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26/11/2008 - 11:03

Pedro o empreendedor


Aluno do EAD viu a oportunidade de expandir os negócios e não pensou duas vezes.

O aluno do sexto módulo do curso de Administração do Ensino a Distância (EAD) da ULBRA, Pedro Henrique Lenuzza, dá um bom exemplo de visão comercial prática. Após ouvir os comentários de uma colega sobre a existência de um serviço de transporte de pessoas em São Paulo, Pedro viu uma chance de investir em um mercado crescente, o transporte de passageiros após festas e eventos.

Pedro começou sua vida profissional com apenas 18 anos, na função de motoboy em uma lanchonete de Canoas. Após sofrer dois assaltos, decidiu deixar o serviço de entregas de alimentos. Com o apoio de sua mãe montou uma pequena empresa para realizar entregas de documentos e afins. “No início, ninguém queria dar apoio, apenas minha mãe. Ela sempre esteve ao meu lado e me auxiliou em todo o processo de montagem da minha empresa. Hoje tem muita gente querendo até se associar a mim porque o serviço tem dado um bom retorno”, declarou.

Em uma aula de Administração na ULBRA, Pedro se viu tentado a encarar um novo desafio. Transportar pessoas. Formulou uma proposta de criação de empresas, simulou diversos aspectos da empresa, até apresentar à tutora Deise Kettermann, que de imediato incentivou a iniciativa do aluno. “O Pedro é um aluno com uma grande inspiração para o empreendedorismo. Ele sempre busca algo diferente para incrementar os seus negócios. Apenas procurei dar pequenas dicas, o material todo para comunicar ele já trouxe pronto. Disse para ele focar e acreditar no próprio potencial que ele já tem”, comentou Kettermann.

Pedro conta que a idéia tomou forças após a aprovação da Lei Seca. “Quando foi publicada a Lei Seca, não tive dúvidas, era hora de colocar a idéia em prática e aproveitar a oportunidade. Claro que nosso serviço não se destina a atender apenas pessoas alcoolizadas, transportamos qualquer pessoa que tenha interesse em conforto, segurança e agilidade”.

A Company Boys Serviços, nome dado à empresa, trabalha atualmente com um quadro funcional formado por 12 profissionais selecionados criteriosamente. São formadas duplas em uma moto, que vão até onde o cliente está, em seguida um motorista assume o volante e todas as responsabilidades pelo veículo do contratante. Para integrar este quadro funcional é necessário ter mais de 30 anos, atestado de bons antecedentes renovado a cada três meses e experiência em transporte de pessoas.

“Sempre dou um treinamento para os profissionais que vão trabalhar comigo. Acho importante eles saberem que estarão lidando com pessoas, na grande maioria, que já passaram um pouco, ou até mesmo bastante, do seu limite de bebida. Essas pessoas são suscetivas a dizerem bobagens para quem está trabalhando, isto é compreensível”, comentou Pedro.

Para Pedro o maior medo foi de o negócio não engrenar. “Tive bastante receio no começo, pois era uma idéia que poderia não dar certo. Hoje estou muito feliz em ter encarado esta empreitada. Estamos em constante reformulação de nossa empresa, mandamos produzir um uniforme para os profissionais e estamos desenvolvendo um cadastro para todos os clientes. Queremos conquistar pelo atendimento de qualidade e pela confiança no nosso serviço”.

O empreendedor procurou algumas casas noturnas para tentar realizar uma espécie de convênio, mas não conseguiu sucesso. Mesmo assim ele não desistiu, resolveu focar em clientes que já utilizavam seus serviços de entrega de materiais. Deu certo, a procura pela Company Boys aumentou consideravelmente. “Fui mal recebido em alguns estabelecimentos, acredito que eles tiveram medo de que seus clientes se sentissem desencorajados a beber. Graças ao bom relacionamento com uma carteira de clientes da minha outra empresa consegui manter a oferta do serviço”, confessou Pedro.

Pedro sempre sonhou em estudar Comércio Exterior, mas não conseguiu realizar este sonho, segundo ele pela dificuldade financeira. “Sempre procurei me informar e tentar saber tudo sobre Comércio Exterior, mas acabei me achando na Administração. Como tenho pouco tempo livre, resolvi fazer o curso pelo Ensino a Distância, já havia até cursado umas disciplinas no sistema presencial, mas no EAD é diferente, mais puxado, ou você aprende ou não se dá bem. Após me formar quero continuar estudando aqui, espero me especializar”, projetou Pedro.

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