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22/11/2008 - 08:18

Jovem chef assume cozinha do restaurante Cordato no Transamérica Flat Barra (RJ)


Com apenas 26 anos Pedro Pecego faz sua estréia na Barra da Tijuca como o novo chef executivo do restaurante Cordato, no Transamérica Flat. “Pretendo continuar a minha linha de trabalho, que denomino como franco-asiática, sendo que, por conta do perfil da casa, utilizarei mais as técnicas francesas. Ou seja, será uma gastronomia contemporânea com a fusão das cozinhas francesa e oriental e, ainda, sempre que possível, utilizando ingredientes brasileiros”, revela o chef.

Pedro, que é discípulo dos chefs Pierre Lundry, Flávia Quaresma e Nao Hara, ainda não reformulou completamente o cardápio da casa, mas já é possível conferir sua criatividade e o sabor de seus pratos em algumas das sugestões que já estão no menu, como os triângulos de alho-poró recheados com cherne, velouté de açafrão e palha de baroa (R$ 18,00); o atum sobre purê de wassabi, chips de coalho com caviar de berinjela (R$ 48,00); o mignon em crosta de shitake, tomate cereja e granna padano, raviole de batata com fondant de cebola ao bordelaise (R$ 48,00); e o tarte tatin de maçã com sorvete de creme e chantily de canela (R$ 18,00).

O chef - Pedro só decidiu cursar a faculdade de gastronomia este ano. “Quando esses cursos começaram no Rio, era tudo muito desorganizado. Inclusive, fui aconselhado pelos chefs que considero meus mentores a não ingressar e continuar no mercado seguindo minha formação prática”, conta. O ânimo para o curso veio depois que a Alain Ducasse Formation (ADF), escola francesa que leva o nome do seu chef executivo, referência do setor, fechou um convênio com a Universidade Estácio de Sá. As aulas são elaboradas pela ADF, que se apóia no tripé cozinha francesa, pâtisserie e cozinha internacional. Ao finalizar o curso, aqueles que demonstrarem nível técnico e talento para a cozinha receberão um diploma com validade internacional. “Pra mim, esse curso veio na hora certa, pois, acredito que, com a experiência que possuo, absorvo melhor os ensinamentos. E nunca conquistei tanta nota 10!”, brinca Pecego.

Mas para um jovem de 26 anos que acaba de ingressar na univesidade, Pedro Pecego já tem um longo caminho pela estrada da gastronomia, que começou a ser trilhada com apenas 15 anos de idade, quando descobriu a carreira a seguir. “Acho que sempre gostei de cozinha. Minha avó, descendente de libaneses, cozinhava muito bem e eu apreciava o prazer e o carinho com que ela preparava a comida e nos observava comers”, relembra. A influência oriental, o chef acredita que veio por conta das tantas idas com os pais a restaurantes japoneses, o quê, na época, ainda era um programa diferente.

E foi esse fascínio pela gastronomia oriental que o levou ao primeiro emprego. Com a ajuda de sua mãe, grande incentivadora e amiga do dono do restaurante Origami, recém-inaugurado no Shopping da Gávea, conseguiu um estágio como ajudante de cozinha. Em três meses foi efetivado e ficou na casa por cerca de um ano.

Ao todo foram sete anos trabalhando como sushiman: em Angra dos Reis esteve nas Ilhas do Arroz, da Gipóia e do Mandala. Com 19 anos, já chefiava a cozinha asiática do luxuoso hotel Blue Tree Park., também em Angra., onde adquiriu conhecimentos de hotelaria. Na cidade do Rio de Janeiro, trabalhou em casas tradicionais como no antigo Take, em São Conrado.

Divisor de águas - Aos 22 anos, Pedro recebeu um convite para produzir um jantar na Maison de France ao lado dos chefs franceses do restaurante Le Champs Elysées, os irmãos Dominique e Alain Raymond. “Era um evento de comida japonesa para o qual fui indicado. Os chefs gostaram do meu trabalho e me convidaram para fazer um estágio com eles. Essa oportunidade foi, pra mim, um divisor de águas. A profissão de sushiman já não era tão respeitada e valorizada como quando comecei. Então, resolvi caminhar dez passos para trás e começar tudo de novo, agora com a gastronomia francesa”, explica.

Do Le Champs Elysées, Pecego seguiu para o Petit Lieu, no shopping Fashion Mall, onde trabalhou com o chef Pierre Landry por cerca de um ano e meio. “O Pierre é uma pessoa muito especial pra mim. Com muito carinho e respeito, praticamente, me criou na cozinha francesa”, orgulha-se Pedro.

Outra pessoa importante na carreira de Pedro é a chef Flávia Quaresma, do Carême Bistrô. Pedro conta que “num jantar entre o Dominique, o Pierre e a Flávia, conversaram sobre mim. A Flávia, então, me convidou para trabalhar com ela, que também me apoiou e ensinou muito. E foi mais um recomeço: entrei como ajudante de cozinha e em pouco menos de um ano cheguei a sub-chef”.

Depois de um período afastado da cozinha por conta de um acidente de carro, Pedro voltou à ativa. Após várias tentativas, finalmente conseguiu realizar um desejo antigo: trabalhar com o chef Nao Hara no Madame Butterfly, em Ipanema, que seguia uma linha asiática contemporânea. “Além do conhecimento da culinária asiática, nesse momento, eu também já possuía uma boa escola de culinária francesa. Acredito que isso tenha sido fundamental para o sucesso de nossa parceria. O Nao foi, também, um grande mestre”, garante o chef.

Novos rumos - Do Madame Butterfly, Pecego seguiu para Portugal já com uma proposta de trabalho. “A comida japonesa começava a virar modismo por lá. Então, me convidaram para chefiar esse setor, durante a alta temporada, no restaurante do Museu do Arroz, uma casa tradicional de cozinha portuguesa situada no Concelho de Alcácer, em Setúbal, distrito litorâneo ao sul de Lisboa”.

De lá o chef foi para Paris. Ele lembra que, “quando trabalhava com o Landry, recebemos a visita do chef do Petrussian, Sebastian Fare. Na época, ele disse que se eu quisesse estagiar com ele, ‘era só aparecer’. Dois anos depois, com a maior cara de pau, lá estava eu. E qual não foi minha surpresa quando, ao me ver, o ouvi me chamar pelo nome: Pedrrró! Assim, fiquei um mês estagiando numa das casas mais conceituadas do mundo especializada em caviar, um aprendizado incrível”.

Voltou da Europa e, em pouco tempo, abriu seu próprio restaurante, o Rakan, em Copacabana, com uma proposta de culinária japonesa tradicional acrescida de um cardápio com características contemporâneas que incluía técnicas francesas e ingredientes brasileiros. “O restaurante era pequeno, com cerca de 30 lugares. Foi, realmente, um grande sucesso nos primeiros meses. Depois, aconteceram àqueles problemas de contaminação de peixes, em especial o salmão, e o movimento caiu bastante. Com algumas mudanças conceituais, consegui, ainda, algum retorno, mas dificuldades “extra-cozinha” me obrigaram a desistir da sociedade”, explica.

Pedro ainda voltou ao Museu do Arroz, em Portugal, mais uma vez. Nessa oportunidade, conquistou um pouco mais de intimidade com a culinária local, já que trabalhava como sushiman de quinta a sábado e, nos outros dias, atuava como sub do chef português.

No retorno ao Rio, Nao Hara, que havia acabado de inaugurar o Kooun, um restaurante em Brasília sob sua consultoria, o convidou para ser seu homem de confiança e assumir a cozinha da casa. “Seriam três meses de trabalho até acertar todos os detalhes. No segundo mês, recebi uma ótima proposta do dono e acabei ficando um ano por lá”, revela.

Novo desafio - Agora, depois de merecidas férias nas quais pode se dedicar aos esportes que tanto gosta – surf, artes marciais e futebol – e ao seu hobby preferido, cozinhar (!), Pedro Pecego encara mais um desafio, o de chefiar uma grande operação: além do restaurante Cordato, o chef tem sob sua responsabilidade os serviços da cafeteria, do room service, de dois bares e, ainda, a produção de menus para eventos empresariais ou sociais que acontecem nas dependências do Transamérica Flat ou do salão do restaurante. “Estou bastante animado, pois, acredito, terei a oportunidade de realizar um grande trabalho por aqui”, conclui o chef.

Restaurante Cordato - Instalado no Transamérica Flat Barra, o restaurante Cordato possui um ambiente tranqüilo e aconchegante. A cozinha segue a tendência da culinária contemporânea e mistura influências como a francesa e a oriental.

Adega e Bar - A carta de vinhos, elaborada pelo sommelier Lúcio de Assis, é fruto de esmerada pesquisa, com o objetivo de oferecer aos clientes produtos das mais importantes vinícolas do mundo. A adega climatizada, instalada no próprio salão, tem capacidade para 700 garrafas e possui cerca de 200 rótulos.

Cafeteria - Instalada numa das entradas do restaurante, possui uma carta de cafés sempre preparados com grãos Premium moídos na hora, o que valoriza a bebida. Há, ainda, deliciosas tortas, doces e salgados, todos de fabricação própria.

Eventos - O Cordato oferece, também, várias sugestões de menus para eventos (almoço, jantar ou coquetel), que podem ser realizados no salão do restaurante ou nas dependências do Transamérica Flat Barra.

Cordato – Av. Gastão Senges 395, loja 101, Barra da Tijuca. Tel.: 3328-1323 - Transamérica Flat Barra – Rio de Janeiro (RJ). Para almoço e jantar, funciona de segunda à sábado, abre às 12h30 e fecha à meia-noite; aos domingos, de 12h30 às 22h. Diariamente, café da manhã das 6h30 às 10h30m; cafeteria das 6h30 à meia-noite. Bar das 11h ao último cliente. Estacionamento no local (R$ 7, com manobrista). Cartões de crédito: Visa, Mastercard e Amex.

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