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05/12/2008 - 09:55

Primeira rodada de discussões da WAIPA levanta questões de interesse dos mercados emergentes

O primeiro dia da Waipa Investment Conference, promovido pela (WAIPA) Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos, no Rio de Janeiro, concentrou os debates no papel que os Estados Unidos desempenharão a partir de agora. Vicente Fox, presidente do México entre 2000 e 2006, inseriu uma importante questão na discussão: “Eles entenderão que não há mais espaço para super potências”?

Ao lado do ex-presidente da Polônia, Aleksander Kwasnieswski, e do ex-primeiro ministro da Nova Zelândia, Mike Moore, Fox ressaltou que o mundo assiste ao rápido declínio “do líder, da economia e da Nação norte-americana”. Integrado à discussão por vídeo-conferência, direto de Washington, o ex-presidente do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, R. Glenn Hubbart, ressaltou que a economia norte-americana tem sido o motor do crescimento global e que a principal questão hoje é “como fazer com que este motor funcione melhor e exportar isso para o mundo”.

O presidente da Waipa, Alessandro Teixeira, ressaltou que a questão central é a crise de confiança que impacta os investidores e que a melhor forma de debelar isso “é ter uma compreensão acurada das vantagens competitivas dos mercados, dos marcos regulatórios e das áreas passíveis de cooperação ou parcerias público-privadas.” Essa opinião foi corroborada por Mike Moore, que ressaltou, inclusive, a origem latina da palavra credito, significando confiança. “Precisamos”, ressaltou Teixeira, “sobretudo, ter uma interlocução próxima aos governos e um papel proativo no que tange à elaboração de políticas voltadas para a regulamentação eficiente dos investimentos.”

Já o presidente da Polônia no período 1995 a 2005, Aleksander Kwasnieswski, ressaltou a gravidade da crise para a União Européia, cujo futuro, diferentemente de outras regiões, depende cada vez mais da integração de mercados. “Qual será a conseqüência política desta crise”, indagou Kwasnieswski. Por fim citou que “nós subestimamos o problema e suas conseqüências. Além do que, o Capitalismo é uma receita muito limitada para resolver os problemas financeiros atuais”.

O painel “Transformação do Cenário de Crise em um Cenário Próspero”, que abriu a Conferência, contou com a participação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Para a platéia formada por presidentes de agências de promoção de investimentos de mais de 50 países, além de empresários, acadêmicos, autoridades brasileiras e estrangeiras, Miguel Jorge destacou a gravidade do momento. “Temos um certo pânico, o que pode criar um problema para o país. Mas o Governo já fez o que era preciso”, declarou, recebendo apoio de Vicente Fox: “A América Latina pode mostrar ao mundo sua experiência em superar crises. Depois dos ajustes, a economia voltará a crescer”.

Hubbart concordou parcialmente com esse pensamento, observando, ainda, que não vê os Estados Unidos sendo ofuscados, mas sim de um maior apoio aos países em desenvolvimento, ao que o ex-primeiro da Nova Zelândia, e também ex-diretor da OMC acrescentou: “Não se trata da decadência do mundo ocidental, mas sim do desenvolvimento do resto do mundo. E isto é para ser comemorado”.

Nesse sentido, o presidente da Waipa, Alessandro Teixeira, lembrou que o Governo dos Estados Unidos criou recentemente uma agência de promoção de investimentos e que o presidente eleito, Barack Obama, deseja fortalecer o órgão. “Os Estados Unidos dependem cada vez mais de uma economia globalizada e não há espaço para o novo Governo implementar políticas protecionistas”.

Mike More advertiu que “investidores precisam de boa governança, regras financeiras claras, transparência e abertura”.

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