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08/03/2007 - 09:59

Perspectivas de crescimento e lucro para empresas do Nordeste em 2007, aponta pesquisa do Deloitte


A Pesquisa Panorama Empresarial 2007, elaborada pela Deloitte, uma das maiores organizações do mundo na prestação de serviços de consultoria e auditoria, confirma que a progressiva desconcentração da atividade econômica no Brasil cria novas perspectivas para as empresas da região. A maior parte das organizações da região ouvidas pelo estudo projeta crescimento da produtividade e do lucro no exercício de 2007.

As respostas diretamente relacionadas às empresas e aos resultados indicam um elevado grau de otimismo do empresariado do Nordeste. Quando questionados sobre os resultados estimados e previstos, a maioria dos empresários destacou probabilidade de aumento das três categorias avaliadas: receita líquida, resultados e ativos totais. Com relação ao nível de utilização da capacidade produtiva, as empresas já operam na faixa superior de utilização (acima de 80%), indicando uma tendência forte e crescente de algumas organizações de passarem a trabalhar a plena capacidade, no médio prazo.

O crescimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste é fato. “Além do fortalecimento das atividades consideradas tradicionais para as regiões, como os segmentos de serviços e de turismo, no Nordeste, vem ocorrendo um incremento bastante significativo nos setores industriais, no comércio de bens de consumo e nas atividades e comércio exterior”, avalia o sócio responsável pelo Escritório da Deloitte em Salvador, Luiz Vaz Sampaio.

Os resultados do Relatório “Contas Regionais”, recentemente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a partir de dados ainda de 2004 (último ano sobre o qual o IBGE possui uma análise consolidada sobre o tema), mostram que essas regiões do País estão ganhando maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O desempenho da Região Nordeste vem refletindo o bom resultado, principalmente, do Estado da Bahia, que cresceu em decorrência da agropecuária e da indústria.

O relatório do IBGE demonstra que o PIB do Nordeste tem ampliado gradativamente sua participação no PIB nacional, ao passo que a Pesquisa Panorama Empresarial 2007 confirma essa tendência. De acordo com a pesquisa do IBGE, o Produto Interno Bruto da região Nordeste, em 1998, era de R$ 119 bilhões e a participação no PIB do Brasil atingia um percentual de 13,1%. Em 2004, chegou à casa dos R$ 248 bilhões, atingindo uma participação de 14,1%.

O País vem apresentando modificações importantes nas estruturas regionais, que já começam a provocar desconcentração das atividades econômicas e a contribuir para a redução das desigualdades sociais. Antes reconhecidas quase que somente pelas belezas e pelos recursos naturais abundantes, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste estão alterando as condições que determinaram o seu passado e se tornando potenciais produtoras nos mais diversos segmentos industriais. “Na busca pelo desenvolvimento econômico, o passado recente dessas regiões justifica os resultados esperados para o futuro”, avalia Sampaio.

Diversificação industrial -As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste contribuem com cerca de 27% do Produto Interno Bruto PIB) nacional. Pode parecer pouco, a princípio, mas convém observar a evolução essa participação ao longo o tempo. Essas regiões demonstram um grande dinamismo, recebendo novas empresas dos segmentos industriais e apresentando forte expansão do emprego. O setor industrial vem se destacando e contribuindo para reduzir a participação relativa do segmento de serviços naqueles territórios, como se pode observar a evolução captada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no período 1996-2004 (último ano sobre o qual o IBGE possui dados comparáveis para essa finalidade).

No geral, a indústria brasileira vem passando por um forte processo de modernização e desconcentração nos últimos anos. Os incentivos fiscais concedidos pelas diversas unidades da Federação, os salários mais atrativos nas regiões menos desenvolvidas, a proximidade de fontes de matériasprimas, a infra-estrutura local e o desenvolvimento de novos mercados têm deslocado a indústria em direção a diferentes regiões.

A concessão de incentivos fiscais, em particular, exerceu forte impacto nos Estados com o processo de industrialização em expansão, o que pode ser notado pelas respostas dadas à pesquisa “Panorama Empresarial”: a maioria dos executivos entrevistados dessas regiões acredita que a concessão de incentivos fiscais favorece o desenvolvimento de seu respectivo Estado.

Crescimento da indústria nordestina – A produção industrial da região Nordeste passou a ser a terceira mais importante do País, quando anteriormente ocupava a quarta posição. Houve aumento de sua participação no total da indústria nacional em 16 segmentos industriais, sendo mais significativo em calçados e artigos de couro, indicando uma transferência de empresas do Sul e Sudeste em busca de mão-de-obra mais barata e vantagens fiscais.

Houve também um aumento de participação da indústria têxtil, setor que passou por um forte processo de modernização – e um crescimento no valor da transformação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos – e em veículos. A região também se fortaleceu na indústria extrativa mineral, em decorrência dos minérios existentes localmente.

O novo mapa da indústria brasileira - O movimento de desconcentração regional está contribuindo para reposicionar Estados e regiões no mapa do crescimento industrial do Brasil. Um levantamento anunciado em fevereiro de 2007 pelo IBGE indicou um desempenho acima da média por parte de estados que representavam as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre os 4 mercados regionais estudados pelo IBGE, os dois estados que registraram maior expansão em 2006 foram Pará e Ceará, com taxas de crescimento, respectivas, de 14,2% e 8,2%.

Representando as regiões emergentes do Brasil, aparecem também na lista, ostentando crescimento, os estados de Pernambuco (4,8%), Bahia (3,2%) e Goiás (2,4%), além da própria Região Nordeste como um todo – esta última, apresentando desempenho positivo em nove atividades pesquisadas, com destaque para alimentos, bebidas, metalurgia, papel e celulose.

Exportações em alta -As exportações nordestinas cresceram 10% em 2006, refletindo diretamente as mudanças estruturais no perfil da produção industrial ocorridas nos últimos anos, que contemplaram segmentos como automotivo, petroquímico, papel e celulose, siderúrgico, calçadista, têxtil, sucroalcooleiro, soja e fruticultura. Para a região Nordeste, Estados Unidos (22%), Argentina (9%) e Holanda (8%) são os principais mercados. A União Européia é, isoladamente, o principal destino das exportações, que atingiram US$ 3 bilhões (26% do total), com crescimento de 16% em relação a 2005.

“O cenário atual aponta para a manutenção do crescimento das exportações do Nordeste em 2007”, avalia o sócio do escritório da Deloitte em Salvador, Antônio Maranhão Junior. Na iminência de uma política de comércio exterior mais agressiva, que estimule a abertura comercial, provavelmente o crescimento poderá ser ainda maior, o que proporcionaria benefícios a vários setores e a disseminação do crescimento econômico. Essa é a tendência apontada pela pesquisa Panorama Empresarial 2007, com base nas estatísticas do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os projetos de ampliação e modernização em curso do Porto de Suape, em Pernambuco, podem ter um efeito bastante importante para o desenvolvimento de toda a economia do Nordeste. A pesquisa Panorama Empresarial identificou que, para mais da metade dos executivos entrevistados na região, os impactos desses projetos serão maiores nas atividades que dependem do comércio exterior, além de gerarem mais empregos na região.

Essa resposta tem correspondência com o que a mesma amostra de empresários sinaliza a respeito das três ações que deveriam ser priorizadas pelos governos estaduais nos próximos quatro anos: incentivos a investimentos que gerem mais empregos, investimentos em infra-estrutura e, em terceiro lugar, educação.

Comércio varejista- As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam melhoria em vários indicadores econômicos, constatada, por exemplo, pelas taxas de crescimento do comércio varejista, que evidenciam diferenças setoriais e regionais relevantes. Especificamente nas regiões Norte e Nordeste, a expansão foi, em geral, acima de dois dígitos.

O desempenho positivo do comércio nas regiões com indicadores mais modestos reflete o aumento do salário mínimo, expansão das transferências do Governo Federal por meio de programas sociais, como o Bolsa-Família e o Bolsa-Escola, e a ampliação do crédito consignado, em especial, para os aposentados, cujo peso também é representativo nessas regiões.

Indicadores sociais -Apesar dos progressos econômicos alcançados, as regiões Nordeste, Centro- Oeste e Norte ainda precisam melhorar indicadores sociais. Porém, destaca-se o crescimento do Centro-Oeste com relação à renda per capita, sendo única na região, entre as três, que apresentou crescimento entre 1995 e 2004 (9,4%).

Desafios -A alta carga tributária é o principal problema enfrentado pelo País, atualmente, para quase a totalidade dos empresários do Nordeste ouvidos pela pesquisa Panorama Empresarial. De acordo com a grande maioria deles, a promoção de uma ampla reforma tributária deveria ser a prioridade número um do Governo Federal para os próximos quatro anos. Outros pontos importantes citados pela amostra regional são a necessidade de mais investimentos em infra-estrutura e a viabilização de investimentos que gerem mais empregos.

Para a maioria dos empresários do Nordeste, o incentivo a investimentos que gerem mais empregos deveria ser a prioridade para o Governo Estadual, nos próximos quatro anos, seguidos dos investimentos em infra-estrutura e educação.

Metodologia- O levantamento das informações primárias para a realização da edição 2007 da pesquisa Panorama Empresarial partiu da seleção de um universo de cerca de 5,2 mil empresas sediadas em todas as regiões do Brasil, representando todos os setores econômicos, cada uma delas com uma receita anual líquida superior a R$ 20 milhões. Para essas organizações selecionadas, foram encaminhados questionários nas formas eletrônica e impressa.

O trabalho de campo para levantamento dos dados primários, por meio da aplicação dos questionários, ocorreu entre novembro de 2006 e janeiro de 2007. Os principais tópicos abordados pelo questionário foram: desafios e prioridades nacionais e regionais; cenário econômico local e nacional; tendências econômicas de curto e médio prazos; competitividade; comércio exterior; gestão e pessoas; temas de pertinência regional e resultados das empresas.

No total, 72 empresas responderam aos questionários encaminhados. A receita líquida do conjunto dessas organizações totaliza R$ 203 bilhões, correspondente a 9,5% o Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2006.

Perfil da Deloitte -A Deloitte é uma das maiores empresas do mundo na prestação de serviços profissionais de auditoria, consultoria tributária, consultoria em gestão de riscos empresariais, corporate finance, consultoria empresarial, outsourcing, consultoria em capital humano e consultoria atuarial. Fundada em 1845, possui mais de 700 escritórios em quase 140 Países, contando com cerca de 135.000 profissionais.

No Brasil, onde atua desde 1911, é uma das líderes de mercado e seus mais de 3.000 profissionais são reconhecidos pela integridade, competência e habilidade em transformar seus conhecimentos em soluções empresariais para seus clientes. A Deloitte opera em todo o País, contando com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

A Deloitte refere-se a uma ou mais Deloitte Touche Tohmatsu, uma Verein (associação) estabelecida na Suíça, com suas firmas-membro e suas respectivas subsidiárias e afiliadas. A Deloitte Touche Tohmatsu é uma organização de firmas-membro dedicadas à excelência na prestação de serviços profissionais e assessoria, focada no serviço ao cliente por meio de uma estratégia global executada localmente em quase 140 Países. Dispondo de um grande capital intelectual de aproximadamente 135.000 pessoas em todo o mundo, a Deloitte presta serviços em quatro áreas profissionais: auditoria, impostos, consultoria e assessoria financeira e atende mais de 80% das maiores empresas no mundo, assim como grandes companhias nacionais, instituições públicas, clientes importantes em nível local e empresas globais bemsucedidas e em franca expansão. A Deloitte Touche Tohmatsu Verein não presta serviços, e em virtude de regulamentos e outros fatores, algumas firmas-membro não prestam serviços em todas as quatro áreas profissionais. Como uma Verein (associação) suíça, nem a Deloitte Touche Tohmatsu nem suas firmasmembro possuem quaisquer responsabilidades por atos ou omissões umas das outras. Cada uma das firmasmembro é uma entidade jurídica própria e independente que opera sob o nome “Deloitte”, “Deloitte & Touche”, “Deloitte Touche Tohmatsu” ou outros nomes relacionados.

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