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15/11/2008 - 16:30

Festas natalinas aquecem vendas de chocolate em dezembro

O calor do Natal brasileiro aquece não só os corações, mas também as vendas de chocolate. Nem mesmo o nosso clima tropical impede um considerável aumento da procura por chocolates, como uma opção de presente cada vez mais consolidada. O crescimento das vendas no mercado de chocolates nesta época vem ocorrendo de forma consistente nos últimos anos e a data já é vista por alguns fabricantes como “uma segunda Páscoa”.

Seja pelo aumento do poder aquisitivo no País, seja pelo lançamento de novas variedades, ou pelo gosto do brasileiro pelo chocolate, o fato é que o mercado vem se mantendo aquecido o ano inteiro. Além de fazer parte do dia a dia do consumidor, cada vez mais o chocolate também vem ganhando espaço quando o assunto é presentear, em qualquer momento ou tipo de festividade.

A estimativa é que em dezembro as vendas de produtos de chocolate de uso continuado (barras, bombons e tabletes) cheguem a 26,1 mil toneladas, o que representa um crescimento de cerca de 10% em comparação à média dos demais meses do ano e 5% acima de dezembro de 2007. Segundo dados Nielsen, as vendas de chocolate no Natal representam 18% do mercado anual.

A média mensal de 2008 estimada até agora pela ABICAB (fora a Páscoa, que é um momento atípico) foi de 23,8 mil toneladas, cerca de 4,8% maior que a do ano passado. Em 2007 a média mensal foi de 22,7 mil toneladas, 15,8% acima de 2006, quando a média mensal foi 19,6 mil toneladas.

No final do ano os fabricantes de chocolate estimulam o desejo dos consumidores, exercendo toda a sua criatividade com o lançamento de produtos alusivos à época, seja em formatos, seja nas embalagens ou no conceito. Além de presente pessoal, o chocolate também tem sido oferecido como brinde de empresas, é parte importante das cestas de Natal e também vai à mesa como ingrediente nobre do cardápio das ceias e almoços festivos.

“Nosso lema é que o chocolate qualifica quem dá e agrada a quem recebe”, diz Mauricio Weiand, vice-presidente da área Chocolate da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – ABICAB –. “É um produto eclético. Pode ser sofisticado, exótico, proporcionar diversão e, ao mesmo tempo, oferece uma grande variedade de sensações de prazer”. Também vêm ganhando a preferência do consumidor os panetones recheados de chocolate, que hoje já representam 40% do total produzido.

Presente criativo - Apesar de dividir as atenções do consumidor com as inúmeras possibilidades e tipos de presentes no Natal, o chocolate é único, pois nada se iguala ao seu sabor e à alegria de quem recebe figuras natalinas, caixas de bombons variados e sofisticados, arranjos compostos com chocolate, cestas de Natal, brindes.

“Quem precisa oferecer uma lembrança para diversas pessoas pode, sem a menor dúvida, escolher entre uma enorme variedade de produtos com chocolate, que não vai fazer feio”, diz o vice-presidente da ABICAB. “Além disso, o chocolate pode ser comprado para compor a decoração das mesas, para fazer parte da ceia como sobremesa, enfim, como parte importante e gostosa das festividades”.

É muito fácil presentear ou incorporar o chocolate às comemorações de final de ano, pois mesmo num país de dimensões continentais como o Brasil, os consumidores têm facilidade para adquirir produtos das grandes indústrias, que são distribuídos em mais de 600 mil pontos de vendas de Norte a Sul, ou mesmo nas lojas próprias das empresas de menor porte, chamadas gourmet ou artesanais.

Mercado crescente - A redução da taxa de desemprego, a melhoria na distribuição de renda, as inovações da indústria brasileira e a ampla oferta de novidades como chocolates com alto teor de cacau, chocolates sem lactose, chocolates light ou diet, chocolates finos, o crescimento das chamadas butiques de chocolates são fatores que têm propiciado o crescimento do mercado nos últimos anos.

“Fora isso, existe o próprio esforço da indústria brasileira em aumentar a distribuição de seus produtos para um número maior de pontos de venda”, diz o vice-presidente de Mercado da ABICAB, Ubiracy Fonseca, que também lembra dos maiores investimentos em mídia devido à saudável competição entre as marcas e que ajudaram a impulsionar o mercado de chocolates no Brasil.

“O parque industrial brasileiro de chocolates está tecnologicamente atualizado com aquilo que há de mais moderno no mundo. Nossos empresários e técnicos estão sempre buscando se atualizar através de congressos e feiras internacionais e fácil acesso à tecnologia de ponta. A qualidade percebida dos nossos produtos tem crescido e a indústria tem procurado orientar cada vez mais os comerciantes a melhorarem os sistemas de armazenamento e distribuição dos chocolates, segundo o padrão dos próprios fabricantes”, complementa Ubiracy.

“Até o final deste ano as vendas de produtos de chocolate de consumo continuado (barras, bombons, tabletes) e produtos sazonais (Páscoa e figuras) devem atingir as 300 mil toneladas, o que representará um crescimento de 2,7% em relação às 292 mil toneladas comercializadas em 2007. “Essa estimativa relativa ao mercado interno demonstra um excepcional desempenho da linha de chocolate em 2008, como já o foi em 2007 em relação a 2006. Esse crescimento foi observado principalmente nas linhas de bombons e produtos sazonais (Páscoa)”, explica Mauricio Weiand.

A ABICAB estima que as vendas de chocolate no último trimestre de 2008 cheguem a 78,5 mil toneladas, 5% acima do mesmo período do ano passado, quando os últimos três meses do ano tiveram uma venda de 74,7 mil toneladas, 10,6% a mais que em 2006, quando o volume foi de 69,5 mil toneladas.

Panetones de chocolate - Gotas de chocolate, massa de chocolate, cobertura de chocolate, trufas ou até mesmo sorvete de chocolate. Estas são algumas das variações que o mercado de panetones adotou nos últimos 20 anos dentro do mercado sazonal de Natal e que conquistou uma leva de consumidores, principalmente jovens, que preferem o chocolate ao tradicional panetone de frutas cristalizadas e uva passa. A perspectiva para este ano é que o mercado de panetones cresça de 8%.

Os panetones que incluem chocolate como um ingrediente a mais representam hoje cerca de 40% do mercado de industrializados, o que significa aproximadamente 11 mil toneladas. Os produtos vêm se sofisticando e diferenciando a cada ano. “Hoje podemos dizer que este produto fixou sua imagem e já caiu no gosto do público consumidor”, diz João Diogo, diretor de eventos do Sicab. A perspectiva é que neste Natal os preços dos panetones tenham um reajuste de 8 a 10% em relação ao ano passado, levando em conta principalmente a matéria-prima base, ou seja, a farinha, além da embalagem.

Consumo anual per capita: 2,53 quilos, vendas de chocolate em 2008: 300 mil toneladas.

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