Pesquisa Platts: Produção de petróleo de outubro da OPEP cai para 32,26 milhões de barris por dia

Londres - Os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) bombearam uma média de 32,26 milhões de barris por dia (b/d) de petróleo bruto em outubro, de acordo com uma pesquisa Platts recém-divulgada da OPEP e de representantes da indústria petrolífera. Uma diminuição de 210.000 b/d do nível de setembro de 32,47 milhões b/d.

Excluindo o Iraque, a produção dos 12 membros que seguem os acordos de produção caiu em 220.000 b/d, para 29,96 milhões b/d de 30,18 milhões b/d, conforme mostrado pela pesquisa.

Quando a Indonésia, que sairá da OPEP no final do ano, é também incluída, a pesquisa mostra uma queda de 210.000 b/d na produção dos chamados 11 da OPEP, para 29,11 milhões b/d em outubro dos 29,32 milhões b/d do mês anterior.

O novo objetivo de produção da OPEP em 1 de novembro, excluindo tanto a Indonésia quanto o Iraque, é de 27,308 milhões b/d, seguindo a decisão do grupo, de 24 de outubro, de cortar as alocações oficiais de produção em 1,5 milhão b/d visando prevenir a formação de um grande excesso de fornecimento.

"Mesmo com a OPEP cortando 1,5 milhão b/d dos níveis atuais, ainda assim ela coloca a produção da organização acima do que a Agência Internacional de Energia (IEA - International Energy Agency) considera que o mercado necessita para que o fornecimento e a demanda continuem equilibrados no primeiro semestre de 2009", disse John Kingston, Diretor Global de Petróleo da Platts.

"A estimativa mais recente da IEA é de que a OPEP precisa produzir 30,6 milhões b/d no primeiro trimestre para equilibrar a demanda e 30 milhões b/d no segundo trimestre. Um corte de 1,5 na estimativa da pesquisa Platts mais recente colocaria a organização perto daquele número no primeiro trimestre, mas ainda acima dele no segundo trimestre". Um corte de 1,8 milhão b/d seria mais provavelmente necessário, disse ele.

Há ainda a questão de o quanto a Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, pretende cortar. Tendo aumentado a produção de forma unilateral durante vários meses desde a primavera, citando a demanda dos consumidores em vez de um esforço para deter a subida do preço do petróleo que no final atingiu, no início de julho, o pico de mais de US$147/barril, o reino vem reduzindo a produção durante os últimos três meses, embora não ao nível de sua alocação de 8,943 milhões b/d. Ela reduziu os volumes em 100.000 b/d em outubro para 9,4 milhões b/d.

Caso a Arábia Saudita cumpra com sua nova alocação de 1 de novembro de 8,477 milhões b/d, ela precisará reduzir a produção em mais de 900.000 b/d.

Na pesquisa, um dos participantes da indústria sugeriu que a Arábia Saudita, em vez de fazer um corte tão profundo, teria o objetivo de reduzir o fornecimento para clientes específicos, os quais aceitariam mais prontamente a redução dos volumes do que outros.

A produção dos EAU caiu 80.000 b/d para 2,55 milhões b/d, amplamente como resultado de manutenção que irá se estender durante o mês de novembro. A produção iraniana caiu 80.000 b/d para 3,9 milhões b/d. Outras pequenas quedas vieram da Argélia, Kuwait, Catar, Venezuela e Indonésia.

A produção angolana foi recuperada para 1,87 milhão b/d com o reinício da produção do complexo Greater Plutonio da BP. A produção foi suspensa em agosto depois da descoberta de uma falha na usina de gás da unidade flutuante de produção e armazenamento do campo.

A produção de petróleo da Líbia aumentou para 1,74 milhão b/d depois da conclusão da manutenção de campo planejada no campo de al-Jerf, operado pela Total.

Os números, ainda não disponíveis para o público, do Ministério do Petróleo do Iraque, mostram a produção dos poços em 2,4 milhões b/d em outubro. Com exportações de 1,694 milhão b/d e consumo interno de 546.000 b/d, deixando um volume considerável de petróleo "sem explicação". O número total obtido a partir da pesquisa ficou próximo de 2,3 milhões b/d. || Sites: www.opec.platts.com | www.platts.com/Oil/Resources/News%20Features/opec/prod_table.xml

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