Empresas nacionais são as que mais contratam

Pesquisa da Ricardo Xavier mostra que 78% das vagas abertas em outubro são de companhias brasileiras.

Após dois meses do estouro da crise financeira mundial, o mercado de trabalho teve em outubro, pela primeira vez no ano, uma descontinuidade no aumento de vagas. De acordo com a pesquisa da Ricardo Xavier Recursos Humanos, o período teve 8,26% menos vagas que em setembro deste ano, que por sua vez havia crescido 6,63% em relação a agosto.

Segundo Hélio Terra, Presidente da Ricardo Xavier, a pequena queda decorre principalmente da influência da crise nas empresas de capital internacional, que tiveram que rever seus investimentos, o que inclui a contratação de novos profissionais. “Mas a influência dessas empresas no número de vagas ainda é pequena, pois hoje vemos que a maioria das oportunidades está em empresas de pequeno e médio porte, de capital nacional”, afirma Hélio.

A constatação de Hélio tem fundamento. O levantamento da Ricardo Xavier mostrou que, das 2.921 vagas abertas em outubro, 2.286 delas (78,26%) vieram de empresas nacionais. E, embora o número total de vagas tenha sido menor no último mês, algumas capitais do País tiveram crescimentos significativos. É o caso de Curitiba (PR) e Salvador (BA), por exemplo. As duas capitais mais que dobraram o número de posições abertas com relação a outubro do ano passado. Curitiba cresceu 143,51% e Salvador, 178%, respectivamente.

A pesquisa da Ricardo Xavier abrange os Estados de São Paulo, Minas Gerais, da Bahia, do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Dentre esses, os que mais se destacaram em outubro foram São Paulo, com 53% das vagas, sendo 14% dessas em Campinas e 6% em São José dos Campos; Rio de Janeiro, com 22%; Belo Horizonte, com 14%; Rio Grande do Sul, com 7%; Paraná, com 4%; e Bahia, com 3% das vagas.

O estudo também aponta as 10 áreas que mais abriram vagas no último mês. Das 2.921 posições criadas em outubro, 13% estão no setor Comercial; 13% na área Administrativa; 11% em Tecnologia da Informação; 11% em Engenharia; 6% na Industrial; 7% em Recursos Humanos; 7% no setor Financeiro; 4% na área Contábil; e 28% em diversas outras áreas.