiança e manter a estabilidade”, assegurou.

Em nota divulgada agora à noite, o Ministério da Fazenda avalia a criação do SLC como uma vitória brasileira. “A linha aprovada é bastante próxima da proposta lançada originalmente pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, em abril último, na reunião de primavera do FMI. Desde então, a cadeira brasileira na diretoria, ocupada pelo economista Paulo Nogueira Batista Jr., trabalhou para detalhar a proposta e obter o apoio de outras cadeiras. O resultado constitui uma vitória do Brasil na busca pela modernização dos organismos financeiros internacionais”, diz a nota.

Segundo a Fazenda, a liberação do crédito dependerá de uma avaliação do país e da sustentabilidade das dívidas externas e do setor público.”Não haverá carta de intenções, nem critérios de desempenho e nem metas quantitativas a cumprir”, explica a nota. O financiamento será concedido em uma parcela. O saque terá duração de três meses e deve ser resgatado em até três meses, com possibilidade de duas renovações. O acesso é limitado a 500% da quota do país no Fundo, com custos tradicionais escalonados de crédito, sobretaxas e taxas de serviço.| ABr

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