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02/03/2007 - 09:26

Dólar barato e matéria-prima para indústria mantêm alta da importação

Brasília - A economia brasileira bateu o recorde de importações para um mês de fevereiro, comprando US$ 15,69 bilhões em produtos do exterior. O número é 21% maior que o de fevereiro do ano passado e confirma a tendência de aumento das importações, que vem desde 2005 e faz com que venha caindo o saldo da balança comercial – exportações menos importações.

O saldo comercial de janeiro de 2007 já havia ficado abaixo que o de 2006. O resultado repete-se em fevereiro. “A tendência é que as importações continuem a crescer numa velocidade superior à das exportações”, analisa Armando Meziat, secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A tendência para 2007, prevista por Meziat, já marcou o ano passado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou esta semana o Produto Interno Bruto (PIB) de 2006. A soma das importações cresceu 18%, enquanto as exportações cresceram apenas 5%.

O principal peso nas importações ainda é a indústria. De cada dez dólares importados, sete eram produtos para atender à indústria. As matérias-primas representam metade das importações e 20% são bens de capital – como são chamados os equipamentos para produção industrial.

Os bens de consumo, que são vendidos diretamente ao consumidor, continuam com um peso pequena nas importações. Mas são o item que mais cresceu em fevereiro: 36%.

“O dólar muito barato incentiva a importação”, justifica Meziat. Ao longo de 2006, a moeda brasileira ficou 8,66% mais forte em comparação com a média das moedas estrangeiras. Com isso, ganhou poder de compra e os produtos estrangeiros ficam mais baratos.

“Se essa tendência se mantiver e atingir um nível razoável, nós podemos verificar uma modificação na taxa de câmbio: o real se desvalorizaria”, acredita Meziat. Se as importações crescem, saem mais dólares no país. A falta de dólares, em princípio, deixa a moeda norte-americana mais cara e o real mais barato.| Por: Daniel Merli/ABr

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