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01/11/2008 - 12:02

Internet decidirá eleições norte-americanas

A poucos dias para o término da corrida à Casa Branca, a disputa entre democratas e republicanos entra em sua reta final. Embora o candidato Barack Obama esteja ligeiramente à frente de John McCain em todas as pesquisas de intenção de voto, ainda é difícil apostar quem saíra vencedor. É pensando nisso que ambos os partidos apostam na Internet a fim de atrair o eleitorado indeciso, um trunfo que pode decidir a eleição em um País onde 48% dos jovens registraram a intenção de ir às urnas no próximo dia 4 de novembro.

É bem verdade que nos EUA o uso da Internet em campanhas não é nenhuma novidade. No entanto, nas eleições deste ano, a Internet ganhou um ritmo e um impulso diferente com uso de recursos da Web 2.0. Obama, o precursor desse movimento, apostou forte na interatividade. E por isso venceu a disputa pelo eleitor internauta. Especialmente nas prévias, foram destaques os envios diários de e-mails personalizados, pedidos de ajuda financeira e conteúdos motivacionais para voluntários. Mas a onda Obama não seria nada se não tivesse dado aos internautas a chance de participar ativamente da campanha virtual, enviando vídeos, mantendo blogs, discutindo ações e mobilizando mais pessoas a favor do democrata.

O republicano McCain, por sua vez, demorou muito para investir na Internet, permitindo que Obama tomasse à frente também na divulgação online. Por meio das ações interativas, ele conquistou um verdadeiro exército de eleitores jovens e de admiradores estrangeiros, todos empolgados em militar a favor de sua moderna campanha. Sem entrar no mérito do conteúdo, a forma de comunicação é realmente uma mudança que pode definir quem será o homem mais poderoso do mundo.

Não é à toa que a Internet foi alvo dos candidatos. As eleições primárias registraram um crescimento de mais de 100% na participação de eleitores entre 18 e 29 anos, em comparação com o pleito de 2004. Outro dado importante é que a cada quatro eleitores, um é jovem. E a realidade é que esse público passa a maior parte do dia conectado, assistindo vídeos on-line como os do Youtube, utilizando redes sociais como o Orkut e o Facebook, e lendo blogs e sites de notícias. Em um país onde a penetração dessa mídia atinge mais de 90% dos lares, não dava mesmo para deixar de lado a Web.

Se levássemos em consideração apenas os votos da ‘Geração.com’, formada por pessoas com até 30 anos, Obama seria eleito por 61% dos votos, enquanto McCain ficaria com apenas 32% da preferência, de acordo com pesquisa divulgada no início de outubro pelo USA Today/MTV/Gallup. Caso Obama vença nas urnas, os EUA poderão ser a primeira nação da história a ter um presidente 2.0.

. Por: Moriael Paiva, publicitário e diretor executivo de criação da Talk Comunicação Interativa. Especialista em comunicação política na Internet, foi coordenador da campanha online de Gilberto Kassab à prefeitura de São Paulo.

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