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07/11/2008 - 10:06

EBITDA da Braskem alcança R$ 683 milhões no 3T08

Impacto da variação cambial na dívida causa prejuízo contábil de R$ 849 milhões no trimestre.

O desempenho operacional da Braskem apresentou evolução no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, como demonstra o crescimento do EBITDA – lucro antes dos impostos, taxas, depreciação e amortização – em 31%, saltando de R$ 519 milhões para R$ 683 milhões. A margem EBITDA, que expressa a rentabilidade operacional do negócio, foi de 13,6%, quase dois pontos percentuais acima da margem alcançada no segundo trimestre. Essa performance reflete principalmente o incremento da receita com petroquímicos básicos, especialmente dos aromáticos, que compensaram maiores custos de nafta no período.

Mesmo com as incertezas sobre o impacto da crise financeira no crescimento da economia mundial, a demanda por resinas termoplásticas no mercado brasileiro, sustentada pelo incremento de 23% no PVC, avançou 6% em relação ao terceiro trimestre de 2007. Nos 9 primeiros meses deste ano, a demanda interna cresceu 9% em comparação ao mesmo período de 2007, com aumento da participação das importações em razão da apreciação do real e do desaquecimento da economia americana. Nesse período, as vendas de resinas da Braskem no mercado doméstico também apresentaram um incremento de 9%, impulsionadas pelo aumento de 16% no PVC.

As exportações da Braskem totalizaram US$ 765 milhões (25% da receita líquida) no terceiro trimestre, antes da forte retração dos negócios no mercado internacional a partir de outubro. Esse montante representa um acréscimo de 40% sobre o mesmo período de 2007. No acumulado dos primeiros nove meses, as exportações alcançaram US$ 1,8 bilhão, com um crescimento de 4% em relação ao período equivalente do ano anterior.

A recuperação dos volumes exportados de produtos aromáticos, com destaque para o benzeno, foi um fator importante para o melhor desempenho das vendas externas e da rentabilidade da companhia em relação ao segundo trimestre, quando a parada programada para manutenção das duas centrais petroquímicas reduziu a disponibilidade de produtos. Com a volta dessas plantas a plena carga no terceiro trimestre, as vendas externas de aromáticos cresceram 45%.

A receita líquida no 3T08 alcançou R$ 5 bilhões, o maior valor já registrado pela Braskem em um trimestre, o que representa um aumento de 9% em relação à receita registrada no 3T07. Quando expressa em dólares, a receita líquida consolidada no 3T08 foi 25% maior, reflexo dos melhores preços internacionais destes produtos.

Nos nove primeiros meses de 2008, a receita líquida da Braskem atingiu R$ 13,8 bilhões, com redução de 1% sobre igual período de 2007. Traduzida em dólar, a receita líquida cresceu 17% até setembro, alcançando US$ 8,2 bilhões. O EBITDA acumulado, por sua vez, recuou 29% em reais, alcançando R$ 1,8 bilhão, ou US$ 1,1 bilhão.

Com praticamente 100% da receita vinculada, direta e indiretamente, à variação do dólar e cerca de 85% dos seus custos também atrelados à moeda norte americana, a Companhia considera um “hedge natural” a manutenção de uma parcela significativa do seu endividamento também em dólares. Esse posicionamento está baseado no princípio que a dívida da Companhia deve estar na mesma moeda de sua geração de caixa. Por conta do endividamento em dólares, a Braskem registrou no 3T08 prejuízo de R$ 849 milhões após a participação de minoritários, levando o resultado acumulado do ano a um prejuízo de R$ 384 milhões. Vale ressaltar que a Braskem não utiliza derivativos com fins especulativos.

Em linha com o seu compromisso com a disciplina de capital e com a realização de investimentos com retorno acima do seu custo de capital, a Braskem realizou investimentos consolidados que totalizaram R$ 1,1 bilhão nos nove primeiros meses de 2008, incluindo R$ 250 milhões em paradas programadas nas suas duas centrais petroquímicas, o que se compara a R$ 769 milhões nos 9M07.

“Diante dos sinais de recessão na economia mundial, a Braskem reforça o foco de sua gestão na austeridade financeira, na captura de sinergias e na aceleração do programa de redução de custos fixos. Nossa capacidade de geração de caixa e a recente operação de pré-pagamento de exportações de US$ 725 milhões que concluiu com sucesso o alongamento do empréstimo-ponte feito para aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga nos dão tranqüilidade na gestão do nosso endividamento”, diz Bernardo Gradin, presidente da Braskem.

A Braskem, petroquímica brasileira de classe mundial, é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior produtora das Américas. Com 19 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, a empresa produz anualmente mais de 11 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.

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