Genomic amplia atuação na área pública em 2006

Laboratório obteve crescimento de 64% no número de exames no ano passado e foi escolhido como responsável pelo Banco de DNA dos desaparecidos políticos.

O laboratório Genomic Engenharia Molecular, especializado em exames por análise do DNA, ampliou sua atuação na área pública em 2006. A empresa foi a vencedora da licitação feita pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) para a criação do Banco de DNA dos familiares de mortos e desaparecidos políticos brasileiros. Amostras de sangue já estão sendo coletadas em diversos Estados brasileiros. Familiares de desaparecidos políticos de São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro já contribuíram. Além disso, o laboratório vai realizar os exames de DNA para identificação das ossadas encontradas na região do Araguaia.

A empresa apresentou crescimento de 64% no número de exames em 2006, comparado com os doze meses de 2005. O laboratório realiza exames de vínculo genético, exames forenses e de marcadores genéticos.

Na área pública, além do Banco de DNA dos desaparecidos políticos, a empresa atua nas cidades de Feira de Santana (BA) e Londrina (PR) e para Secretaria de Estado da Saúde do Estado da Paraíba. O laboratório é responsável pela realização dos testes de investigação de paternidade destas localidades, o que representa mais de 1.200 exames anuais.

De acordo com o diretor da Genomic, Martin Whittle, a expectativa para este ano é “de manter o crescimento no número de exames e aumentar cerca de 5% no faturamento”.

A Genomic também está expandindo seu mercado para outras áreas de diagnósticos moleculares voltados para o atendimento ao público. Entre as principais áreas estão os exames forenses, ou seja, aqueles que servem para identificação científica do indivíduo em casos criminais, cirúrgicos e investigação de vínculo genético post mortem. Os exames forenses, por análise do DNA, podem ser realizados com a coleta de diversos materiais como ossos, fios de cabelo, unhas, coto umbilical, manchas de materiais biológicos, saliva, tecido em estado de putrefação, urina, líquido seminal, entre outros.

Os exames conhecidos como marcadores genéticos ou exames de prevenção fazem parte da prestação de serviços da Genomic. Nesses testes, os pesquisadores detectam a probabilidade de pacientes terem certos problemas de saúde como câncer de mama, doença do rim policístico, trombose venosa profunda, defeitos do tubo neural, mal de Alzheimer, doenças cardíacas e fibrose cística.

O laboratório também oferece o Diagnóstico Genético Pré-Implantação (PGD). Este exame é uma forma sofisticada e precoce de diagnóstico pré-natal que visa identificar embriões portadores de doenças genéticas. A diretora da Genomic, Denilce Ritsuko Sumita, estabeleceu pela primeira vez no Brasil uma metodologia de PGD para doenças monogênicas, como a doença de von Hippel-Lindau, Imunodeficiência Severa Combinada, Fibrose Cística e Atrofia Espinhal Progressiva, para as quais já foram realizados casos clínicos de PGD.