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11/11/2008 - 08:49

Início da crise provoca aumento na procura pelos consórcios

Vendas de Cotas de Automotores superam um milhão, consórcios evitam queda nas entregas de motos, vendas de cotas de autos atingem 30% mais e vendas de Pesados superam 70% de crescimento.

As divulgações sobre a crise internacional já mostraram uma mudança de comportamento no mercado consumidor brasileiro. As taxas de juros mais altas e as dificuldades de crédito provocaram uma procura maior pelo Sistema de Consórcios.

“Os primeiros indícios foram o aumento nas consultas e a ampliação do número de adesões nos diversos setores nos quais os consórcios estão presentes”, explica Rodolfo Montosa, presidente nacional da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Ao demonstrar preocupação com a possibilidade de assumir prestações maiores, o brasileiro tem feito contas e comparado os resultados de cada alternativa disponível para aquisição de um bem como a casa própria, um veículo ou um eletroeletrônico.

Montosa adianta que, “como o consórcio é principalmente um mecanismo de poupança e de formação de um patrimônio, temos observado também a entrada de novos perfis de participantes, principalmente investidores que planejam seus futuros pessoais, familiares ou empresariais”.

Com as adesões ocorridas em setembro, o crescimento nas vendas acumulado no ano ultrapassou o volume de 2007. O total atingiu 1,28 milhão (jan-set/2008) de novas cotas, 1,2% mais que as anteriores 1,26 milhão (jan-set/2007).

O número de participantes registrados no nono mês do ano chegou aos 3,53 milhões, 3,4% mais que os 3,42 milhões de doze meses antes. Apenas as contemplações mostraram retração. A soma nos nove primeiros meses de 2008 foi 588,4 mil (jan-set/2008), 1,3% menos que as 598,5 mil (jan-set/2007) passadas.

Vendas de cotas de automotores superam um milhão - O setor de veículos automotores apresentou crescimento na venda de novas cotas em todos os setores: leves, pesados e motocicletas. O acumulado entre janeiro e setembro de 2008 superou 1,04 milhão, 5,8% mais do que as anteriores 989,8 mil (jan-ago/2007).

“Este ano registramos os melhores resultados dos últimos três anos”, explica o presidente da ABAC. “A euforia das compras de automóveis zero ou de motocicletas caiu com as próprias decisões dos compradores e com as restrições do sistema financeiro. Os que têm optado pelo consórcio, planejaram suas compras sem juros, depois de analisarem custos e prazos das diversas formas de venda parcelada”.

O número de participantes ativos cresceu 4,4%, saltando de 2,77 milhões (setembro/2007) para 2,89 milhões (setembro/2008).

No acumulado das contemplações, também houve alta. Em 2008, chegou a 494 mil (jan-set), 1,3% maior que o anterior, cujo volume esteve em 487,6 mil (jan-set/2007).

Consórcios evitam queda nas entregas de motos -O grande volume de contemplações ocorridas em setembro registrou uma participação de 27% nas entregas. Houve mais de 10 mil novas entregas de agosto para setembro.

Desta forma, as contemplações acumuladas de janeiro a setembro de 2008 aumentaram e totalizaram 334,4 mil, 3,8% maior que as 322,1 mil, do mesmo período do ano passado.

Com uma participação de 53% no Sistema de Consórcios, as motocicletas e as motonetas novas totalizaram 1,88 milhão de participantes, 5,5% mais que os 1,78 milhão de um ano atrás.

Paralelamente, depois de atingir a segunda maior adesão do ano, com 91,7 mil novos consorciados em setembro último, o acumulado nos nove primeiros meses do ano foi de 757,9 mil (jan-set/2008) novas cotas, 3,3% superior às 733,7 mil (jan-set/2007) do mesmo período no ano passado.

Em setembro, vendas de cotas de autos atinge 30% mais - As vendas no mês de setembro deste ano mostraram alta de 29,6% sobre as do mesmo mês em 2007. Com esse crescimento, o número de novas adesões no consórcio de veículos leves – automóveis, utilitários e camionetas – atingiu 225,9 mil, no acumulado de janeiro a setembro, 12,2% mais que ao 201,3 mil (jan-set/2007) anteriores.

Para o presidente da ABAC, “depois de comparar, o brasileiro constatou que o sonho do carro zero ficou mais fácil e mais barato pelo consórcio”. O total de participantes ativos cresceu 1,1%, superando 780 mil (setembro) maior que os 771,4 mil (setembro/2007).

Somente as contemplações registraram baixas. Nos nove primeiros meses deste ano houve 129,3 mil contemplados, 4,8% menos que as 135,8 mil (jan-set/2007) passadas.

Nos pesados, vendas superam 70% de crescimento - Nos consórcios de pesados, que reúnem principalmente caminhões, implementos rodoviários e ônibus, além de tratores e implementos agrícolas, houve alta de 73,7% na venda de novas cotas no mês de setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2007.

Essa elevação provocou um aumento no acumulado anual que somou 41 mil (jan-set/2008), 52,6% mais que o de um ano atrás, quando era de 26,9 mil (jan-set/2008). “Os números atestam que o empresário de transporte tem nos consórcios um mecanismo que lhe permite, em momentos de crise, solucionar suas necessidades”, diz Montosa.

O número de participantes ativos chegou aos 156,5 mil, em setembro, uma alta de 14,7%. No mesmo mês, no ano passado, havia 136,4 mil consorciados.

As contemplações acumuladas totalizaram 18,5 mil (jan-set/2008), 15% mais do que as 16 mil (jan-ser/2007) anteriores.

Imóveis participam mais do SFH - Ao completar 105 meses de crescimento contínuo, o consórcio de imóveis, que havia superado a marca dos 500 mil participantes em agosto, mostrou um crescimento nas contemplações de 20,3%. O acumulado anual somou 45 mil (jan-set/2008) contemplações, que, há um ano eram 37,4 mil (jan-set/2007).

“A expectativa é manter o crescimento obtido em 2007. No ano passado, os consórcios representaram 20% do volume total comercializado pelo Sistema Financeiro Habitacional, confirmando que o sonho da casa própria pode ser planejado a partir da adesão em grupo consorcial”, esclarece Montosa.

Em setembro, havia 506 mil consorciados, 10,9% mais que os 456,2 mil de um ano antes. A comercialização de novas cotas mostrou alta de 12% no mês de setembro deste ano em relação a igual período em 2007. Contudo, o acumulado de vendas anual, 152,1 mil (jan-set/2008), ficou 5% abaixo do registrado anteriormente, quando somou 160,1 mil (jan-set/2007).

Eletros, revertendo a tendência - Ao manter-se acima da média do ano (9,2 mil novas cotas vendidas), o setor de eletroeletrônicos comercializou 9,4 mil novas adesões em setembro deste ano. Todavia, o acumulado das vendas esteve menor. Foram 82,2 mil (jan-set/2008), 29,6% menor que as 117,5 mil (jan-set/2007) passadas.

O total de participantes ativos ainda registra baixa. Somou 132,9 mil, em setembro último, contra 189,1 mil no mesmo mês em 2007, uma retração de 29,7%.

As contemplações, no mesmo período deste ano, foram 30,3% menores do que as de igual período de 2007: 49,3 mil (jan-set/2008) contra 70,8 mil (jan-set/2007).

Fechamento anual deverá apontar alta - “A atual situação econômica brasileira deverá ter reflexos da crise internacional, em razão das facilidades havidas por ocasião do crédito fácil, das baixas taxas de juros e do excessivo endividamento do consumidor. Já é notória a inversão dos critérios, que passaram a ser mais rigorosos para a concessão de financiamentos ao consumidor final. Com juros mais elevados, prazos mais curtos, produtos financeiros mais convencionais, a mudança de cenário está impactando rapidamente toda a cadeia produtiva que se utilizava de outras premissas”, afirma Montosa.

“Contudo, nossa expectativa continua sendo otimista. Deveremos encerrar o ano com um movimento de R$ 20 bilhões em créditos contemplados, R$ 60 bilhões em ativos administrados e 3,6 milhões de consorciados”, completa.

Esses números foram projetados ainda sem os efeitos da nova Lei dos Consórcios, aprovada no último dia 8, cuja vigência tem início a partir de 6 de fevereiro de 2009.

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