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“Câmaras de Luz” discute a relação entre arte e tecnologia, através dos trabalhos de oito artistas

Exposição Oi Futuro, de 07 de novembro a 14 de dezembro de 2006, de terça a domingo, das 11h às 20h. Debate no dia 29 de novembro, às 18h30 - Entrada franca, com retirada de senha uma hora antes, no OI FUTURO (Centro Cultural Telemar), Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo – Rio de Janeiro (RJ)| Telefone: (21) 3131-3060. Curadora: Ligia Canongia

O OI Futuro ( Centro Cultural Telemar ) apresenta, a partir de 07 de novembro, a exposição Câmaras de Luz, que vai ocupar todo o prédio com trabalhos de oito artistas: Antonio Dias, Daisy Xavier, Laura Erber, Miguel Rio Branco, Paulo Vivacqua, Roberto Cabot, Thiago Rocha Pitta e Tunga, sob a curadoria de Ligia Canongia.

A mostra constitui um verdadeiro espetáculo luminoso, em que as imagens se formam a partir de reflexos e projeções. A exposição trabalha com o que se convencionou chamar de expanded field (campo ampliado), envolvendo obras de arte pensadas e orientadas, simultaneamente, por diversas mídias, abrangendo luz, movimento, som e espaço. Trabalhos, conceitualmente, vinculados às mídias modernas.

“Câmaras de Luz” inclui, ainda, o processo de criação do site specific, ou seja, trabalhos criados especificamente para o local onde serão instalados. Dessa forma, todos os projetos selecionados são inéditos e realizados exclusivamente para os espaços do Centro Cultural Telemar.

Ancorada na fronteira entre práticas artísticas diversas, como o som, o cinema e a fotografia, e condensando essas linguagens em estreitas relações, a mostra configura-se como um conjunto de salas escuras, com ressonância cinematográfica, propiciando ao espectador uma atmosfera mágica de luz e imagem, que amplifica a percepção sensorial e a própria natureza enigmática da obra de arte.

“A exposição parte do princípio de que qualquer meio técnico, desde que manipulado por artistas, curva-se ao simbólico e transforma-se em canal de poeticidade. Seria, assim, a dobra da máquina ao imaginário”, explica a curadora Ligia Canongia.

Embora não sejam exclusivos dos meios tecnológicos, todos os artistas participantes da mostra desenvolvem, freqüentemente, trabalhos ligados à proposta da exposição. Em “Câmaras de Luz”, eles mantêm, nas mídias mecânicas, a mesma pesquisa lingüística e poética que os acompanha em obras realizadas em outros suportes, como pintura, escultura, objetos e até mesmo poesia, como no caso de Erber.

“Com as mídias modernas, os artistas de “Câmaras de luz”, exploram as extensões e os limites desses instrumentos, em equação estreita com a natureza conceitual e simbólica do conjunto de suas obras. Sem associar o uso da tecnologia a uma espécie de síndrome da imaginação contemporânea, colocam-na a serviço da inteligência do trabalho de arte”, define Ligia.

As obras - “Derrotas e vitórias (para Bento)” – Antonio Dias monta uma trilogia fílmica, que trabalha a figuração orgânica de bichos, plantas e frutos, em contraste direto com as próprias máquinas que os filmaram e os projetam. A natureza é vista aqui como um motivo transfigurante, que se deforma e se transforma segundo as condições de sua representação e veiculação.

“Topologia do encontro” – Daisy Xavier, em parceria com Célia Freitas, apresenta uma obra em que quatro mãos, pertencentes a dois corpos, tentam um encontro através de um hipotético furo numa parede. O verso e o anverso dessa superfície, que não se apresenta com clareza, são exibidos em projeções separadas, e não permitem ao espectador uma visão única da cena.

Laura Erber apresenta obra em animação digital, projetada em duas telas paralelas e simultâneas, que simulam, inicialmente, a continuidade de uma mesma imagem, o espelhamento de um mesmo plano espacial.

“Vômito eletrônico” – Miguel Rio Branco constrói uma babel de sucatas tecnológicas, refugos e peças soltas do que outrora ‘funcionava’.

Estendendo a sensorialidade do campo visual às vibrações sonoras, Paulo Vivacqua amplifica a recepção do observador, ao mesmo tempo em que supera a tradição modernista, que só admitia a Forma

como modelo exemplar da arte.

Roberto Cabot faz uso do computador, não para gerar imagens, mas para difundi-las além do espaço expositivo.

A projeção de Thiago Rocha Pitta discorre sobre a paisagem, tema constante de sua iconografia.

“Lâmina/Película/Musca doméstica” – Tunga comparece com uma instalação pungente, que engloba matérias e corpos orgânicos ao âmbito tecnológico.

Debate - Com a proposta de discutir a relação entre arte e tecnologia, Câmaras de Luz apresentará também um debate sobre o tema, com a presença dos críticos Fernando Cocchiarale, Glória Ferreira e Luiza Interlengui, a ser realizado no dia 29 de novembro, às 18h30, no Teatro do Centro Cultural Telemar.

Oi Futuro ( Centro Cultural Telemar) - Entregue à Cidade do Rio de Janeiro em maio de 2005, o Centro Cultural Telemar comemorou um ano de programação pautada pelo encontro entre arte e tecnologia, promovendo artistas de várias tendências e linguagens. O Centro Cultural é um espaço de convergência entre passado e futuro, pessoas e idéias, arte e tecnologia, conhecimento e cidadania. Totalmente sintonizado com a contemporaneidade, foi concebido para levar os visitantes a viverem experiências sensoriais, não só através da arquitetura, mas em todas as áreas de visitação, como galerias, teatro, Museu das Telecomunicações, biblio_tec, infomúsica e cyber café. Vale a pena conferir!

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