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27/11/2008 - 07:40

Reprodução Assistida possibilita a preservação da fertilidade em pacientes com câncer

A Ciência comprova que as substâncias utilizadas nos tratamentos contra a doença são prejudiciais às funções reprodutivas de homens e mulheres. A Medicina Reprodutiva pode auxiliar esses pacientes.

O avanço nos tratamentos de cura do câncer tem permitido a cura desse mal em muitos pacientes jovens e em idade fértil. Nos últimos cinco anos, as estimativas apontam que as taxas de sobrevida ao câncer testicular, hematológico, mamário, e outros, têm variado entre 90 e 95%, quando diagnosticados em estágio inicial. Esses tratamentos, que em geral combinam substâncias quimioterápicas e radioterápicas de forte ação, são altamente prejudiciais às funções reprodutivas de homens e mulheres, pois alteram progressivamente a qualidade da produção espermática e ovular. A Reprodução Assistida pode auxiliar esses pacientes, antes ou depois do tratamento contra a doença. As técnicas indicadas variam de acordo com cada caso e vão desde o congelamento de sêmen à ovodoação.

Criopreservação de óvulos - Uma das técnicas indicadas para pacientes que vão se submeter aos tratamentos contra o câncer é a criopreservação de óvulos. O primeiro passo consiste na estimulação ovariana, realizada através de hormônios. Depois, os óvulos são coletados e congelados através do processo de vitrificação – uma tecnologia avançada e inovadora.

Segundo Eduardo Motta, diretor da Huntington Medicina Reprodutiva, a vitrificação possibilita uma taxa de sucesso no descongelamento bastante alta. “O maior problema enfrentado na técnica anterior era a formação de cristais de gelo, que danificavam o óvulo no processo de descongelamento. Cerca de 50% do total de óvulos congelados eram perdidos. A vitrificação mostrou-se a melhor opção para o congelamento. As taxas de sucesso com o novo método aumentaram 90%”.

A técnica de maturação de óvulos – chamada de IVM (in vitro maturation) – é uma das mais recentes novidades no Brasil. Trata-se da coleta de oócitos (óvulos imaturos) para serem maturados em laboratório e congelados posteriormente. Um dos benefícios da IVM consiste na não utilização de hormônios. O procedimento pode ser uma opção para casos de câncer de mama, já que a conseqüente hipersecreção de estradiol obtida com a estimulação ovariana não acontece. Também é possível realizar o congelamento do tecido ovariano.

Criopreservação de embriões - Os embriões resultantes de técnicas de FIV (Fertilização in Vitro) podem ser criopreservados para implantação no útero materno após a realização do tratamento contra o câncer. A FIV consiste na união, em laboratório, de óvulos e espermatozóides para a formação do embrião.

Congelamento de sêmen - A criopreservação de esperma é um dos mais antigos métodos de preservação da fertilidade masculina na área de Reprodução Assistida. A indicação é que o sêmen seja coletado antes do tratamento contra o câncer, já que as sessões de radioterapia ou quimioterapia afetam a qualidade do DNA espermático. Um longo tratamento oncológico pode, inclusive, diminuir e até extinguir a produção do esperma. “Com o sêmen descongelado, é possível realizar tratamentos de FIV / ICSI (Fertilização in Vitro através de injeção espermática citoplasmática), onde o espermatozóide é introduzido no óvulo maduro, por meio de uma microscópica injeção” explica Motta.

Indicações após o tratamento oncológico - A prática clínica indica que muitos pacientes conseguem gerar um filho, mesmo depois do tratamento, de maneira natural ou assistida. Em casos de esterilidade, existem opções como a utilização de óvulos ou embriões doados (para casos de produção ovular afetada), ou da obtenção de esperma em bancos de sêmen (quando o problema for relacionado à produção espermática). “A adoção também deve ser considerada como uma excelente maneira de constituir família”, lembra Motta.

Em todos os casos, é fundamental que o paciente seja acompanhado por uma equipe especializada em Reprodução Humana para suporte às decisões mais adequadas.

Huntington - Criada em 1995, a Huntington Medicina Reprodutiva é um dos maiores grupos na área. Possui sete unidades instaladas em São Paulo e no Rio de Janeiro, sob a direção de Paulo Serafini e Eduardo Motta, em São Paulo, e Isaac Yadid e Marcio Colovsky, no Rio de Janeiro, renomados especialistas na área. O grupo médico é referência nacional em tratamentos para fertilidade. A Huntington possui corpo médico e técnico-científico altamente capacitado, que se destaca na prática clínica, cirúrgica e tecnológica. Os principais tratamentos utilizados atualmente são: Inseminação Artificial, Fertilização in Vitro, além de técnicas de reversão de vasectomia, de laqueadura, entre outras.

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