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12/11/2008 - 10:47

“Cada país adota as medidas necessárias para o seu problema”, diz Henrique Meirelles

A afirmação foi de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, durante o seminário “Atitudes positivas para enfrentar a crise”, realizado no dia 11 de novembro (quarta-feira), em São Paulo

São Paulo- O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, falou há pouco para 305 presidentes de empresas nacionais e multinacionais filiadas ao LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Meirelles destacou a origem da crise financeira internacional, comparou-a a outras similares – como a de 1929 – e destacou as ações que vêm sendo adotadas pelo mundo, em diferentes países, para minimizar os seus efeitos. “O programa mais completo contra a crise, por exemplo, foi o da Inglaterra”, disse.

Em sua apresentação, Meirelles destacou que cada país sofre de um problema diferente em função da crise e, portanto, são necessárias medidas diferentes. O presidente do Banco Central exemplificou o caso da China, que anunciou um pacote de medidas para elevar o seu consumo interno, como estratégia de compensar as vendas menores de sua indústria para o mercado externo. “No Brasil, por exemplo, ainda não há problema de consumo”, explicou.

Os comentários fizeram parte da palestra do presidente do Banco Central no seminário “Atitudes positivas para enfrentar a crise”, realizado pelo LIDE e pela ABAP – Associação Brasileira de Agências de Publicidade, no Hotel Caesar Park Faria Lima, em São Paulo (SP). Meirelles abriu o terceiro e último painel do evento, que já teve apresentações de Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, e Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, além de intervenções de personalidades importantes do cenário econômico e político do País, como o senador Aloizio Mercadante.

Questionado sobre uma possível redução na taxa de juros no Brasil, como já acontece em outros países, Meirelles fez novas comparações, mostrando que existem países como a Hungria onde a taxa de juros subiu, e não sinalizou qualquer tendência para a próxima reunião do Copom. “O que podemos dizer é que estamos trabalhando sério. Tomaremos as medidas mais adequadas para o País”, finalizou.

Índice Lide-FGV - No encontro de hoje no Hotel Caesar Park Faria Lima foi divulgado, ainda, o Índice LIDE – FGV de Clima Empresarial, realizado mensalmente com os presidentes de empresas presentes no evento. Segundo este trabalho, para 67% dos entrevistados, a principal preocupação da sua empresa, hoje, está relacionada com redução na oferta de crédito – esse índice era de 36% em outubro. Por outro lado, 70% dos executivos pesquisados afirmaram que os empregos em suas empresas serão mantidos (contra 64% de outubro) e outros 15% ainda pretendem ampliar seu quadro de funcionários.

Para 60% dos empresários entrevistados, os planos de investimentos de sua empresa estão sendo mantidos (eram 66% em outubro), enquanto 17% afirmaram que pretendem ampliar os investimentos (em outubro, o percentual era de 12%). 58% dos executivos também afirmou que a rentabilidade da sua empresa será mantida (contra 46% no mês passado), enquanto 15% esperam que ela aumente (12% em outubro).

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