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18/11/2008 - 10:09

Guarani obtém Receita Líquida recorde de R$ 291,9 milhões no 3T08

Açúcar Guarani mantém solidez, apesar da diminuição dos preços do açúcar e das difíceis condições do mercado.

Destaques para a Receita Líquida Recorde: Aumento de 27,7% em relação ao 2T 07/08, o EBITDA Ajustado: Crescimento de 11,7% para R$ 59,1 milhões ou margem de 20,2% frente aos R$ 52,9 milhões ou margem de 23,1% no 2T 07/08, Prejuízo Líquido de R$ 101,8 milhões principalmente devido ao efeito contábil da desvalorização do Real e à amortização de ágio. Excluídos estes efeitos, o prejuízo líquido seria de R$ 8,4 milhões, significativa disponibilidade de caixa: R$ 368,0 milhões no final de setembro de 2008 e U$$ 110 milhões adicionais recebidos no início de outubro de 2008 através de mútuo do acionista controlador Tereos, nos investimentos: Estratégia ajustada às condições atuais de mercado, com investimentos específicos em projetos que otimizem a capacidade produtiva da Companhia e reduzam os custos.

Bom posicionamento para nos beneficiarmos de melhores condições de mercado, elevado nível de estoques de açúcar e etanol - Produção de Etanol: Aumento de 28,0% atingindo 210 mil m³ no 2T 08/09 e crescimento de 34,2% totalizando 339 mil m³ no 1S 08/09 frente ao período precedente, produção total de açúcar e etanol em açúcares equivalentes (ATR) com aumento de 9,4%, atingindo 1,4 milhão de toneladas no 1S 08/09.

Jacyr Costa, diretor-presidente da Açúcar Guarani: “A Guarani teve um desempenho adequado no 2T 08/09, apesar do cenário particularmente desafiador. A Companhia apresentou receita líquida recorde no último trimestre, sustentada pelos melhores preços de etanol e maior produção e venda do biocombustível. O resultado líquido, no entanto, foi negativamente impactado pela redução dos preços do açúcar e, principalmente, pela desvalorização do Real. Nosso relacionamento de longo prazo com fornecedores locais, nossa disciplina, investimentos seletivos, flexibilidade comercial desenvolvida através da aquisição da unidade Andrade e do desenvolvimento da unidade Tanabi, combinados ao suporte da Tereos, nos colocou em uma posição sólida para enfrentar as recentes turbulências no mercado financeiro.”

Receita Líquida recorde - No período que abrange os meses de julho a setembro de 2008, a Açúcar Guarani obteve uma Receita Líquida recorde de R$ 291,9 milhões, comparativamente aos R$ 228,6 milhões do mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi decorrente de um aumento de 87,1% no volume de etanol comercializado e de 4,9% no de açúcar comercializado entre o 2T 08/09 e o 2T 07/08 e de um do avanço no preço médio do etanol em 22,0%, enquanto observamos estabilidade nos preços do açúcar. As vendas de outros produtos e serviços fornecidos permaneceram estáveis, e as vendas de energia à rede elétrica diminuíram 15,4%, devido às condições climáticas. No primeiro semestre de 08/09, a Companhia registrou Receita Líquida de R$ 490,1 milhões, representando aumento de 13,3% frente ao 1S 07/08.

Melhora do EBITDA ajustado - O EBITDA ajustado aumentou significativamente em relação ao último trimestre, passando de R$ 17,5 milhões para R$ 59,1 milhões. A margem EBITDA ajustado atingiu 20,2% neste trimestre, comparado com os 8,8% no 1T 08/09, mas menor em 2,9 pontos percentuais (p.p.) frente ao mesmo período do ano anterior, devido aos maiores custos, principalmente com pessoal, fertilizantes e combustíveis e despesas de frete nas exportações de açúcar.

Impacto negativo da desvalorização do Real sobre o Lucro Líquido - A Açúcar Guarani apresentou um prejuízo líquido de R$ 101,8 milhões no 2T 08/09, devido ao impacto negativo do efeito não-caixa da desvalorização do Real, do efeito de swaps (R$ 104,3 milhões) e da amortização de ágio (R$ 24,6 milhões). Se excluirmos esses dois efeitos, o resultado líquido seria uma perda líquida de R$ 8,4 milhões, ajustado pelo efeito do imposto de renda e da contribuição social sobre o Lucro Líquido.

Impacto da desvalorização da moeda sobre instrumentos financeiros e posições de swap - Se a desvalorização do Real teve um impacto negativo imediato nos resultados, um impacto positivo deverá ser observado na receita de nossas operações durante os próximos períodos, devido à maioria de nossas vendas estarem ligadas ao Dólar, enquanto o impacto nos custos será menor. É importante mencionar que o processo de desvalorização da moeda nacional ocorrido durante este trimestre acelerou-se somente a partir da metade do mês de setembro, resultando em um impacto apenas marginal nos resultados operacionais. A desvalorização do Real teve também um impacto negativo na posição líquida de instrumentos financeiros e posições de swap, que atingiu uma despesa de R$ 33,2 milhões durante o trimestre em função do efeito da marcação a mercado. Informações sobre a utilização de instrumentos financeiros estão disponíveis nas seções específicas deste relatório e também em documento submetido à CVM (ITR). Durante o trimestre, a Guarani registrou despesas financeiras que excederam as receitas financeiras em R$ 13,0 milhões, resultado de dívidas com um custo anual médio de 6,5%.

Medidas financeiras com o intuito de limitar o impacto da crise de crédito - A Dívida Líquida Total, que inclui os empréstimos bancários, deduzidos do caixa e das aplicações financeiras, somada aos adiantamentos de clientes, totalizou R$ 696,8 milhões no final de setembro de 2008 e representou 4,2x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses. Incluindo os valores dos mútuos recebidos do acionista controlador (Tereos), a Dívida Líquida Total atingiu R$ 904,5 milhões, representando um aumento de R$ 175,6 milhões em relação a Junho de 2008, devido ao efeito não-caixa da desvalorização do Real nas dívidas em moeda estrangeira (R$ 104,3 milhões) e um aumento do capital de giro exigido como parte de nosso ciclo normal de negócios, com maiores estoques para atender as entregas na entressafra, além de aproveitarmos os maiores preços normalmente observados naquele período.

Devido ao fato de fazer parte de um grupo maior, a Guarani tem o respaldo financeiro e comprometimento da Tereos para enfrentar os efeitos da restrição de crédito e o aumento nas taxas de juros no mercado financeiro. As subsidiárias do Grupo, como a Guarani, possuem acesso a mútuos entre empresas, fato confirmado recentemente, através do empréstimo de € 78 milhões (renovável) recebido no final de setembro de 2008, complementado por US$ 110 milhões extras recebidos no início de outubro de 2008, permitindo uma melhor estabilidade financeira à Guarani. Com o suporte do acionista controlador, a Guarani somou R$ 368,0 milhões de caixa e disponibilidades no final de setembro de 2008, o que proporcionou flexibilidade no gerenciamento das dívidas de curto prazo e possibilitou que a Companhia mantivesse suas linhas de crédito com custos compatíveis com a atividade.

A Guarani também negociou novas linhas de crédito de longo prazo durante o trimestre, tendo firmado contratos de pré-pagamento de exportação que somaram US$ 60 milhões no período. Nós esperamos continuar com esta estratégia visando alongar os vencimentos de nossos empréstimos.

Guarani permanece investindo, porém mantém-se cautelosa -Durante o primeiro semestre do período 2008/09, a Guarani investiu R$ 146,1 milhões, dos quais R$ 83,4 milhões foram destinados a aquisição de ativo imobilizado e os R$ 62,7 milhões restantes foram destinados para o plantio de cana-de-açúcar, para garantir o seu desenvolvimento futuro. A Guarani está implementando uma estratégia ajustada às condições atuais de mercado, com os investimentos direcionados principalmente para os projetos de redução de custo e aumento de eficiência, que podem gerar retornos de caixa no curto-médio prazo. Nós continuamos os investimentos em áreas específicas da unidade Tanabi visando eliminar gargalos que irão permitir o aumento da produção com menores custos. A unidade São José também deverá continuar recebendo valores limitados de investimentos que irão permitir o aumento da capacidade de moagem na próxima safra.

Produção recorde - A Companhia produziu 924,7 mil toneladas de ATR (Açúcar Total Recuperável) em 2T 08/09 através da moagem de 6,0 milhões de toneladas, representando um aumento de 8,9% no total de ATR produzido frente ao 2T 07/08. No semestre, foram produzidos 1,4 milhão de toneladas de ATR com a moagem de 10,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando avanços de 9,4% e 13,5%, respectivamente, quando comparados com os mesmos períodos da safra 2007/08.

Maior destinação de ATR para a produção de etanol - A Açúcar Guarani aumentou a destinação de ATR para a produção de etanol, principalmente por causa dos investimentos na unidade de Tanabi e pela aquisição da unidade de Andrade. A produção de etanol aumentou em 28,0% quando comparados o 2T 08/09 e 2T 07/08, com 210 mil metros cúbicos produzidos no segundo trimestre da safra corrente. No acumulado da safra 2008/09, a produção de etanol atingiu 339 mil metros cúbicos, representando um aumento de 34,2% frente ao 1S 07/08, com o objetivo de atender à demanda aquecida no mercado interno pelo produto e algumas janelas de exportação, principalmente para o mercado norte-americano.

Pequena diminuição na produção de açúcar - Durante o 2T 08/09, a Açúcar Guarani produziu 540 mil toneladas de açúcar, o que representou num decréscimo de 0,3% frente as 542 mil toneladas produzidas no mesmo período da safra anterior. No semestre, a queda da produção de açúcar em favor à produção de etanol foi de 2,4%, atingindo 818 mil toneladas de açúcar produzidas no 1S 08/09. No que se refere à distribuição desta produção no 1S 08/09 entre açúcar refinado e não refinado, observamos maior participação de açúcares não-refinados, conseqüência da aproximação da entressafra, com início em dezembro, período em que relevante quantidade de açúcar cristal é utilizada como matéria-prima para a produção de açúcares refinados.

Estoques - Ao final do mês de setembro de 2008, a Açúcar Guarani apresentou estoques de açúcar de 370 mil toneladas, ou aumento de 9,5% frente à mesma posição do ano anterior. A distribuição dos estoques de açúcar na data era de 70 mil toneladas de açúcar refinado e 300 mil toneladas de açúcar não-refinado. Por sua vez, os estoques de etanol somaram 137 mil metros cúbicos no final do 2T 08/09, representando acréscimo de 13,2% frente aos 121 mil metros cúbicos em setembro de 2007. Estes estoques estavam concentrados no etanol hidratado, representando 87,6% do total estocado. Este aumento nos estoques do biocombustível reflete a maior produção do produto pela Companhia e a expectativa de melhores preços no período de entressafra.

Desvalorização do Real e volatilidade do câmbio - O efeito geral da desvalorização do Real é neutro, tendo em vista que as dívidas e exportações são negociadas na mesma moeda, o Dólar norte-americano. No entanto, no curto prazo e de acordo com as normas contábeis, a desvalorização do Real implicou no reconhecimento de uma perda nos resultados da Companhia. A Guarani não possui instrumentos financeiros complexos. Os instrumentos financeiros são utilizados de acordo com a política interna de risco da Companhia e são estruturados com o objetivo de proteger os resultados e o fluxo de caixa.

Forças e oportunidades da açúcar guarani no cenário atual - O mundo está enfrentando uma profunda crise financeira, que reduziu a capacidade dos bancos de fornecerem financiamentos e irá certamente trazer conseqüências negativas para o crescimento global. O setor produtor de açúcar e etanol no Brasil, e a Guarani, em particular, estarão bem posicionados para capturar as oportunidades deste cenário, devido a:

Fundamentos de mercado positivos - Um ciclo com déficit no mercado de açúcar iniciou-se e a tendência é que se estenda por duas safras, considerando as menores produções de açúcar na Índia e União Européia. O Brasil tende a ser o principal beneficiado por possíveis preços de açúcar mais altos, assim como pela forte queda nos custos dos fretes internacionais. Em relação ao etanol, a maior participação dos veículos flex-fuel no total da frota brasileira irá estimular o consumo doméstico e a competitividade dos preços do etanol em relação aos preços da gasolina na bomba tende a sustentar a demanda pelo combustível. A desvalorização da moeda nacional em relação ao Dólar norte-americano deverá melhorar a competitividade do açúcar brasileiro e também irá representar uma potencial vantagem competitiva para o etanol no mercado internacional.

Posição estratégica da Guarani reforçando possíveis oportunidades e sinergias - A Guarani tem uma posição diversificada, com cinco unidades industriais na região Noroeste do estado de São Paulo e uma unidade industrial em Moçambique. Os rendimentos nesta região do estado são maiores do que a média da região Centro-sul do Brasil, as unidades industriais são próximas dos mercados consumidores e possuem vantagem competitiva nas operações de logística, enquanto a unidade em Moçambique representa uma diversificação climática para o grupo e a possibilidade de acessar sem taxas o mercado europeu, com preços mais altos e estáveis.

Nosso modelo de negócios, que privilegia a cana-de-açúcar fornecida por terceiros, reduz o capital empregado e possibilita menor volatilidade das margens. Nossa estratégia industrial e comercial possibilita que forneçamos produtos de alto valor agregado, que proporcionam maiores margens, e também nos beneficiemos do conhecimento do grupo Tereos na área industrial. Nossa recente parceria com a Tractebel Energia para geração de energia de biomassa irá nos assegurar um fluxo de caixa estável por um período de 15 anos, sem nenhum compromisso ou investimento por parte da Açúcar Guarani.

Estratégia adequada de investimentos - Maiores investimentos, como o greenfield Cardoso, foram adiados desde o final de 2007, tendo em vista as condições de mercado. Isto possibilitou à Guarani adaptar seus investimentos às atuais condições do mercado financeiro, com foco na eficiência de processos e programas de redução de custos, com o objetivo de proporcionar à Companhia rápidos fluxos de caixa e retornos. Também mantivemos os investimentos na mecanização agrícola devido aos compromissos ambientais e aos planos de redução de custos, bem como na plantação de cana-de-açúcar própria.

Apoio do acionista controlador - A Guarani possui o respaldo financeiro e comprometimento do Grupo Tereos para sustentar os planos de desenvolvimento da Companhia no Brasil e em Moçambique. As subsidiárias do Grupo possuem acesso a mútuos, quando a situação econômica e financeira assim o exige. Este é um diferencial chave, tendo em vista a redução na oferta de crédito no mercado brasileiro e com a dificuldade no acesso às linhas de exportação a custos compatíveis. O grupo Tereos concedeu à Guarani um mútuo equivalente a US$ 220 milhões (renovável) que deve ser substituído no mercado por linhas de crédito com vencimentos no longo prazo.

Perfil do Açúcar Guarani - A Açúcar Guarani é uma das empresas líderes do mercado sucroalcooleiro brasileiro. Tem como atividade principal a transformação da cana-de-açúcar em açúcar, etanol e energia. É a terceira maior processadora de cana-de-açúcar e a segunda maior produtora de açúcar do Brasil, além de estar entre as empresas que mais cresceram em produção de etanol nas duas últimas safras, com um processamento de 12,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2007-08. A Guarani possui seis unidades industriais, sendo cinco no Brasil, na região noroeste do Estado de São Paulo, e uma em Moçambique, na África, além de um projeto greenfield, no município de Pedranópolis, em São Paulo. A Guarani tem como estratégia aumentar sua produção de etanol, consolidar sua liderança em produtos de alto valor agregado e com maior margem, crescer seletivamente em mercados estratégicos no Brasil e no mundo e continuar reduzindo custos e aumentando sua eficiência operacional. A Tereos, acionista controladora da Guarani, é uma cooperativa agro-industrial com experiência na produção de açúcar e etanol/álcool a partir da beterraba, da cana-de-açúcar e de cereais, na França e no mundo. É a quarta maior produtora de açúcar, de álcool e de produtos à base de amido do mundo. A Guarani acredita na importância de uma atuação positiva nas áreas social e ambiental. Para isso desenvolve projetos e ações nas comunidades circunvizinhas às suas unidades industriais, com foco em educação, saúde, cultura e lazer. Além disso, mantém projetos de reflorestamento, preservação de matas e de recuperação de nascentes fluviais.

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