Presidente da Petrobras participa do 13º Encontro Anual da Indústria Química

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, participou no dia 5 de dezembro (sexta-feira), em São Paulo, do 13º Encontro Anual da Indústria Química. Gabrielli fez uma apresentação sobre temas como as perspectivas da indústria petroquímica no Brasil e no mundo e investimentos e projetos da Companhia no Brasil, além dos desafios e oportunidades a partir das descobertas no pré-sal. O evento contou também com a participação de Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior e de Pedro Malan, ex-Ministro da Fazenda.

Gabrielli enfatizou que o crescimento sustentado previsto para a economia brasileira, aliado às novas descobertas de petróleo, estabelece um cenário de longo prazo favorável para o desenvolvimento da indústria petroquímica nacional. “Pretendemos manter os nossos investimentos no setor petroquímico, tanto acompanhando a Braskem e a Quattor, das quais somos sócios, como em projetos individuais”.

Segundo o presidente, o aumento da competitividade no setor petroquímico promove a consolidação no mercado brasileiro, garantindo diversas vantagens para a indústria petroquímica nacional, como a ampliação da capacidade de captar recursos e realização de investimentos de expansão. “Um dos principais projetos é ampliar a estratégia no Brasil e na América do Sul com rentabilidade e de forma integrada com os demais negócios do Sistema Petrobras”, disse.

Entre os principais projetos da Companhia no setor petroquímico, o presidente destacou a Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape), a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), este último com investimento da ordem de US$ 8,4 bilhões e previsão de começar as operações em 2012. O Comperj aumentará a capacidade nacional de refino de petróleo pesado com conseqüente redução da importação de derivados, como a nafta, e de produtos petroquímicos.

Outro assunto abordado por Gabrielli foram as perspectivas de produção de petróleo no pré-sal, que tem estimativas de volumes de óleo recuperável em Tupi - de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente -, Iara – de 3 bilhões a 4 bilhões - e Parque das Baleias – de 1,5 bilhão a 2 bilhões. “Podemos dobrar nossas reservas somente com essas últimas três descobertas”, afirmou.

O presidente enfatizou: "O principal desafio de produção no pré-sal não é o valor de investimentos para a exploração na região, mas sim a maneira de se produzir, pois temos uma série de desafios logísticos e tecnológicos”.

Presidente da Petrobras fala à imprensa - Ao término do evento, Gabrielli respondeu perguntas dos jornalistas sobre assuntos relacionados à renovação de crédito, perspectivas para o preço do petróleo e o empréstimo realizado junto à Caixa Econômica Federal, entre outros.

Gabrielli afirmou: “A Petrobras não está com dificuldades de renovação de crédito no mercado internacional, tanto que foi anunciada recentemente a captação de 900 milhões de dólares”. O presidente esclareceu que a captação de recursos e financiamento é algo regular nas atividades da Companhia. “Esse tipo de operação é normal em empresas do tamanho da Petrobras. Os dois bilhões de reais levantados com a Caixa Econômica Federal não têm nada de excepcional perto do faturamento da Companhia”, disse.

Sobre as perspectivas de queda do preço do combustível no mercado interno em razão da redução do preço do barril do petróleo no mercado externo, Gabrielli explicou: “a flutuação dos preços de diesel e gasolina em curto prazo no mercado internacional não é repassada para o mercado brasileiro. Mantemos uma relação do preço nacional de combustível com o mercado internacional numa visão de longo prazo”.