Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

11/11/2008 - 09:21

Pecuária de corte

Projeto pecuário no Paraná, Cliente SOMA Merial, investe em certificação e sanidade e vende boi gordo com ágio de 15% com destino ao mercado europeu.

O projeto pecuário Vergílio Castagnoli, cliente SOMA da Merial de Paranavaí (PR), colhe os frutos dos investimentos em qualidade realizados em tempos de crise. Enquanto a pecuária paranaense enfrentava sua pior crise no final de 2005, quando focos de aftosa provocaram embargo à carne do Estado e derrubaram as cotações do boi gordo, o projeto promoveu uma grande reestruturação interna, investiu em sanidade e certificação. E hoje, seus animais são disputados no mercado frigorífico, vendidos com ágio de até 15%, para atender a demanda da União Européia.

O projeto, que possui cinco fazendas na região de Paranavaí e rebanho total de 7 mil cabeças, começou como um criatório familiar em 1976. Hoje, três das cinco fazendas estão na lista TRAC 3 do Ministério da Agricultura e são certificadas com o selo GlobalGAP. Ou seja, a Castagnoli é um dos poucos projetos paranaenses habilitados a vender carne para a União Européia, com total garantia de rastreabilidade e qualidade.

Guilherme Quadros, diretor da Vergílio Castagnoli, conta que 2005 foi um ano decisivo para a reestruturação do projeto. Naquele ano, o Governo Paranaense logo após os surgimentos dos focos de aftosa organizou uma missão dirigida de pecuaristas do Estado ao Uruguai, país cuja cadeia pecuária está totalmente estruturada para o mercado externo. Entre os integrantes da missão, estava Guilherme Quadros, que conheceu em detalhes o sistema de rastreabilidade e sanidade utilizados nas fazendas uruguaias.

Ainda em 2005, a Vergílio Castagnoli tornou-se cliente SOMA da Merial e começou a estruturar em três de suas fazendas um programa sanitário para o rebanho, o PersonalVET. A fazenda passou a treinar semestralmente todos os 30 peões e capatazes. Estabeleceu uma série de manejos preventivos para todas as categorias do rebanho. E passou a monitorar continuamente os índices de produtividade e lucratividade. Os resultados começaram a aparecer. A idade de abate baixou de 42 meses para entre 28 a 30 meses. A fertilidade das fêmeas passou de 60% para 93%.

A última grande conquista foi o selo Global GAP e a presença do projeto na seleta lista TRAC 3. Isso foi possível graças a uma feliz decisão estratégica tomada no passado: a de manter os investimentos em rastreabilidade e todos os animais registrados no SISBOV. Guilherme Quadros, na empresa desde 2002, afirma que o mercado frigorífico paranaense paga ágio de 15% pela remessa de carne das propriedades. Mas isso depois de uma negociação que avaliou as características do rebanho.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira