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04/11/2008 - 09:02

Maior ganho de fusões e aquisições é em propriedade intelectual

Uma pesquisa desenvolvida pela Hay Group, empresa especializada em desenvolvimento profissional, mostra um dado inesperado no que diz respeito a fusões e aquisições de empresas no Brasil e no mundo. Vicente Gomes, diretor da empresa no Brasil, assinala que a maioria das fusões é promovida visando ampliar vendas, mas seu resultado mais significativo é a conquista de propriedade intelectual.

"A principal razão apontada por cerca de 300 executivos de vários países do mundo para se promover uma fusão ou aquisição diz respeito a melhorar o crescimento da empresa, com cerca de 70% das indicações. Mas quando analisam o resultado dessas fusões e aquisições, os executivos se decepcionam, pois pouco mais de 50% acreditam que os objetivos foram alcançados. No entanto, quando o assunto é "propriedade intelectual", 40% acreditam que o melhor resultado de fusões e aquisições é justamente o de incorporar patentes, conhecimento e pessoal que a empresa não tinha antes", assinala Gomes.

Intangíveis - A pesquisa promovida pela Hay evidenciou um dado alarmante: nada menos do 60% das fusões e aquisições investigadas pela empresa não geraram valor algum para as empresas e em pelo menos 10% dos casos totais estima-se que as fusões e aquisições destruíram valor, pois as empresas não conseguiram recuperar sequer 50% do que investiram na compra de outra empresa.

"O que nosso estudo evidenciou é que as empresas que se preocuparam em administrar os fatores intangíveis da fusão, como as culturas das empresas que estão se integrando, alcançaram índices de sucesso muito mais significativos. Um dado interessante é que quando os gerentes ou chefes não são informados sobre o que está ocorrendo e são apenas orientados a cumprir determinações, eles irão atuar como em uma guerra de trincheiras, defendendo seus espaços e equipes e trabalhando contra a fusão ou aquisição", assinala.

De acordo com Gomes, a maioria das fusões e aquisições começa por integração de sistemas, passa pelo aproveitamento das sinergias que existem entre as empresas e terminam com os intangíveis, ou seja, a integração das culturas empresariais. "De modo geral, os executivos assinalam que há uma excessiva preocupação com a integração de sistemas de TI e pouca preocupação com a integração de pessoas. Isso certamente explica o fato, apontado por nossa pesquisa, de que somente 15% das fusões e aquisições resultam em algum grau de sucesso para as empresas", comenta.

Segundo Ralph Arcanjo Chelotti, Presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, a pesquisa da Hay Group evidencia que mais do que máquinas, infra-estrutura ou promessas de redução de custos, o grande ganho das empresas em processos de fusão e aquisição, como o anunciado hoje entre Itaú e Unibanco, diz respeito às pessoas, daí porque as empresas precisam planejar, também, a integração das equipes, buscando preservar os talentos.

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