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05/11/2008 - 13:35

EDP Energias do Brasil obtém aumento de 10% no EBTIDA no 3º trimestre de 2008

No período, a companhia registrou redução de 14,1% nos gastos gerenciáveis consolidados e o endividamento líquido teve uma redução de 21,1% (1,4 vezes EBITDA) em relação a junho de 2008

São Paulo – A EDP Energias do Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, registrou no terceiro trimestre deste ano EBITDA (resultados antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 350,6 milhões, aumento de 10,6% em comparação ao mesmo período de 2007. Este resultado foi estimulado pelo EBITDA da distribuição, que alcançou R$ 225,2 milhões no período, um acréscimo de 16% em relação ao terceiro trimestre de 2007.

A empresa obteve uma Receita Líquida Consolidada de R$ 1,226 bilhão, 5,2% superior a igual período de 2007. Destaque importante para a redução dos gastos gerenciáveis consolidados, que excluindo a depreciação e amortização, ficaram 14,1% mais baixos que os registrados no terceiro trimestre do ano passado.

O lucro líquido do trimestre, de R$ 117,6 milhões, ficou 9% abaixo do registrado em igual período do ano anterior (R$ 130,6 milhões), devido ao efeito negativo do resultado financeiro da empresa.

Destaques do período.: A operação de permuta de ativos entre EDP Energias do Brasil e Grupo Rede foi concluída em setembro, permitindo à EDP Energias do Brasil assumir o controle e a gestão da Investco (detentora da concessão da UHE Lajeado) e da Lajeado Energia (antiga Rede Lajeado), consolidando100% de ambos os ativos.

· O volume de energia vendida pela geração no terceiro trimestre foi de 1.582 GWh, 10,7% superior ao terceiro trimestre de 2007.

· O volume de energia distribuída no 3T08 foi de 6.273 GWh, 1,3% maior do que o volume registrado no 3T07, já excluída a contribuição de Enersul no mês de setembro.

· A Receita Líquida Consolidada totalizou R$ 1,226 bilhão no 3T08 (já excluída Enersul do mês de setembro), 5,2% acima do 3T07 devido ao crescimento dos volumes de energia vendida e à elevação do preços médios praticados na geração e comercialização.

· Os gastos gerenciáveis consolidados, excluindo depreciação e amortização, diminuíram 14,1% em relação ao 3T07, com destaque para a redução das contas de provisões e serviços de terceiros.

· O EBITDA do 3T08 alcançou R$ 350,6 milhões, aumento de 10,6% em relação ao 3T07, com destaque o crescimento de 16,0% no EBITDA da distribuição, que atingiu R$ 225,2 milhões.

· A dívida líquida foi reduzida no trimestre em R$ 451 milhões (menos 21,1%).

O resultado do lucro líquido consolidado do trimestre ficou em R$ 117,6 milhões, 9% inferior ao registrado em igual período do ano anterior, quando foram contabilizados R$ 130,6 milhões. No acumulado dos nove meses de 2008, o lucro líquido foi de R$ 269,8 milhões, com redução de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo acumulado dos nove meses contempla o impacto negativo de R$ 129,6 milhões da amortização adicional do ágio da Enersul.

Sem esse lançamento, o lucro líquido acumulado teria sido de R$ 413,8 milhões, 11,4% superior em relação aos nove meses de 2007. Levando em consideração o lucro líquido ajustado dos nove meses do ano, a companhia registrou um saldo positivo de 11,4%, face ao mesmo período do ano anterior.

Geração - Neste segmento, o volume de energia gerada pelas usinas do Grupo no trimestre alcançou 992,7 GWh, acréscimo de 5,7% em relação aos 939,1 GWh gerados no mesmo período do ano passado. A energia vendida totalizou 1.582 GWh, o que perfez um crescimento de 10,7% em relação ao mesmo trimestre de 2007.

Este crescimento do volume de energia vendida está diretamente ligado à operação de permuta de ativos, concluída em setembro, que, por conta do controle da UHE Lajeado, aumentou a capacidade instalada e o portfólio de energia assegurada da EDP Energias do Brasil em 902,5 MW e 527 MW médios, respectivamente. No acumulado dos noves meses, as vendas de energia cresceram 11,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Outro ponto a ser destacado diz respeito ao preço médio da geração no 3T08, que ficou 2,1% acima do registrado no 3T07.

A empresa deu continuidade à expansão da geração com o início, em julho, das obras para a instalação da UTE Porto do Pecém, no Ceará. A entrada da usina em operação comercial deve ocorrer antes de janeiro de 2012, data em que se inicia o compromisso de entrega de energia assumido no Mercado Regulado. O primeiro módulo, com capacidade de 360 MW, tem entrada em operação prevista para maio de 2011, enquanto o segundo começará a operar em novembro de 2011.

Crescimento em geração - Se levarmos em conta apenas os projetos em andamento (construção da UTE Pecém e da PCH Santa Fé e repotenciação de usinas), em 2012, a capacidade instalada total da companhia chegará a 2.116 MW – um crescimento de 102,9% em relação à capacidade registrada no início do ano, antes, portanto, da permuta que viabilizou o controle da UHE Lajeado.

Distribuição - O volume total de energia distribuída cresceu 1,3% no 3T08, em comparação ao 3T07 – saldo com exclusão do volume de setembro de 2008 da Enersul.

O volume de energia vendida a clientes finais registrou crescimento de 0,4% no 3T08, em relação ao 3T07, e 2,6% no acumulado do ano, em comparação a igual período de 2007. O saldo é fruto do crescimento nas áreas de concessão das distribuidoras do Grupo.

O avanço do volume distribuído nas classes residencial e comercial está ligado principalmente à ampliação do número de clientes e do consumo per capita, impulsionados pela condição econômica favorável nas áreas de concessão da Bandeirante e da Escelsa.

Perdas - Devido à conclusão da operação de permuta de ativos, as perdas da Enersul não estão mais contabilizadas. As perdas comerciais no segmento de distribuição mantiveram-se estáveis na Bandeirante e tiveram uma redução de 0,2% na Escelsa, em relação ao mesmo período de 2007.

Neste terceiro trimestre, as distribuidoras Bandeirante e Escelsa desembolsaram um total de R$ 9,8 milhões em programas de combate às perdas. Do total de recursos direcionados a esses programas, R$ 6,6 milhões foram para investimentos operacionais (substituição de medidores, instalação de rede especial e telemedição) e R$ 3,2 milhões para despesas gerenciáveis (inspeções e retirada de ligações irregulares).

No período, as concessionárias da companhia realizaram aproximadamente 48 mil inspeções que resultaram na retirada de aproximadamente 38 mil ligações clandestinas e recuperação de receitas de cerca de R$ 5,3 milhões.

Comercialização - A Enertrade, comercializadora da EDP Energias do Brasil, comercializou um volume de energia de 1.783 GWh, uma redução de 4,5% em relação aos 1.866 GWh negociados no mesmo período do ano passado.

O preço de venda praticado neste trimestre foi 17,8% superior, fator determinante para o crescimento da Receita Líquida. Por outro lado, o aumento de 16,9% no custo da energia comprada impactou negativamente o EBITDA do período.

A empresa observou que houve uma redução de 7,8% entre a posição relativa do mercado livre no terceiro trimestre deste ano, repetindo a mesma posição registrada no terceiro trimestre de 2007. Ou seja, o mercado livre recuou 7,8% em relação ao mercado total.

Endividamento - A dívida bruta consolidada alcançou R$ 2,632 bilhões em setembro de 2008, 11,7% inferior ao valor de junho de 2008. A permuta de ativos contribuiu para a redução do endividamento em R$ 293 milhões.

A dívida líquida ajustada pelos valores de caixa/aplicações e pelo saldo líquido de ativos regulatórios chegou a R$ 1,68 bilhão, em setembro de 2008, valor inferior ao registrado em junho de 2008. Neste período, houve aumento do resultado líquido regulatório consolidado em aproximadamente R$ 60 milhões, saldo motivado pela saída da Enersul.

Do total da dívida bruta no final de setembro de 2008, 3,8% estavam denominados em moeda estrangeira, 97% dos quais protegidos da variação cambial por meio de instrumentos de hedge, resultando em uma exposição líquida de 0,1%. O custo médio da dívida do grupo em setembro/2008 era de 11,6%. “Encerramos o mês de setembro com uma relação dívida líquida/EBITDA em 1,4 vezes, mostrando uma posição confortável de alavancagem da companhia”, explica Pita de Abreu.

Investimentos - Neste período, os investimentos da EDP Energias do Brasil totalizaram R$ 146,3 milhões. Esses investimentos foram distribuídos entre geração (16,3%) e distribuição (84,3%). O saldo, menor que o registrado no ano passado, ocorre em razão da troca de ativos, o que levou a companhia a investir menos no segmento de distribuição.

Na geração, o aumento dos investimentos no 3T08, em comparação ao 3T07, deve-se aos desembolsos para construção da PCH Santa Fé e as repotenciações das usinas de Mascarenhas e Suíça.

No segmento de distribuição, os investimentos no 3T08 somaram R$ 123,3 milhões dirigidos, principalmente a melhorias nas redes da Bandeirante, da Escelsa e da Enersul.

Neste trimestre também foram destinados R$ 18 milhões para Universalização das três distribuidoras.

Desempenho das ações no mercado de capitais - Ao final de setembro de 2008, ações da EDP Energias do Brasil encerraram a R$ 23,82, apresentando queda de 13,8% no ano de 2008, desempenho superior ao Ibovespa (-22,5%) e inferior ao Índice de Energia Elétrica – IEE (-5.3%).

Perfil da EDP Energias do Brasil - A EDP Energias do Brasil é a holding que consolida ativos de energia elétrica nas áreas de geração (Energest, Enernova, Enerpeixe e Investco), comercialização (Enertrade) e distribuição (Bandeirante e Escelsa). É controlada pela EDP Energias de Portugal.

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