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19/11/2008 - 09:47

São Martinho atinge EBITDA Ajustado de 34,9 milhões no 2T09 com margem de 18%


São Paulo– São Martinho S.A. (Bovespa: SMTO3; Reuters SMTO3.SA e Bloomberg SMTO3 BZ), um dos maiores produtores de açúcar e álcool do Brasil,divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2009 (2T09) – Safra 2008/09.

Os destaques do 2T09 são EBITDA ajustado do grupo São Martinho no 2T09 atingiu R$ 34,9 milhões, o que representa um acréscimo de 47% em relação ao 2T08, devido à combinação de melhores preços e maior volume de vendas de álcool anidro e hidratado.

Segundo a empresa no 2T09 , as captações de dívida de longo prazo da ordem de R$ 330 milhões nas modalidades de Pré-Pagamento de Exportação e BNDES – Finem. Com confortável posição de disponibilidade (R$ 206,3 milhões) combinada com a monetização dos estoques de produtos acabados do 2T09 (aproximadamente R$ 300 milhões), que serão suficientes para fazer frente ao endividamento financeiro de curto prazo caso a contração do crédito se mantenha nos próximos 12 meses.

Para o próximo semestre, a estimativa de produção e estoque do 2T09, totalizarão aproximadamente 413 mil toneladas de açúcar, 243 mil m3 de álcool hidratado e 138 mil m3 de álcool anidro. Tais quantidades representam 64,5% de nossa produção na safra 08/09 (em ATR equivalente). “Com isso, esperamos para os próximos trimestres vendas mais robustas em todos os nossos produtos”, alegam.

Segundo a nota, o resultado do 2T09 foi impactado negativamente pelo aumento das variações cambiais (sem impacto no fluxo de caixa) de aproximadamente R$ 27 milhões. Tais perdas serão compensadas no momento que realizarmos nossas exportações. As principais operações que originaram tal despesa são captações em moeda estrangeira nas modalidades de ACC e Pré- Pagamento de Exportação.

“Em 22/09/2008, anunciamos a abertura de um programa de recompra de até 200 mil ações da São Martinho pelo período de 12 meses. O objetivo do programa é maximizar a geração de valor aos nossos acionistas, por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital. Em 22/09/2008, anunciamos a criação do consórcio, “ALLICOM”, com os grupos Santa Cruz e USJ. O objetivo principal do consórcio é ganhar escala na comercialização de seus produtos tanto no mercado interno quanto no externo, ao somar a capacidade de fornecimento de açúcar e etanol dos três grupos” frisam.

Nova York (NY11), apresentou expressiva melhora no 2T09, alcançando uma média de US$ 13,06 cents/Pound, o que representa um acréscimo de 34,9% em relação ao 2T08.

No mesmo período, observase valorização do real da ordem de 13%, impactando negativamente nos preços de açúcar aos exportadores brasileiros. Com isso, ao analisarmos a variação do preço do açúcar em reais no período de 2T09 X 2T08 temos um incremento de 17,3%.

Observamos após o mês de setembro, com o agravamento da crise nos EUA, um forte sell off nos preços de todas as commodities. Apenas no mês de outubro/08, o preço do açúcar (NY11) cotado na ICE caiu 22,5%, apesar dos fortes fundamentos altistas para o próximo ano”, continuam.

“ Conforme mencionamos em nosso último earnings release, acreditamos que a produção indiana alcance aproximadamente 21 milhões de toneladas na safra 08/09, representando um decréscimo de 22% em relação à safra 07/08. Tal redução levará o mercado para um nível de oferta e demanda mais ajustado em 2009, apresentando até um déficit caso o Brasil não eleve sua produção além de 33 milhões de toneladas Adicionalmente, com a eclosão da crise nos EUA, observamos expressiva desvalorização do real frente ao dólar (aproximadamente 40%). Tal conjuntura é favorável aos produtores brasileiros de açúcar, uma vez que a commodity é cotada em dólar. Houve um quadro de sensibilidade dos preços do açúcar em R$/ton, ao combinarmos a variação de dólar e preços internacionais do produto (NY11).

Assim, se tomarmos como exemplo a cotação atual do dólar (US$ 1 = R$ 2,20), e o preço de açúcar (NY11) de US$ 11 cents/Pound, temos um preço em reais de aproximadamente R$ 534/ton. Tal preço é superior, ao preço de açúcar de US$ 14 cents/Pound, quando o dólar estava no patamar de R$ 1,60”, observam.

“No 2T09, os preços do álcool anidro e hidratado no mercado interno, aumentaram em 31,6% e 25,1%, respectivamente, em relação ao 2T08. Tal acréscimo é explicado principalmente pelo forte crescimento nas vendas de automóveis no mercado brasileiro. Importante ressaltar que os preços dos alcoóis anidro e hidratado vêm se mantendo acima do preço médio registrado na Safra 07/08 (conforme demonstramos no gráfico 1). Acreditamos que a resiliência dos preços se manterá pelos próximos trimestres, uma vez que o vetor de crescimento da demanda continuará robusto, pois atualmente 85% dos carros produzidos no Brasil saem com a tecnologia flex-fuel.

Observamos após o mês de setembro, com o agravamento da crise nos EUA, um expressivo decréscimo nos preços do petróleo no mercado internacional. Importante ressaltar que, dependendo da intensidade e duração desse movimento de baixa na cotação do petróleo, a Petrobras pode reduzir o preço da gasolina no Brasil, prejudicando a competitividade do álcool no mercado doméstico. Acreditamos que tal situação deve ser monitorada, porém, os preços de álcool hidratado praticados no 2T09 (R$ 728 / m3) são equivalentes ao preço do barril de petróleo ao redor de US$ 60, considerando um dólar em torno de R$ 1,90. Assim, entendemos que a Petrobras somente reduzirá o preço da gasolina em um cenário onde o petróleo alcance US$ 50/barril, combinado com a paridade US$ / Real abaixo de R$ 2,00”, adiantam.

“A crise de crédito também pode prejudicar a curva de crescimento da frota flex-fuel no Brasil, que apresentou acréscimo de 33,4% até setembro, ao compararmos os nove primeiros meses de 2008 com o mesmo período do ano anterior (vide gráfico 2). Entendemos que tal situação deva ser monitorada, porém, o adiamento de alguns projetos Greenfileds que entrariam em operação na safra 09/10, deve reduzir a estimativa de oferta de álcool, equilibrando-se com uma demanda menos aquecida.

Quanto ao volume de exportação, esperamos que o Brasil embarque aproximadamente 4,2 bilhões de litros de álcool na safra 08/09, representando um crescimento da ordem de 36% em relação à safra 07/08. A principal razão para tal crescimento deve-se ao acréscimo dos embarques para o mercado americano, devido principalmente às enchentes em algumas regiões produtoras de milho nos meses de maio/08 e junho/08. Nessa ocasião, o preço do galão de etanol nos EUA ficou acima de US$ 3,00/galão, viabilizando as exportações brasileiras, mesmo pagando a tarifa de exportação de US$ 0,54/galão”, complementam.

Açúcar - “A receita líquida das vendas de açúcar apresentou queda de 43,2%, atingindo R$ 44,4 milhões no 2T09, em comparação com os R$ 78,2 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Tal decréscimo é explicado principalmente pela redução do volume comercializado tanto no mercado doméstico quanto no externo de 63,7% e 26,6%, respectivamente. Observamos ainda uma redução de 13,9% no preço médio de comercialização do açúcar no mercado externo, contribuindo negativamente para a receita com o produto.

Adicionalmente, nosso preço médio de venda de açúcar no 2T09 foi impactado por fixações junto aos nossos clientes ocorridas nos meses de maio/08 e junho/08, com concentração das vendas nas telas de julho/08, período em que o preço médio foi a US$ 11,40 cents/pound.

Na comparação 6M09 x 6M08 a receita líquida das vendas de açúcar caiu 62,1%, impactado principalmente pela queda de 56,8% do volume vendido no período. A redução da comercialização no 2T09 e 6M09 deve-se principalmente a estratégia em concentrar as vendas no 2º semestre de 2009, período que conseguimos fixar preços superiores a US$ 12,00 cents/pound”, esclarecem.

Álcool: “Álcool Hidratado - A receita líquida das vendas de álcool hidratado atingiu R$ 69,2 milhões no 2T09, o que representa um aumento de 83,5% na comparação com os R$ 37,7 milhões registrados no 2T08. O principal impacto veio do incremento no volume de comercialização no mercado interno que ficou 89,3% acima do registrado no mesmo trimestre do exercício anterior. Tal variação ocorreu devido ao forte crescimento da frota de carros flex-fuel no mercado brasileiro, impactando diretamente no consumo do produto.

Adicionalmente, a receita também foi impactada positivamente pelo aumento de 21,9% no preço de venda no mercado doméstico no comparativo 2T09 x 2T08. Diferentemente da safra passada, os preços do álcool anidro e hidratado não estão caindo de forma acentuada durante o período de safra, uma vez que o balanço oferta/demanda está mais equilibrado.

No comparativo 6M08 x 6M09, a receita líquida de álcool hidratado aumentou em 52,8%, devido principalmente ao aumento de volume vendido, reflexo do crescimento da demanda de carros flex-fuel.

Adicionalmente, a Usina Boa Vista (Greenfield dedicado a produção de álcool hidratado) iniciou sua comercialização no mês de julho/08, impactando positivamente no volume comercializado do grupo no 2T09 e 6M09.

Álcool Anidro - A receita líquida das vendas de álcool anidro totalizou R$ 60,3 milhões no 2T09, apresentando um aumento de 24,8% em relação ao 2T08. Tal acréscimo é explicado pela combinação de aumento de volume e preços no período. Diferentemente da safra passada, os preços do álcool anidro e hidratado não estão caindo de forma acentuada durante o período de safra, uma vez que o balanço oferta/demanda está mais equilibrado”, continua.

“Quanto ao volume, o crescimento das vendas no mercado doméstico compensou a queda no mercado externo, uma vez que no 2T09 as margens obtidas no mercado local estavam melhores que as realizadas no 2T08 e preferimos abastecer com maior intensidade o mercado interno.

No comparativo 6M09 x 6M08, a receita líquida de álcool anidro caiu 12,6%, devido ao menor volume vendido no 1T09 uma vez que nossos estoques de passagem em março/08 foram vendidos para Copersucar, como parte do acordo de desligamento da cooperativa.

RNA - Sal Sódico do Ácido Ribonucléico - A receita líquida no 2T09 apresentou queda de 15,6% na comparação com o 2T08, totalizando R$ 2,5 milhões. O principal impacto veio do menor volume comercializado, que apresentou redução de 30,6% em relação ao 2T08, atingindo 54,1 toneladas.

No comparativo 6M09 x 6M08 a receita líquida apresentou queda de 4,4%, influenciada principalmente pelo decréscimo do volume vendido.

No próximo semestre esperamos embarcar mais 160 toneladas de RNA ao Japão, com preços superiores aos praticados na safra anterior, devido a um reajuste de 40% no preço.

Outros Produtos e Serviços: A receita líquida do item “Outros Produtos e Serviços” totalizou R$ 17,8 milhões no 2T09, o que representa um aumento de 51,7% sobre o mesmo período do ano anterior. O aumento da receita é explicado principalmente pela venda de 39.921 MW/hora de energia no 2T09. No comparativo 6M09 x 6M08 a receita líquida apresentou aumento de 49,6%. O principal impacto deve-se a venda de 45.061MW/hora de energia no 6M09.

O volume de açúcar e álcool hidratado em 66,1% e 78,0% respectivamente, quando compararmos o período 2T09 x 2T08. O aumento de estocagem de açúcar deve-se ao nosso desligamento da Copersucar em março/2008. Com isso, após tal data nossa área comercial iniciou as negociações diretas com nossos clientes, concentrando os embarques para o 2º semestre. O aumento dos estoques de álcool hidratado está relacionado ao início de produção da Usina Boa Vista no final de junho/2008.

A combinação dos nossos estoques no 2T09 com a expectativa - de produção até o final da safra garantirá ao grupo São Martinho elevado volume de produtos a serem comercializados nos próximos trimestres. Tal disponibilidade representa 178% do volume vendido no 6M09 (em ATR equivalente).

A São Martinho S.A. é uma das maiores produtoras de açúcar e álcool do Brasil. A capacidade de moagem do Grupo atualmente é de 12,5 milhões de toneladas por ano. A Sociedade produz açúcar e álcool em três usinas, Unidade Iracema, Unidade São Martinho e Unidade Boa Vista”, concluem. | www.saomartinho.ind.br/ri | Por: PR Newswire

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