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07/03/2007 - 08:57

Indústria de máquinas apresenta ligeiro aquecimento no início do ano

Participação das exportações do faturmaento do setor caíram de 42,5% de janeiro de 2005 para 34,6% em janeiro de 2007.

A indústria de máquinas e equipamentos iniciou 2007 com ligeiro aquecimento. Isso é o que mostra a pesquisa sobre a atividade do setor realizada pela a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), relativa ao mês de janeiro.

De acordo com os indicadores econômicos da entidade, o faturamento nominal cresceu 13,5%, ao passar de R$ 3,45 bilhões para R$ 4 bilhões. O consumo aparente, que representa a produção, mais as importações, sem as exportações, sofreu elevação de 20,3%, uma vez que subiu de R$ 3,9 bilhões em janeiro de 2006 para R$ 4,8 bilhões em janeiro de 2007.

Na opinião de Newton de Mello, embora a maioria das variáveis acompanhadas na pesquisa teve desempenho positivo no mês de janeiro de 2007, ainda é cedo para afirmar que há uma retomada do setor.A seu ver, trata-se de um período muito curto para apontar uma tendência. “No índice anualizado ainda notamos queda, de 0,8%”, afirma.

O empresário lembra que o setor apresentou redução gradativa na taxa de crescimento do faturamento em 2005 e constantes quedas no acumulado do ano de 2006, encerrando o ano com redução de 2,1% nas vendas.

Comércio exterior -A seu ver, essa desaceleração foi marcada pelo comportamento das políticas cambial e de juros que segurou o volume de investimentos da economia, resultando em um tímido crescimento de 2,9% no PIB em 2006. “A baixa do dólar afeta muito o setor, considerado o segundo exportador industrial brasileiro”, assinala.

No âmbito do comércio exterior, a indústria de máquinas registra desaceleração sucessiva nas exportações. No comparativo de janeiro 2007 contra o mesmo mês de 2006, o resultado ainda está positivo, em 8,6%, já na comparação com o mês anterior a queda é de 19,2% - com o registro de quedas constantes nos últimos três meses.

Já as importações permaneceram aquecidas em janeiro, com elevação da ordem de 27,4%, ao totalizar US 1 milhão em 2007, contra US$ 798 milhões em idêntico mês do ano passado.

A preocupação com a política cambial por parte da presidência da Abimaq é justificada pela redução da participação das exportações no faturamento do setor nos últimos anos. Enquanto as exportações representavam 42,5% do faturamento em janeiro de 2005, em janeiro de 2007 representam 34,6% do faturamento, que foi de R$ 4,0 bilhões.

Imposto para o investidor estrangeiro - Para o presidente da Abimaq, uma das causas da baixa cotação do dólar é a isenção do pagamento do Imposto de Renda dos ganhos de investidores estrangeiros em aplicações de títulos públicos. “Para se ter uma idéia do efeito dessa medida, desde que foi implantada, no início de 2006, o estoque de investimento saltou de R$ 6,5 bilhões, no final de 2005, para R$ 28,8 bilhões, no final de 2006, apesar do decréscimo dos juros.”

Essa medida, a seu ver, contribui para “um processo inequívoco de desindustrialização, cujos reflexos são de difícil reversão e que representa desemprego e exportação de produtos de baixo valor agregado, entre outros aspectos”, alerta.

Os dados de emprego do setor são preocupantes. O nível de emprego em janeiro de 2007 subiu 0,6% na comparação com o mês anterior. Na comparação com janeiro de 2006 ainda registra-se queda de 1,5%, perda de mais de 3.000 postos de trabalho. “Trata-se do oitavo mês consecutivo de queda no emprego”, finaliza o presidente da Abimaq, Newton de Mello.

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