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07/03/2007 - 08:27

Dez mulheres serão homenageadas com diploma na ALERJ

Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro vai homenagear dez mulheres com o Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro, no dia 9 de março (sexta-feira), por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março). As homenageadas foram selecionadas pela Comissão de Direitos da Mulher da Alerj, por contribuírem para a valorização e defesa da mulher na sociedade. De acordo com a presidente da Comissão, deputada Inês Pandeló (PT), a homenagem, realizada anualmente, tem o objetivo de prestigiar essas cidadãs que tanto lutam pelos diretos da mulher, e muitas vezes são anônimas em suas lutas: "O evento, além de enaltecer o trabalho delas, ajuda a divulgar a importância de suas ações".

As dez mulheres são: Beatriz Moreira Costa - Mãe Biata de Iemanjá, que desenvolve trabalhos de combate à intolerância religiosa discriminação racial e de gênero, violência contra a mulher, de prevenção à saúde e defesa do meio ambiente, criou o Ilê Omi Oju Aro, instituição religiosa cujo objetivo é preservar a cultura afro-brasileira e combater a discriminação - Cecília Teixeira Soares, superintendente de Direitos da Mulher do Governo do Estado | Orleide Monteiro, militante histórica do movimento de mulheres da Baixada Fluminense | Marcilene Souto, fundadora do Geac (Grupo de Estudo e Ação Comunitária), ONG de Niterói | Conceição Tavares, presidente acadêmica do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento | Ana Maria de Oliveira Teixeira, fundadora da Associação de Mulheres Beth Lobo, de Volta Redonda | Oscariana Siqueira, uma das fundadoras do Movimento de Mulheres em São Gonçalo | Maria Emídia Vidal de Amorim, Regina Célia de Lima Silva e Nilza Souza de Oliveira, da Pastoral de Mulheres de Angra dos Reis.

Natural da Bahia, a educadora Leolinda Daltro – que dá nome ao diploma – trabalhou com grupos indígenas em Goiás. Precursora do movimento feminista no Brasil, fundou, em dezembro de 1910, no Rio de Janeiro, o Partido Republicano Feminino, depois que a Justiça negou seu pedido de alistamento eleitoral. O partido, pioneiro, defendia os direitos plenos da mulher. Também foi a responsável pela mobilização, em novembro de 1917, que reuniu quase cem mulheres, em marcha pelas ruas do Rio de Janeiro pelo direito ao voto. A rebeldia de Leolinda e de suas companheiras chamou a atenção da imprensa, provocou polêmica e deu visibilidade à condição feminina no Brasil. Ela foi a primeira feminista candidata às eleições municipais, em 1919. Entretanto, teve o seu registro negado. Apenas em 1932, o então presidente da República, Getúlio Vargas, concedeu às mulheres alfabetizadas o direito a voto.

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