Teste de software & fusões: unindo o útil ao rentável

A notícia da união dos gigantes Itaú e Unibanco estremeceu a área econômica brasileira, e reativou a discussão que está na boca do mercado se, de fato, fusões funcionam. Ao que tudo indica, a resposta no País é positiva. Segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), somente em 2008, 74% das fusões no Brasil foram feitas por empresas nacionais, o que configura também o atual momento de turbulência nas bolsas internacionais, desbancando investidores estrangeiros nas ofertas iniciais de ações. Toda essa circulação de recursos, unindo a participação de grandes companhias, denotam igualmente os atos seguintes à fusão, como o alinhamento de quadro funcional, espaço físico, e convergências de tecnologias da informação (TI) utilizadas. O espaço virtual, que passa a ser partilhado, também agrega a estrutura que deve ser única, porém, ininterrupta.

Essa dificuldade em manter o trabalho intacto sem qualquer alteração prejudicial, pode ser solucionada com uma testagem eficiente, desenvolvida de modo independente nos sistemas, que, realizados em fase do ciclo de desenvolvimento permitem que o número maior de erros sejam descobertos antecipadamente, evitando a migração de problemas para as próximas fases da implementação conjunta. Os testes de software atuam hoje entre os principais aliados das grandes fusões, justamente porque previnem que a união de sucesso seja marcada por erros, defeitos, e falhas, capazes de atingir os sistemas. Um projeto de teste independente deve ser completado antes de qualquer tentativa de migração ou união, já que a tecnologia é especialista em mudanças rápidas. Mas, a conexão de processos, sistemas e programas, deve ser repensada para que essa agilidade na TI não se transforme em dores de cabeça futuras, onde aí sim, a correria poderá ser ainda maior, para diminuir o prejuízo.

Estudar passos, documentar e auditar eficazmente toda e qualquer solução, é o caminho da união e renovação tecnológica. Mais do que ingressar no mundo das fusões, a avaliação necessária é se as empresas estão dispostas a investir na prevenção de falhas em seus sistemas, com a melhoria na qualidade de seus softwares. Essa conscientização vale mais que aquisições. É comprometimento com o futuro.

. Por: Rafael Krug Marques, diretor da Zero-Defect Test House.