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03/12/2008 - 10:47

Afluências : A Arte do Vale do Jequitinhonha


Museu Casa do Pontal inaugura galeria de exposições temporárias.

A exposição “Afluências” inaugura a galeria de exposições temporárias do Museu Casa do Pontal a partir do dia 07 de dezembro até 29 de março de 2009, visitação pública. A mostra fará uma retrospectiva da produção artística do Vale do Jequitinhonha, com a exibição de obras de arte, fotografias, filmes e vídeos sobre a região, consolidada como um dos principais pólos de arte popular do país, com importantes núcleos cerâmicos e artistas de grande projeção. Integram a mostra obras de Noemisa Batista, Ulisses Pereira Chaves, Dona Isabel, Glória Maria de Andrade, as irmãs Teixeira, Deuzani Gomes dos Santos, entre outros artistas. Além das obras pertencentes ao acervo da instituição, estarão na mostra obras de colecionadores como César Achè, Ana Maria Chindler e do Museu de Folclore Edison Carneiro.

No domingo dia 07, quando a mostra abre para o público, será realizada às 17h a mesa-redonda “A Arte Popular do Vale do Jequitinhonha”, com a participação das artistas Isabel Mendes da Cunha – a Dona Isabel, de 84 anos –, Glória Maria de Andrade, filha de Dona Isabel, e Deuzani Gomes dos Santos, com mediação de Angela Mascelani, diretora do Museu Casa do Pontal. Haverá distribuição de senhas uma hora antes.

A exposição terá monitoria à disposição dos visitantes e oferecerá, aos domingos, a oficina “O Vale do Jequitinhonha e suas tradições”, para crianças e adultos. Serão seis ao todo, e abordarão a partir de brincadeiras e várias atividades os temas encontrados na exposição e seus contextos culturais, como histórias do Vale do Jequitinhonha, o barro e a música. A partir de janeiro, serão também oferecidas visitas teatralizadas gratuitas para escolas públicas e projetos sociais.

Livro - Por ocasião da exposição “Afluências”, será lançado o livro “Caminhos da Arte Popular: o Vale do Jequitinhonha”, da antropóloga Ângela Mascelani, diretora do Museu, resultado de anos de pesquisas do Museu Casa do Pontal e de entrevistas com artistas da região. O livro, com 180 páginas, em formato 24cm x 17cm, reúne 253 imagens da região, de obras e de 32 artistas, em fotos de Lucas Van de Beuque. Texto e fotos desvendam as vilas, as pequenas cidades, as beiras de rios, as conversa com mestres, discípulos e artistas, trata da arte coletiva e das individualidades. Enfim, conta a história da cerâmica no Vale do Jequitinhonha. Além de uma cuidadosa seleção da arte do Jequitinhonha, a obra de Ângela Mascelani discute questões próprias desse universo, tais como pensar as fronteiras dadas pelas noções de arte e artesanato, quais os processos de renovação e validação de novos artesãos e artistas, como as “tradições” são atualizadas no contexto atual de fortes e aceleradas mudanças sociais e como se explicitam as relações entre o “rural” e o “urbano”.

Nova galeria - A nova galeria do Museu Casa do Pontal foi concebida para abrigar exposições de artistas e de acervos convidados. O espaço, de 180 metros, tem pé direito de 4,5 m, e dialoga com a natureza do entorno por meio de amplas janelas de vidro. Seu caráter versátil permite que seja utilizado como auditório para palestras e seminários. O projeto arquitetônico ficou a cargo de Thiago Freire, que buscou harmonizar a construção com o conjunto já existente do Museu. “Usamos a mesma linguagem das esquadrias de madeira, telhado com telhas de barro, e o uso de materiais simples. É um espaço polivalente, que pode abrigar exposições temporárias, conferências, palestras, adaptável a qualquer tipo de evento”. Houve uma preocupação  em diferenciar o interior da nova sala de exposição das outras já existentes, o que pode ser notado no piso de cimento em tom cinza, em contraste com as lajotas de barro do restante do museu.

Angela Mascelani, diretora do Museu Casa do Pontal, diz que a nova galeria receberá projetos que “provoquem o público, instiguem, ofereçam outras perspectivas e modos de ver e interagir com os mundos da arte popular”. “O espaço poderá abrigar as mais recentes criações do cinema, da televisão e de variadas linguagens artísticas que nascem, se inspiram ou se nutrem da cultura popular”, diz. “Queremos propiciar discussões sobre as artes tidas como periféricas: arte primitiva, arte naif, arte de rua, artesanato. É um museu de arte popular aberto para dialogar com as vanguardas artísticas, com as artes estabelecidas, com outros tipos de pensamento, de forma a permitir que a criação artística popular seja vista, por ângulos diferentes. Buscamos a clareza conceitual, sem guetização”, afirma. A nova sala multiuso será um espaço para a realização também de seminários que discutam temas ligados à arte, à história e à antropologia. “Um ambiente que propicie a difusão do pensamento e da produção que se dá no âmbito da universidade e das camadas populares”. Angela Mascelani é doutora em antropologia cultural (IFCS/UFRJ) e mestre em antropologia da arte (EBA/UFRJ). Publicou, em 2002, o livro “O mundo da arte popular brasileira” e é diretora do Museu desde 2004.

Museu Casa do Pontal - O Museu Casa do Pontal, numa área de 12 mil metros, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, é considerado um dos maiores e mais significativos museus de arte popular do país. Seu acervo – resultado de 40 anos de pesquisas e viagens por todo país do designer francês Jacques Van de Beuque – é composto por cerca de 8 mil peças de 200 artistas brasileiros, e recobre a produção feita a partir do século 20. A exposição permanente do Museu reúne, em 1.500 metros de galerias, obras representativas das variadas culturas rurais e urbanas do Brasil. Mostradas tematicamente, abrangem as atividades cotidianas, festivas, imaginárias e religiosas.

Em seus mais de 30 anos de atividades, o Museu Casa do Pontal se empenhou em construir alicerces que permitem que o seu acervo seja socialmente protegido e amplamente usufruído. Foram realizadas mais de 40 exposições parciais do acervo no Brasil e em mais 13 países. Desde 1996, o museu desenvolve um programa social e educacional que envolve visitas teatralizadas, exposições itinerantes e capacitação de educadores e gestores de projetos culturais e sociais. Em 2006, o Museu passou a atuar também como Ponto de Cultura, ampliando a oferta de atividades culturais para o público em geral e, especialmente, para moradores da Zona Oeste. Além disso, oferece programas de atendimento direcionados a turistas nacionais e estrangeiros, como monitoramento e visitas musicais em diferentes idiomas.

Para o sucesso de todos estes esforços, foram essenciais as parcerias estabelecidas ano a ano. Atualmente, o Museu conta com o patrocínio institucional da Petrobras, CEMIG, Light e Ministério da Cultura e com apoio institucional da UNESCO e IPHAN. O livro foi financiado pela FINEP.

Exposição “Afluências: a Arte do Vale do Jequitinhonha”, de 07 de dezembro de 2008 a 29 de março de 2009, terça a domingo, de 9h30 às 17h, no Museu Casa do Pontal , Estrada do Pontal, 3.295, Recreio dos Bandeirantes | Telefone: (21) 2490.3278/ 2490.4013. Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). O ingresso à exposição permanente do Museu dá acesso livre à galeria.

Mesa-redonda “A Arte Popular do Vale do Jequitinhonha”Dia 07 de dezembro domingo, às 17h | Participação das artistas Isabel Mendes da Cunha – a Dona Isabel, de 84 anos –, Glória Maria de Andrade, filha de Dona Isabel, e Deuzani Gomes dos Santos, com mediação de Angela Mascelani, diretora do Museu Casa do Pontal. Distribuição de senhas uma hora antes

Oficina Brincante – O Vale do Jequitinhonha e suas tradições | Aos os domingos, às 16h, durante o período da exposição, será realizada na Sala do Programa Educacional e Social a Oficina Brincante – O Vale do Jequitinhonha e suas tradições, com arte educadores do Programa Educacional e Social do Museu Casa do Pontal. A duração é de uma hora e a entrada é franca, com distribuição de senhas 30 minutos antes. Capacidade: 25 participantes (crianças e adultos).

Temas: 07/12 e 14/12 – O Jequitinhonha e suas histórias – Brincadeiras de ouvir e contar | 21/12 e 28/12 – O Jequitinhonha e seu barro – Brincadeiras e criações explorando a variedade cromática do barro do vale. | 04/01 e 11/01 – O Jequitinhonha e sua música – Oficina de música e coral com músicas tradicionais, explorando as diversas sonoridades da região.

Livro “Caminhos da Arte Popular: o Vale do Jequitinhonha”, da antropóloga Ângela Mascelani, formato: 24cm x 17cm.180 páginas | Fotos: Lucas Van de Beuque | R$130,00.

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