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31/10/2008 - 10:17

Argentina dá duro golpe na Previdência privada, afirma especialista

A presidente da Argentina, Cristina Kichner, assinou no dia 21 de outubro, o projeto de lei que reestatiza o sistema de previdência social do país, terminando com o sistema de capitalização, AFJP - Administradoras de Fundos de Pensão e Aposentadorias, criado em 1994.

Por mais que se queira isolar o caso argentino dos demais, o mundo financeiro globalizado não enxerga os países da América Latina como uma habitação isolada de crise. De acordo com o economista Paulo Mente, ex-presidente da ABRAPP e sócio da Assistants, esta ação do Governo sobre os fundos de pensão impactam em primeiro plano as instituições financeiras que os administram.

Segundo o economista, a retomada dos recursos dos fundos de pensão, em meio à crise internacional de crédito, dá mostras do que será o próximo ano argentino, quando sua economia precisará captar no mercado o dobro dos recursos que precisou neste ano corrente. “Vale ressaltar que 55% dos investimentos dos fundos de pensão estão em títulos governamentais e mais de 10% em ações de empresas, sendo a metade delas argentinas”, afirma.

A Bolsa de Buenos Aires, que multiplicou várias vezes seu movimento desde a criação das AFJP em 1994, vê agora, o risco de que os recursos possam ser utilizados pelo Governo para outras finalidades. Nas outras praças, onde os recursos também eram aplicados os impactos também são sentidos em menor escala, como em Madrid, por força do próprio BBV ou no Brasil, onde uma parcela não significativa de U$ 3 bilhões já havia sido retirada pelos fundos argentinos ao longo deste ano.

“Apesar do mercado por vezes enxergar o Mercosul como um bloco, é preciso disseminar rapidamente a convicção de que os acontecimentos com os fundos de pensão argentinos não têm nada a ver com o Brasil”, conclui Mente.

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