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22/11/2008 - 07:40

Turismo Educacional investe no Mercado de Luxo

Uma garrafa de água de 750 ml(1) por US$ 100,00; um sundae de chocolate(2) custando US$ 25.000,00; um casaco(3) por € 760.000,00; ou um curso de moda(4) por € 18.000,00. Talvez você ache tudo muito caro, mas estes são alguns itens que fazem parte de um setor que cresce cada vez mais, o mercado de luxo.

O mercado de luxo, que engloba roupas, perfumes, jóias, cosméticos e acessórios, agora conquista o segmento do Turismo Educacional com cursos no exterior, especiais e diferenciados, em várias áreas.

“Existe uma diversificação de produtos posicionados para o mercado de luxo. De cozinhas mobiliadas a alta costura, de alimentos a cursos no exterior, o crescimento está na amplitude de produtos focados e de sua variedade”, explica Rafael Villas Bôas, diretor de marketing e vendas da Intercâmbio Global.

No Instituto Marangoni, por exemplo, quem quer cursar design de moda, por um ano, deve desembolsar algo entre 18 mil euros (se optar por fazer o curso em Milão ou Paris). Em Londres, outro campus da instituição, o investimento é de 12.800 libras.

O Instituto também oferece pacotes master, para Milão e Londres, por 19.800 euros. O diferencial de preço é a que na cidade italiana, o curso é traduzido para o inglês.

Para quem gosta de cozinhar e quer aprimorar as técnicas gastronômicas, uma boa pedida é a escola Le Cordon Bleu. Com campus em Paris, Londres, Ottawa, Seoul, Kobe, Tokyo e Sidney, os valores variam de acordo com o curso e a cidade escolhida.

Se achar que Paris é a melhor referência em gastronomia, esteja preparado para o salgado investimento de 8.250 mil euros (com matrícula incluída) para ter uma introdução da culinária francesa. Em Sidney, o mesmo curso sai pelo preço de AUD 7.600,00, sem matrícula, por dois meses.

“Quem está disposto a fazer este investimento deve ficar atento em escolher cursos nas áreas abrangentes do mercado do luxo, como moda, design de jóias, e cursos nas chamadas Escolas Boutiques, escolas de grife cujo diploma tem altíssimo valor agregado para as áreas que habilitam e formam profissionais”, esclarece Villas Bôas.

E se você pensa que os cursos de idiomas passam batido neste setor, está enganado. Na Califórnia existem escolas que conciliam aulas de teatro, dança, tênis, golfe e surf com o tradicional curso de inglês.

Os programas são para jovens a partir de 12 anos, com duração de duas e três semanas, e custos que variam entre US$ 2.595,00 e US$ 3.095,00 (sem matrícula).

O diretor da Intercâmbio Global lembra que todos podem transformar seu curso em uma experiência de luxo dando “up grades” em seus pacotes, como voar em primeira classe ou hospedarem-se hotéis cinco estrelas, por exemplo.

Foi o caso do estudante de administração Fellipe da Fonseca Cruz (19) que em 2006 investiu R$ 7.000 em um curso básico de inglês, com duração de 40 dias em acomodações do tipo homestay (casa de família) no Canadá.

Na época o dólar canadense oscilava na casa dos R$ 2,00, tornando a viagem viável. “O único imprevisto aconteceu quando eu já estava no exterior, pois o custo de vida da região era muito caro”, lembra.

Durante o tempo em que esteve no Canadá, o estudante aproveitou para conhecer Quebec, Toronto e Montreal. Ele conta que nesses passeios privilegiou o conforto, hospedando-se em um hotel de quatro estrelas.

“Como estaria numa região em que o francês era mais forte, preferi algo mais cômodo para não ter preocupações com a língua. A diária do hotel custava 350 dólares e incluía o café da manhã, as outras refeições eram mais simples”, conta o estudante.

Agora, Fellipe se prepara para ir para a Europa fazer um curso na França e na Alemanha. O investimento no curso supera a faixa dos 5 mil euros e inclui cursos e palestras com renomados Professores Doutores de universidades européias, além de visitas em empresas, instituições financeiras e órgãos governamentais nas cidades de Frankfurt, Strasbourg, Stuttgart e Paris.

“Nessa viagem espero conhecer a posição do mercado europeu, seus pacotes econômicos e sua projeção global para 2020 e ganhar mais um destaque no currículo”, completa.

Consumidores do mercado de luxo - De acordo com a pesquisa Mercado de Luxo no Brasil 2007/2008, realizada pela GfK Indicator e a MFC Consultoria e Conhecimento, a idade média dos consumidores oscila na casa dos 36 anos, sendo que a maior concentração deste público está em São Paulo, com 62%, e 61% gasta consigo mesmo.

A motivação para os gastos, segundo 41% dos entrevistados, está na qualidade dos produtos oferecidos.

Em 2007, o mercado de luxo movimentou 170 bilhões no mundo, dos quais 38% na Europa e 33% na América do Norte. Para este ano, a expectativa de crescimento global é de 6,5% nas cifras globais, mas com taxas de crescimento menores nos mercados maduros dos Estados Unidos, Europa e Japão.

No Brasil, de acordo com dados apresentados durante a Atualuxo 2008, em cinco anos o mercado de artigos de luxo deve aumentar 35%, seguido pela China, com 30%. Apesar da maior taxa de crescimento prevista, o Brasil respondeu, em 2007, por apenas 0,8% (R$ 1,3 bilhão) do mercado de luxo global.

Fillico Beverly Hills | (2) Frrozen haute chocolate, do restaurante Serendipity 3 | (3) Casaco Volksvare | (4) Instituto Marangoni. | www.intercambioglobal.com.br

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