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15/11/2008 - 15:44

Investir no"Yes We Can" para combater a crise financeira


É perceptível que em momentos de crise, a começar pelas atitudes individuais é que a Humanidade (o todo) constrói e modifica a sua própria história, ou seja, é em momentos como o que vivemos que devemos ter a consciência de que não mais somos seres sociais causadores de fatos isolados, mas sim, seres sociais interligados e capazes de modificar os fatos. Neste momento, pois, em que somos todos afetados pelos estilhaços de uma crise mundial, duas são as alternativas que se apresentam à nossa frente: a primeira é a de entrar em pânico e se deixar contaminar pelo baixo-astral econômico e catastrófico; a segunda opção, a qual, enquanto motivador de equipes, cidadão e chefe de família, parece-me ser a mais inteligente e viável, é a de buscar entusiasmo no brado ecoado entre os visionários que enxergam nas crises um rol de oportunidades e que aqui se apresenta simbolizado pela expressão “YES, WE CAN”.

Sem qualquer preconceito ou bairrismo à ideologia americana, tome-se o brado apenas como um símbolo utilizado pelos motivadores com perfil globalizado. Encaixe perfeito tem este também na tendência proeminente entre maiores gestores empresariais que apostam nos preceitos disseminados pelo “ Wikinomics”.

Wikinomics ¹ - Para os seguidores desse paradigma, a Humanidade adentra um segundo estágio da Revolução da Informação, o qual mudará para sempre o conceito de economia e de sociedade. De acordo com Don Tapscott e Anthony D. Williams - diretores da empresa de consultoria e inovação New Paradigm, no Canadá - a interação mundial mudou devido à velocidade da informação via internet , o que dá mais poder às pessoas comuns e lhes permite interferir nos processos de produção de conteúdos, bens e serviços. Em uma tradução básica, nesta nova fase, antes da Revolução da Informação nós talvez não pudéssemos, mas agora “YES, WE CAN”.

Assim sendo, tal ferramenta motivacional pode e deve ser, de início, a mola propulsora que nos impelirá aqui , no Brasil, para fora do “poço”. Para começar, é acreditando que “YES, WE CAN” [Sim, nós podemos] que seremos levados a tipificar de fato aquilo que posso cunhar como “ações de fato globalizado”.

Análise espacial - Mas, antes, analisemos os passos que nos trouxeram até este momento histórico. História foi o que o mundo fez ao direcionar seus esforços e ações no sentido do mercado financeiro, movido pela ambição desmedida; financiando a produção sem considerar capacidade de pagamento, entre outras imprudências. Nossas atitudes, pois, culminaram, dependendo do grau de arrojo e irresponsabilidade, em aplicações, contratos e relações sem lastro e extremamente arriscados, deflagrando uma crise sem precedentes. Como conseqüência, detonada a partir da crise do subprime americano, da quebra do Lehman Brothers, a ciranda financeira se despiu e a podridão de seus propósitos veio à tona.

História ainda fez o povo americano, forçado pela mesma crise iniciada em parte pelas suas ações, ao entregar àquele que conduzirá seu destino, a missão de resolver a crise e de enfrentar inúmeros outros aspectos na humanidade, tais como a questão racial, a pobreza, a questão enérgica e a ambiental.

Fato é que, para solucionar os seus próprios problemas, na figura do sr. Barak Obama os cidadãos estadunidenses projetam o gigante americano e esperam despertar o mundo para a solução dos problemas do planeta. Nessa figura multirracial, globalizada, disposta a mudanças, é que reside ainda o clamor da Humanidade pela solução dos temas que afetam não somente os Estados Unidos da América, mas o mundo como um todo. No discurso do Presidente eleito de uma das grandes potências mundiais, quiçá, a maior delas, é que se encontra a esperança de que a Humanidade – ao passar por hora tão difícil - venha a encontrar uma solução dentro do próprio problema.

No ápice da crise, os governantes mundiais, através de ações conjuntas e do direcionamento de suas políticas econômicas, respeitando as possibilidades e capacidades de cada um, sinalizam para o mundo que o momento requer atitudes únicas, as quais em definitivo podem e devem direcionar os atos das mais diversas esferas de decisão, e convidam os cidadãos a encontrar uma solução para um problema que passou a ser de todos, ou seja, um problema global. É evidente que mesmo diante de tantos problemas, a História está nos mostrando que a Humanidade - em conjunto - pode e deve unir esforços no sentido de resolver relativas ao planeta como um todo.

Motivador - Aqui no Brasil, acompanhando a História, fazendo e refazendo os momentos que marcaram a mesma, é que objetivo, por meio de exemplo isolado, repassar aos demais o sentimento de que eu, você, todos somos capazes de contribuir, ainda que individualmente, com uma solução para a crise que nos assola. Uma forma plausível para se mudar o rumo dos atuais fatos é conscientizar-se de que, através da concentração de ações individuais é que, juntos, poderemos causar um verdadeiro impacto global.

Temos que caminhar adiante e construir dias melhores para as futuras gerações, isto é fato. E já dizia o velho sábio do mar que “siri que fica parado na praia, onda leva”. E se assim é, um bom começo seria se todos começassem a focar o lema “YES, WE CAN”.

Na medida em que o mundo sedimenta a globalização da comunicação e dos problemas econômicos, entre outros, precisamos sim agir individualmente; porém, como agentes de conscientização de grupos, cidades, estados, países, continentes, hemisférios, independentemente de raça, religião ou posição social, e em busca de uma solução que alcance a todos. Precisamos também disseminar - tal qual sugere a filosofia do Wikinomics - e sedimentar no mundo esse dispositivo fortíssimo de solução de questões globais, tais como a ambiental, energética, financeira, as quais, por certo, determinarão o destino da Humanidade.

Para começar, é preciso acreditar que, sim, nós podemos. O segundo passo naturalmente nos levará a atitudes individuais positivas, dentro de um conceito de vida e de responsabilidade social mundial e, paulatinamente, resolveremos todas as questões mundiais, através do poder da atitude individualizada e potencializada pela força da massa.

Neste momento em que empresas e indivíduos estão a compor seus planos estratégicos, seja em busca de investimento, de mais trabalho, de mais produção e/ou de mais consumo, ter atitude positiva é fundamental.

Convite ao posicionamento - Enquanto indivíduo socialmente responsável e como ser humano, diante de um cenário macro indefinido, em que ainda, alguns, leia-se poucos, perfilam atitudes oportunistas, impedindo a Humanidade de reencontrar o caminho construtivo de uma sociedade melhor, resolvi agir, pautando-me pela coragem de investir, de trabalhar contra os prognósticos alarmistas da crise.

Em respeito aos clientes, aos que nos representam, aos colaboradores e parceiros, a nossa cidade, ao nosso país e ao mundo, enquanto profissional e diretor de uma organização atacadista, responsável por levar aos meus clientes oportunidades reais de ganho, direcionando as ações de todos para maior produção e consumo, assumindo uma posição clara de trabalho, de investimento, de coragem e de colaboração na busca de contribuir com a solução globalizada da crise, opto neste momento por direcionar a minha equipe para uma atitude mais positiva, porque eu acredito e convido a todos a apostar e a acreditar também no “YES, WE CAN”.

Conclamo, assim, aos pais, mães, gestores, executores, enfim, todos a dizer “não” ao pessimismo e a adotar uma posição otimista diante da crise que nos ronda; dando cada qual a sua parcela de contribuição, independentemente do tamanho desta e da possibilidade de participação efetiva nas ações que levarão a Humanidade a caminhar rumo a um desfecho mais frutífero e ideal.

E por que não? Afinal, senhoras e senhores, se querer é sinônimo de poder, então...“Yes We Can”.

. Por: Ramon Zardo de Souza, graduado em Administração pela Universidade Federal de Goiás; pós-graduado em Marketing e com MBA em Gestão Empresarial, ambos pela FGV-SP. Atua há 20 anos como diretor-executivo no segmento dos atacadistas de grande porte. Na condição de líder dirigiu as equipes de trabalho, em Minas Gerais, do Armazém do Comércio (Grupo Arcom), do Grupo Martins (Farmaservice) e do Peixoto Atacadista. Atualmente é diretor-executivo do Canal Indireto do Grupo Maranhão, em Catanduva-SP. | Nota: 1- Tapscott, Don e Anthony, Williams D. Wikinomics: Como a Colaboração em Massa Pode Mudar o seu Negócio. São Paulo, Nova Fronteira, 2007.

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