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31/10/2008 - 11:29

Pequenas ações, grandes benefícios

Quem não se lembra da época em que só existiam refrigerantes em garrafas de vidro, músicas em discos de vinil e os bebês só usavam fraldas de pano? Pois é, esses antigos objetos foram quase que, completamente, substituídos por uma variedade enorme de embalagens descartáveis, feitas com materiais inovadores, como o plástico, por exemplo.

Mas, infelizmente, o planeta está pagando um preço muito caro por toda esta praticidade.

A falta de consciência ambiental somada à dificuldade de acesso aos programas de reciclagem está fazendo com que as pessoas joguem fora embalagens que poderiam ser recicladas, transformando-as, assim, em montanhas de lixo. Dessa forma, as embalagens plásticas acabam contribuindo para o esgotamento da capacidade dos aterros sanitários e, quando descartadas de forma inadequada, entopem bueiros, poluem os rios e ajudam a acumular água que pode se tornar foco de doenças, como a dengue.

Estima-se que o Brasil recicla menos de 50% das garrafas PET que produz. Dessa forma mais de 6 bilhões delas viram lixo todos os anos. Além disso, elas demoram mais de 100 anos para se degradar, fazendo com que o volume de lixo no planeta cresça em larga escala.

Outro vilão dos dias atuais é o consumismo. Segundo o filósofo francês Luc Ferry, a sociedade atual encontra no ato de comprar, comprar e comprar uma ilusória felicidade. Algo extremente catastrófico ao planeta, à medida que se gera mais lixo que, ao não ser reciclado ou reutilizado, polui o meio-ambiente e reduz de forma considerável os recursos naturais.

As estatísticas dizem que só é reciclado no Brasil 45,5% (2,8 milhões de toneladas/ano) do papel e papelão descartados; 45% do vidro; 24,2% das embalagens longa-vida (9,2 bilhões); 1 milhão de toneladas de plásticos e 95% das latas de alumínio. As usinas públicas de reciclagem paulistanas operam com menos de 1% do lixo total.

Mas então como é possível mudar esta realidade e alavancar uma nova maneira de agir e de pensar em relação ao lixo que produzimos? A resposta é simples na teoria, mas ainda sofrível na prática. É preciso reavaliar alguns hábitos, consumir menos e de forma mais consciente (estamos gastando os recursos naturais a uma velocidade 25% mais rápida do que eles se renovam), reutilizar os materiais e colocar em prática a reciclagem, algo que infelizmente caminha a passos lentos em nosso país.

Ao poder público cabe ampliar o investimento em programas de conscientização ambiental, implantar verdadeiramente a reciclagem, e fomentar projetos para destinação adequada de resíduos, pondo fim aos lixões clandestinos, onde o chorume contamina solo e lençóis freáticos.

Tudo parece complexo e um pouco demorado demais? Não desanime. Saiba que, toda grande transformação começa primeiramente dentro de cada um de nós e é possível, sim, desde já, fazer a nossa parte e dar bons exemplos dentro de casa e na comunidade onde vivemos através de pequenas ações, como estas:

1. SEPARE SEU LIXO RECICLAVEL (METAL, PLÁSTICO, PAPEL E VIDRO)- Ele deve ser separado do lixo orgânico (restos de alimentos, papéis sujos e lixo de banheiro).

2. LAVE AS EMBALAGENS DE ALIMENTOS COM ÁGUA ANTES DE SEPARÁ-LAS PARA RECICLAR - E aproveite esta água para regar as plantas: ela contém nutrientes!

3. TENHA INICIATIVA! Se a prefeitura de sua cidade não tiver coleta seletiva, entre em contato com uma cooperativa de reciclagem, ou ONG que faça esse trabalho. Se não encontrar alternativas próximas, dê sugestões aos seus representantes eleitos (prefeito, vereadores, etc.) ou pense em fundar uma ONG você mesmo, com foco socioambiental.

4. NO TRABALHO ADOTE UMA GARRAFINHA - Ou batize um copinho plástico com o seu nome e use-o, durante o dia todo, ou use sua própria caneca, garrafa tipo squeeze ou aquela plástica de 500 mililitros.

5. VOLTE À ÉPOCA DA LANCHEIRA - Como você embala seu lanche quando o leva de casa? Num filme plástico ou no papel-alumínio? Tem uma solução melhor: use tapeware ou potinhos para colocar seus petiscos. Depois é só lavar e reutilizá-los. Assim, sabe quanto lixo você produz: ZERO!

6. OLÉO DE COZINHA: NEM PENSE EM JOGÁ-LO NO RALO DA PIA! - Apenas 1 litro de óleo é responsável pela poluição de 1 milhão de litros de água! Por isso coloque o óleo numa garrafa PET e entregue num posto de coleta para virar sabão ou biodiesel.

7.CUIDE-SE COM RESPONSABILIDADE - Na hora de selecionar um produto de beleza e higiene, prefira os produtos orgânicos ou aqueles que tenham refil, mais baratos e ecologicamente corretos.

8.LEVE SUA SACOLA ÀS COMPRAS, DE PREFERÊNCIA DE PANO - Evite usar aquelas sacolinhas de plástico, lembre-se que o plástico é um dos materiais que mais demoram para se decompor: 500 anos!

9.DOE AQUILO QUE VOCÊ NÃO QUER MAIS - Aprenda a doar. Doe roupas, calçados, brinquedos, etc. Até mesmo aquela pilha de papéis pode ser doada para instituições. Com isso, você ajuda a evitar o desperdício e ajuda outras pessoas.

10. E NÃO SE ESQUEÇA DE QUE, ALÉM DE CUIDAR DO LIXO, DEVEMOS ECONOMIZAR ENERGIA E DIMINUIR A POLUIÇÃO - Portanto, nada de ficar horas embaixo do chuveiro (principalmente entre 18h e 20h30min); retire os aparelhos eletrônicos da tomada quando eles não estiverem sendo usados; use lâmpadas fluorescentes, que economizam até um terço de energia elétrica e podem durar dez vezes mais; deixe o carro na garagem quando possível, priorizando as caminhadas.

Você faz a sua parte e o planeta agradece!

. Por: Vanessa Damo é deputada estadual pelo PV e pós-graduada em Gestão Ambiental

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