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19/11/2008 - 09:08

Show de malabarismo ao som do Afroreggae


Spoleto premia chefs malabaristas em campeonato nacional disputado no Rio. Evento marca a Semana Global de Empreendedorismo, incentivada pelo Instituto Endeavor

Frigideiras e massas voadoras, ao som do grupo AfroReggae, movimentaram o Centro do Rio de Janeiro na noite do dia 17 de novembro (segunda-feira), na final do Campeonato Nacional de Malabarismo Spoleto. Em clima de espetáculo, a rede de culinária italiana premiou seus melhores chefs malabaristas, em festa que atraiu mais de 150 convidados no restaurante da Rua Sete de Setembro.

Fábio Guasti Feitosa, da loja Shopping ABC, de Santo André (SP), conquistou o título de bicampeão avançado. O estreante Marcos Custódio de Souza, da loja Rosário, Rio de Janeiro (RJ), foi o vencedor na categoria iniciantes. Os três primeiros colocados de cada categoria (iniciante e avançado) dividiram R$ 4,5 mil em prêmios, além de receber um “troféu-frigideira”, símbolo do estilo Spoleto de fazer massa.

Pela primeira vez em cinco edições, o campeonato ganha status de evento internacional, já que passou a ser disputado no México, onde a rede mantém oito lojas. A ação também marca no Rio de Janeiro a homenagem do Spoleto à Semana Global de Empreendedorismo, iniciativa liderada no Brasil pelo Instituto Endeavor – ONG da qual a rede faz parte – e que tem como objetivo despertar a atitude empreendedora em jovens e organizações.

Mais sobre a festa - Entre utensílios e massas, 10 chefs deram um show de originalidade e simpatia e foram avaliados por um júri formado por personalidades do cinema e TV e representantes do Spoleto e do Afroreggae. Após a performance dos cozinheiros malabaristas, todos os finalistas se juntaram aos quatro principais percussionistas do AfroReggae (Altair, Dada, Walace e Juninho) para encerrar o evento, em clima festivo, com a presença de dezenas de funcionários das lojas Spoleto.

A competição reuniu cerca de 80 participantes dos restaurantes da rede em seis estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Salvador, Alagoas e Distrito Federal. O concurso foi dividido em três etapas, todas com parte teórica e prática. Na final, seis cozinheiros disputaram na categoria iniciante e outros quatro, na avançada. Os jurados avaliaram a performance do cozinheiro ao trabalhar e ousar com as massas, fazendo malabarismos, assim como a apresentação pessoal e a desenvoltura do candidato ao abordar e interagir com o cliente.

Participaram do júri a atriz Carla Dias; o diretor teatral Cláudio Handrey, o coordenador do departamento de parcerias institucionais e o diretor artístico do Grupo Cultural AfroReggae, João Madeira e Johayne Hildefonso; a diretora de franquias e sócia do Spoleto Tânia Nahuys; o chef e sócio da rede Gianni Carboni, e o cozinheiro e treinador internacional Alex Bristo.

Ferramenta de treinamento - Eduardo Ourivio, vice-presidente da holding Umbria, que controla o Spoleto, idealizador do campeonato e há cinco anos seu apresentador oficial, explica que o malabarismo com as massas surgiu como uma ferramenta de treinamento e é mais uma forma de incrementar o atendimento e de envolver o consumidor que está do lado de fora do balcão. “Como no Spoleto o cliente monta seu prato com a ajuda do cozinheiro, é importante que haja uma boa interação entre os dois”, explica.

Segundo ele, o papel do cozinheiro no Spoleto é muito valorizado e a rede investe no aprimoramento de todos. Um exemplo é o treinamento com técnicas de teatro, implementado há sete anos, com objetivo de fazer com o que o cozinheiro descubra seus talentos e possa desenvolver habilidades, estabelecendo um atendimento personalizado e diferenciado.

“Um bom cozinheiro é como um bom ator. Ele não brilha somente no palco ou para nós no fogão. O ator sabe a importância que tem o preparo de tudo antes de entrar em cena. E o cozinheiro também precisa vivenciar o quanto é importante um corte no padrão, o correto armazenamento dos alimentos ou o ponto certo do cozimento das massas”, conclui Ourivio.

Perfil dos campeões

Fábio Guasti Feitosa, 20 anos e funcionário há três anos do Spoleto, entrou como copeiro, passou a ajudante de cozinha e hoje é cozinheiro na loja do Shopping ABC, em Santo André (SP), onde mora com a família. Ele garante que não contava com o bicampeonato, mas treinou com afinco para executar sua melhor performance para uma platéia perplexa diante da sua habilidade em manobrar espátulas, pás, vidros de azeite, pratos e frigideiras. Os preparativos envolveram horas de treinamento em casa e no trabalho e lhe renderam o prêmio máximo de R$ 1,5 mil que, prudente, o jovem cozinheiro afirma que irá investir, de olho em um futuro empreendimento.

Com a humildade de um grande campeão, ele sabe reconhecer o talento dos adversários. “Não acho que minha apresentação foi das melhores. Se eu perdesse este ano seria com justiça pois todos os ‘meninos’ eram muito bons”, disse ele, que se surpreendeu com o título. “Não estava com muita esperança. Achei que o vencedor seria o Thiago (Thiago Oliveira Lima, da loja Rosário (RJ), que ficou em quarto lugar entre os avançados), pois a torcida para ele era muito grande”, afirmou.

Segundo ele, o mais difícil é desenvolver um repertório para apresentar em cena e coordenar todos os utensílios, principalmente três frigideiras ao mesmo tempo, uma peculiaridade de sua apresentação. Para Fábio, a vitória é um estímulo para continuar acreditando no sonho. “Este prêmio é um grande incentivo para continuar trabalhando e ter o sonho de participar novamente, de treinar os outros e de me superar a cada dia. Se eu me mostrar triste ou abatido, não terei pulso para fazer o que preciso. Quanto mais confiança te dão, melhor o desempenho no trabalho”, ensina o jovem chef.

Marcos Custódio de Souza, 27 anos, se considera um vitorioso, mesmo antes de ganhar o prêmio de melhor chef malabarista do Spoleto na categoria iniciantes, do qual participou pela primeira vez. Natural de Riachão do Bacamarte, uma cidadezinha a 12 quilômetros de Campina Grande, na Paraíba, ele chegou ao Rio de Janeiro em março de 2007 para tentar a vida. Dois dias depois de deixar o currículo no Spoleto, foi chamado para trabalhar. Começou como copeiro, foi promovido a ajudante de cozinha e depois cozinheiro.

Atualmente, além de atuar como chef na loja Rosário, no Centro do Rio, integra a equipe de 11 treinadores operacionais do Spoleto. Desde janeiro de 2008, viaja pelo país para dar aulas de malabarismo de massas para outros cozinheiros da rede. “O que me incentiva a trabalhar no Spoleto é a chance que a empresa dá ao funcionário. Eu amo isso aqui, é minha vida, é minha segunda família”, afirmou, emocionado, logo após a festejada premiação. “Tem empresa que a gente nem conhece o patrão, que não tem respeito nem se preocupa pelo funcionário”, acrescentou.

Marcos conta que treinou muito em casa e no trabalho, quando sobrava tempo, para desenvolver as manobras com as frigideiras e massas que encantaram a platéia e o júri. O prêmio de R$ 1 mil que recebeu já tem destino certo: Marcos comprará passagens para ver a família e comprar presentes de Natal para a filha, Leillane Rayssa, 10 anos, que vive com os pais dele no Nordeste. “Ela é minha fonte de inspiração”, afirma. Mas, como bom empreendedor em sua carreira, o chef malabarista já faz planos: “Conquistei mais confiança e vou batalhar para ir para a categoria avançado e ser campeão no ano que vem”.

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