Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/11/2008 - 09:58

“A energia nuclear é a melhor opção para o futuro do mundo”, diz Patrick Moore

O ambientalista canadense Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace, afirmou no dia 18 de novembro (terça-feira), no Rio de Janeiro que a energia nuclear é a melhor opção para o futuro do mundo. “A energia nuclear não é esta fonte do mal que a maioria dos ativistas aponta. Ela pode nos libertar da poluição ambiental para termos atmosferas limpas”.

Convidado pelas Indústrias Nucleares do Brasil, empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e pela Eletronuclear para fazer uma palestra no XII Congresso Brasileiro de Energia, Moore informou que existem atualmente 439 reatores funcionando no mundo todo e enfatizou que é necessário o desenvolvimento de programas nucleares mais agressivos. “Precisamos chegar a 600 reatores, o que representaria 50% da energia mundial. Hoje, apenas 15% da matriz energética mundial são de fonte nuclear.”

“O mundo não deve lutar contra a energia nuclear e nem cogitar parar com os programas nucleares existentes. A demanda de energia cresce e a preocupação com o CO2 emitido na atmosfera é grande”, disse o ambientalista, enfatizando que a energia nuclear - ao lado da hidrelétrica - é uma das melhores opções para se substituir as fontes de energia que emitem gases do efeito estufa. “Temos que lutar por tudo o que possa reduzir os impactos negativos no meio ambiente. É possível mudar nossas práticas para podermos obter o que pudermos do meio ambiente, reduzindo impactos negativos”.

Patrick Moore foi por nove anos presidente do Greenpeace no Canadá e por sete anos diretor do Greenpeace Internacional. O atual presidente e cientista-chefe da Greenspirit Strategies - uma empresa de consultoria que concentra suas ações em política ambiental e comunicação em campos como a energia - explicou o motivo pelo qual mudou seu posicionamento sobre setor. Ele contou que na época em que fazia parte da Ong participou de muitos movimentos contra a energia nuclear. “No auge da Guerra Fria, fazíamos a associação de tudo o que era nuclear às armas de destruição em massa. Eu era militante por causa dos meus sentimentos de medo e da falta de informação. Posso dizer que os movimentos ambientais ajudaram a construir uma das maiores barreiras para a utilização de energia limpa”, revelou, acrescentando que muitos países interromperam suas atividades nucleares em consequência das atividades do Greenpeace.

“Se não fosse pelo Greenpeace, haveria menos usinas de carvão e mais nucleares nos EUA, por exemplo”. “É muito importante que a sociedade entenda o que é a energia nuclear. Os países precisam falar sobre o assunto e desenvolver programas para atingir este público de forma clara. A energia nuclear faz parte do futuro. É preciso educação pública”, disse Moore.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira