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06/11/2008 - 06:29

Presidente do BNDES defende economia em crescimento e expansão da indústria da moda, em palestra no Rio Summer


Para Luciano Coutinho, que participou do primeiro dia do “Seminário o Valor da Moda”, Brasil apresenta sólidos fundamentos macroeconômicos para enfrentar crise.

Rio de Janeiro– O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, apresentou um panorama da economia brasileira e diversos números da indústria têxtil e de confecção no Brasil durante o primeiro dia do “Seminário o Valor da Moda”. Este seminário ocorre paralelamente ao Rio Summer, evento de moda-praia, moda-verão e lifestyle, realizado entre hoje e sábado, no Forte de Copacabana. O Rio Summer é idealizado por Nizan Guanaes, sócio-majoritário do Grupo ABC de Comunicação.

Coutinho iniciou o seu discurso defendendo o crescimento do País, apesar da grave crise financeira internacional. Para o presidente do BNDES, o Brasil apresenta sólidos fundamentos macroeconômicos para escapar dos efeitos mais intensos da crise. Lembra do investment grade e do nível de reservas, afirma que as políticas monetária e fiscal manterão a inflação sob controle e destaca o crescimento firme da demanda doméstica. Mais: enfatiza que temos bancos sólidos no País e que o setor privado tem recursos para investir. Ainda menciona o crescimento da massa real de salários, entre outros dados recentes da economia brasileira. “Desde 2004, retomamos uma nova trajetória de crescimento. O grau de investimento dá outro diferencial ao Brasil.”

Moda, Um Grande Mercado - Sobre a indústria da moda no Brasil, o presidente do BNDES destaca que temos uma situação bastante favorável. “Entre todas do meio cultural, a da moda é a que está mais próxima do universo dos negócios. Temos muita qualidade para ganhar mercado”, afirma Coutinho.

O executivo chama a atenção para um mercado em expansão. Destaca que a indústria têxtil e de confecção registra uma participação de 4,1% do PIB total brasileiro, 17,2% do PIB da indústria de transformação e ainda representa uma geração de quase 1,7 milhões de empregos diretos. Apesar disso, o Brasil, neste setor, ainda tem uma pequena participação no comércio internacional (60º lugar). Para Coutinho, ainda há outras realidades da indústria têxtil e de confecção: competitividade no algodão e aumento da participação em sintéticos, incorporação recente da nanotecnologia na indústria têxtil mundial, baixo consumo de têxteis per capita, mas com grande potencial de expansão e forte informalidade.

No caso da indústria de couro, calçados e artefatos, Coutinho diz que existe um mercado interno em expansão, ameaça à posição do Brasil como produtor e exportador pelo crescimento do sudeste asiático, micro e pequenas empresas despreparadas para customização de calçados e carentes de crédito, o Brasil lidera iniciativas para o estabelecimento de selo de conforto em calçados, necessidade de fortalecer marcas, design e imagem do calçado brasileiro no mercado internacional, capacidade das pequenas e médias empresas para atuação em nichos de mercado, ampliação e modernização da cadeia industrial e ampliação das exportações.

“Os setores têxteis, de vestuário e acessórios mantêm taxas de crescimento positivas em 12 meses há mais de um ano”, destaca o presidente do BNDES. As exportações brasileiras de têxteis, vestuário e calçado atingiram US$ 4,52 bilhões entre janeiro e setembro de 2008, em comparação com US$ 4,41 bilhões de todo o ano passado.

Segundo Coutinho, com os programas para fortalecer a competitividade da indústria têxtil e de confecções a meta para 2010 é chegar a um faturamento de US$ 41,6 bilhões (em 2006 foi de US$ 33 bilhões). Já com os programas para fortalecer a competitividade de couro, calçados e artefatos, os objetivos para 2010 são conquistar a segunda posição na produção mundial de calçados, aumentar o valor das exportações de couro acabado à taxa média de 10% ao ano e conquistar a terceira posição na exportação de calçados. “Apesar da crise de crédito internacional, as políticas públicas criarão as condições para sustentar o crescimento econômico. Não faltará crédito para os investimentos”, afirma o presidente do BNDES, ao encerrar: “o fortalecimento da demanda doméstica favorece a indústria da moda”.

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