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11/11/2008 - 08:43

Crise global poderá afetar setor energético brasileiro, avalia presidente da Chesf

O efeito dominó da crise financeira mundial que vem afetando as economias de vários países em todo mundo, inclusive os emergentes, poderá chegar ao Brasil, atingindo, em especial, o setor energético brasileiro. A expectativa, em tom pessimista, é do presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Dilton da Conti Oliveira. A crise global e seus possíveis efeitos será um dos temas abordados durante o XII Congresso Brasileiro de Energia, que acontece de 17 a 19 deste mês, no Centro de Convenções SulAmérica, no bairro Cidade Nova, no Rio de Janeiro.

O dirigente da Chesf justificou seu ceticismo ao assinalar que o crédito, indispensável aos empreendimentos de energia, deverá ficar mais escasso, além da possibilidade de aumento dos preços dos equipamentos em função do mesmo motivo. "Nesse sentido, poderá haver atrasos nas obras de infra-estrutura de energia, afetando o crescimento econômico. Entendo que, assim como já está ocorrendo em outros setores da economia, o governo precisaria tomar medidas para facilitar o crédito também a esse setor", observou.

Dilton Conti de Oliveira destacou que uma possível redução no ritmo do crescimento do PIB também levará a uma queda no crescimento do consumo de energia elétrica. Segundo ele, mantidos os níveis de investimentos no setor, haverá uma menor pressão sobre os preços da energia, tendendo ao equilíbrio, considerando que a oferta se adequará aos níveis de consumo.

"Em vista disto, creio que não haverá a necessidade de despacho de usinas para geração de energia elétrica mais cara (termoelétricas), mantidas as previsões de bons níveis hidrológicos", explicou. O presidente da Chesf acrescentou que, nos últimos anos, tem sido observada uma grande pressão sobre os preços, na medida em que a demanda vem crescendo em níveis maiores que a entrada de novos empreendimentos em operação. Por esse motivo, Dilton Conti acredita que o novo cenário de redução do ritmo de crescimento do PIB acabará propiciando um melhor casamento entre a oferta e a demanda, o que tende à estabilização dos preços.

Conti de Oliveira participará da mesa de abertura do segundo dia (18/11), às 9h, sob o tema "Rediscutindo a Matriz Energética Brasileira", coordenada pelo ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer. Desse debate participarão ainda o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; o consultor da Power Systems Research (PSR), Mario Veiga; o presidente da Chesf, Dilton Conti; e o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes; e o professor da Unicamp especialista em energia, Sergio Bajay.

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