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07/03/2007 - 08:13

Macaétur traça novos caminhos para turismo da cidade


Na preparação para a era pós-petróleo, a MacaéTur - empresa pública municipal de turismo - vem defendendo o setor como uma nova força econômica no município. Atualmente, a atividade turística já é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do município, com taxa anual de crescimento de 15% em vagas de hotéis na cidade, cinco vezes mais do que a média nacional. É certo que estes números foram construídos pelo turismo de negócios, alavancado, por sua vez, pelo setor offshore. Mas Macaé, com os esforços da empresa pública de turismo, aproveita esta estrutura para extrapolar os limites de sua vocação para viagens corporativas e começa a despontar como novo destino no turismo de lazer.

“O turismo é um grande gerador de resultados, com a melhor relação entre investimento e retorno: com um aporte razoável, movimenta-se a economia, gera-se emprego e preserva-se a identidade cultural local, resultando em inúmeros benefícios para a cidade”, avalia o presidente da MacaéTur, Paulo Longobardi Filho. Por este fácil retorno é que o turismo de lazer vem sendo encarado, pelo presidente da empresa pública, como substituto natural na liderança da economia macaense, quando o petróleo se tornar escasso.

Para o ano de 2007, novos projetos começam a surgir na MacaéTur, e muitos visam a fomentar este outro ramo do turismo na região. Já estão em pauta à construção de um Aeroclube Municipal, aberto ao público para a prática de esportes aéreos, e a criação de uma rampa para vôo livre na Região Serrana. Além disso, com o convênio firmado entre a Prefeitura e a Marinha para a administração do Arquipélago de Sant’Anna, o principal objetivo da MacaéTur é possibilitar um turismo consciente nas ilhas, com a construção de uma marina, quiosques e banheiros.

Avaliando o ano de 2006, a MacaéTur faz um balanço positivo. Apesar de ser mais conhecida, entre a população, como organizadora de shows para o Fest Verão e a Expo Macaé, a empresa pública de turismo também relaciona outras realizações – participou de projetos culturais e esportivos, como o Circuito Mundial de Bodyboarding, o Campeonato Brasileiro de Acqua Ride, o Campeonato Brasileiro de Bandas Show, as festas regionais e “Mangueira esquenta o tamborim”, que, em dezembro, promoveu um intercâmbio entre escolas de samba macaenses e a verde-e-rosa carioca. Outro evento de destaque em 2006 foi a realização do primeiro Encontro de Turismo de Macaé, que envolveu a MacaéTur e representantes do setor turístico em uma troca de informações e investimentos.

Integrantes do setor comemoram investimentos em turismo de lazer -Também preocupados com o futuro de Macaé sem o petróleo, integrantes da rede hoteleira na cidade e representantes do setor turístico no estado do Rio comemoram este novo olhar do governo municipal, por meio da MacaéTur, para o turismo de lazer. “É notória a nova fase pela qual Macaé atravessa neste tipo de turismo. Apesar de ser um movimento embrionário, já é perceptível o incremento no número de visitantes durante os fins de semana. Esta movimentação ainda está desabrochando, mas nota-se que é uma resposta ao trabalho da MacaéTur na cidade”, avalia Joaquim Rodrigues, diretor comercial da Travel Inn Macaé e delegado da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) na região.

Esta opinião é compartilhada por Luiz Strauss de Campos, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV) no Rio de Janeiro. “Estamos observando um desenvolvimento saudável no turismo de lazer em Macaé, muito disso porque a MacaéTur vem, ultimamente, se fazendo presente em muitas feiras e eventos do setor, dando visibilidade ao município. Este trabalho já está acontecendo desde 2005 e só agora começa a gerar frutos, pois, no turismo, os resultados se dão em médio ou longo prazo”, relata. “Os agentes de turismo vêm perguntando sobre Macaé, querendo saber sobre a cidade, e isso é sinal de que o trabalho de divulgação está dando certo. Só não pode parar: o governo municipal deve se dedicar cada vez mais a este objetivo”, alerta.

Diretor comercial da TEAM Transportes Aéreos, Guilherme Goetter Reis afirma que a companhia já está de olho nesta nova possibilidade comercial. “Colocamos um vôo extra em um horário mais tarde na sexta e estamos operando com um vôo no domingo. Além disso, estamos elaborando pacotes com tarifas diferenciadas para viabilizar o turismo de fim de semana no município, uma vez que a MacaéTur vem desenvolvendo trabalhos nesta direção”, conta.

Carnaval 2007 tem público recorde - Um sintoma deste novo cenário no turismo macaense é o Carnaval 2007, que registrou público recorde em relação ao ano anterior: segundo dados da Liga Independente das Escolas de Samba de Macaé (Liecam), a estimativa de público para o desfile das escolas do Grupo Especial foi de 35 mil pessoas. Outros desfiles de menos apelo, como do Grupo 1 e dos bois pintadinhos, tiveram público médio de 10 mil. “A festa, este ano, teve um grande crescimento com relação ao ano passado. Tive dificuldades para encontrar vagas em hotéis da cidade para alguns amigos, evidência de que o carnaval macaense esquentou o turismo do município”, relata José Carlos Antônio, o Dica, presidente da Liecam.

Dica também revela que, com a nova estrutura oferecida pela prefeitura para o carnaval, como a Cidade do Samba e a Linha Verde, além da subvenção da MacaéTur, as escolas de Macaé estão aumentando em tamanho, despertando, também, o interesse do público. “Antes, uma agremiação possuía 600 componentes, e este ano tivemos escola com até mil. Um grupo de estrangeiros quis comprar um camarote na avenida, e nunca trabalhamos com isso. Resolvemos adotar este procedimento para o ano que vem”, comemora.

Esportes radicais se apresentam como nova proposta no turismo macaense - O principal chamariz desta nova etapa no turismo de lazer macaense é o turismo de aventura, que envolve a prática de esportes radicais junto à natureza da região serrana do município. Para viabilizar a prática destes esportes com segurança, a MacaéTur idealizou e inaugurou, em apenas dois anos, uma Base de Operações em Glicério, onde cinco empresas comercializam pacotes de arvorismo, rafting, rapel e acqua ride, entre outras atividades. Alguns esportes podem ser praticados também à noite, uma vez que a Base de Operações conta com iluminação especial.

“Não vi, em nenhum lugar do Brasil, uma estrutura como esta, é um programa pioneiro”, garante Gerson Nunes, coordenador de Eco turismo e Esporte da MacaéTur. Segundo Gerson, logo no primeiro ano de funcionamento, a Base de Operações vendeu 500 pacotes no verão de 2006. A expectativa deste ano é de comercializar 1.600 pacotes. De acordo com o coordenador, a Base de Operações é um projeto tão promissor que há estudos para a instalação de mais uma unidade, desta vez no Sana.

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