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25/11/2008 - 10:47

Revolução móvel: Tudo ao mesmo tempo, agora, e em qualquer lugar

A década de 90 foi marcada por inúmeros fatos históricos, seja no âmbito político, social e econômico. O mundo assistiu ao final da Guerra Fria, à destituição da União Soviética, à triste Guerra do Golfo e também pôde presenciar a popularização do PC (computador pessoal, na sigla em inglês), da Internet e do celular.

De lá para cá, muitas inovações surgiram e a tecnologia da informação ganhou mobilidade e passou a estar cada vez mais presente em nossas vidas. Às vezes não percebemos, mas estamos cercados de tecnologia móvel por todos os lados, desde a simples compra do pãozinho na padaria até o processamento de uma transação bancária, ambas feitas em um terminal móvel.

No escritório, na fábrica ou no comércio, a computação móvel virou um item imprescindível, para não dizer obrigatório, e hoje ninguém se imagina desempenhando sua função da mesma forma sem o auxílio de tais equipamentos e os inúmeros recursos tecnológicos que eles proporcionam.

A esta incorporação do uso da tecnologia móvel ao nosso dia-a-dia, soma-se a tendência da convergência de mídias e o advento de redes móveis de alta velocidade, que vêm permitindo que façamos muito mais, em muito menos tempo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Daí o crescimento exponencial da base de celulares e em particular nos últimos anos, o aumento vertiginoso na compra dos telefones inteligentes, os chamados smartphones. Alguns dados do Gartner demonstram bem este cenário: apenas no segundo trimestre de 2008, mais de 32,2 milhões de smartphones foram vendidos no mundo, o que representa um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de crescimento do mercado esperada para este ano é de 52%. A projeção é de que sejam vendidos 190 milhões de unidades, o que corresponde a 15% do total de dispositivos móveis. Já para 2012, ainda de acordo com o Gartner, a estimativa é que o mercado atinja 700 milhões de unidades, movimentando algo em torno de 200 bilhões de dólares.

Para se ter uma idéia, atualmente 20% de todos os telefones móveis vendidos na América Latina são smartphones, de acordo com uma pesquisa da TNS Technology. No primeiro trimestre de 2008, as vendas desse tipo de handset na América Latina cresceram 496% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo análise da consultoria IDC. No Brasil, estimativas também indicam um aumento significativo na procura pelos celulares inteligentes.

Também chamados de ‘computadores de mão’, eles possuem praticamente as mesmas funcionalidades dos laptops ou desktops de última geração, com a diferença de que cabem no bolso. Isso é crucial para profissionais que se deslocam freqüentemente e passam boa parte do dia fora do escritório ou que viajam com certa freqüência. Com esse tipo de telefone e as diversas opções de aplicativos disponíveis, é possível, por exemplo, fechar o pedido de um cliente por meio de um software de gestão (ERP) da empresa, enviar um e-mail para o seu chefe comemorando a venda e uma mensagem de voz para sua mulher confirmando o jantar romântico naquele restaurante (que você reservou pela internet no caminho entre duas reuniões de negócio). Tudo isso em poucos minutos, de qualquer lugar, a qualquer hora.

Desenvolvido inicialmente para o segmento corporativo, hoje observamos uma tendência de crescimento dos smartphones também para uso no dia-a-dia. É comum que usuários de celulares convencionais migrem para handsets com recursos como tela de toque (touch screen), acesso direto a e-mail, sincronização com aplicativo de correio eletrônico, navegação na Web em alta velocidade e teclado profissional, que são os principais atributos dos smartphones.

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Gartner apontou que até 2010 cerca de 350 milhões de pessoas terão acesso a e-mails a partir de dispositivos móveis. Isso representará cerca de 20% das contas de e-mail existentes no mundo. Certamente o aumento da disponibilidade de redes de terceira geração (3G) no Brasil e o lançamento de novos modelos de terminais ampliarão a utilização dos recursos por aqui, em especial os acessos à web e ao correio eletrônico.

Outra transformação provocada por conta da expansão deste mercado está no fato das empresas de diversos setores terem de repensar suas estratégias comerciais e de marketing. Muitas delas já começam a desenvolver versões customizadas de seus produtos e serviços para que sejam utilizadas a partir de um dispositivo móvel. Isso inclui desde a prestação de serviços, como recebimento de notícias, cotação de ações, previsão do tempo, localizador de rotas, até aplicativos para transações financeiras. Parece que nenhum segmento pretende ficar fora desse movimento, já que isso pode significar perda de competitividade e de rendimentos.

Neste contexto, uma das novas áreas que mais se beneficiam e têm crescido com essa revolução da mobilidade é o mobile marketing, uma nova fronteira e uma enorme oportunidade para ampliar o relacionamento e a interação com o consumidor, em favor de marcas e corporações. Quando empregado da maneira correta, é uma ferramenta poderosa que traz no seu cerne a promessa do tão sonhado marketing one-to-one, no Brasil e no mundo. Já existem diversos indicadores de que este é um movimento irreversível. Mas isso é assunto para uma nova conversa.

. Por: Marcelo Zenga é diretor de marketing da Palm no Brasil.

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