BID apóia criação de sistema de informação energética para América Latina e Caribe

O Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou a aprovação de uma doação de US$750 mil para desenvolver um Sistema de Informação Energética Regional (SIER). O sistema servirá como insumo para o desenvolvimento de programas públicos e privados de expansão e melhorias da infra-estrutura energética, tanto regionalmente como nos países da América Latina e Caribe, facilitando o planejamento e inversão na área energética.

América Latina e Caribe contam com ricos recursos energéticos que incluem petróleo, gás natural, carvão mineral, biomassa e outras fontes de energia renovável, assim como têm grande potencial hidrelétrico. Como esses recursos não estão igualmente distribuídos entre os países, há um grande potencial para que se desenvolvam importantes fluxos de comércio de energia na região.

A falta de informação oportuna, oficial, confiável e acessível sobre energia dificulta os esforços de integração, cooperação e planejamento regionalmente e desestimula o investimento nos países.

“O objetivo desse projeto é estabelecer um canal de comunicação e cooperação técnica por meio do manejo consolidado de informação energética em toda a região, para que os países contem com uma base de dados regional dinâmica e moderna, que contribua para as iniciativas de integração e um melhor planejamento estratégico”, explica Arnaldo Vieira de Carvalho, líder da equipe do projeto no BID.

O organismo executor do projeto será a Organização Latino-americana de Energia (OLADE), com sede em Quito, Equador. A organização é mantida pelos Ministérios de Energia (ou seus equivalentes) de 26 países da região.

Entre os principais objetivos da OLADE estão a promoção do uso racional dos recursos energéticos e o estímulo à cooperação entre seus Estados-membros. A OLADE tem mais de 20 anos de experiência no manejo sistematizado de informação estatística regional no setor energético e possui a única base de dados oficial existente na região, com séries históricas desde 1970. A base, porém, precisa ser modernizada e validada.

“Essa é mais uma instância onde os países da América Latina e Caribe vão atuar coordenadamente para aproveitar ao máximo os benefícios de uma região integrada,” disse Laura Bocalandro, coordenadora do Programa de Bens Públicos Regionais do BID. “Esse programa apóia as instancias institucionais que permitem aos países a tomada de decisões de maneira informada na área energética”, concluiu Bocalandro.