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06/12/2008 - 09:27

Balanço do confinamento brasileiro revela crescimento de 1,3% na produção e perspectiva de manutenção da atividade em 2009

O setor de confinamento que abriu 2008 motivado pela forte tendência de alta nos preços da arroba bovina e perspectiva de elevar sua produção em até 22%, doze meses depois fecha seu balanço demonstrando crescimento pequeno, de pouco mais de 1,3%, e sinalizando um cenário sem muitas mudanças para 2009. Os motivos são os mesmo que ao longo de todo o ano já vinham sendo anunciados: pouca oferta de boi magro no mercado, alta excessiva no preço dos insumos para alimentação do gado e, por fim, uma crise aguda no sistema financeiro mundial que afeta o crédito e traz incertezas para todos os setores do agronegócio da carne.

Ricardo de Castro Merola, presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), entidade que reúne 53 confinadores, em seis estados brasileiros, e que responde por 25% da força do confinamento no País, afirma que essa é a primeira vez em uma década que o confinamento no Brasil cresce abaixo da sua margem histórica de 20% e tal cenário deve se manter inalterado no próximo ano, decorrência de alguns fatores conjunturais como a instabilidade do mercado internacional e a perda de mercados importantes como Rússia e Chile.

Outro fator que preocupa é o comportamento dos preços do boi gordo no mercado futuro que já registra depreciação para a próxima entressafra. No indicador ESALQ/BM&F do boi para outubro de 2009, a arroba está cotada a R$ 85,19, queda de 2,31% no dia na comparação com o preço pago hoje. A mais recente pesquisa de intenção de confinamento realizada com associados da Assocon, durante o mês de novembro, reafirma os efeitos desse cenário pouco otimista no ânimo do confinador.

O resultado do levantamento apresentou fechamento do confinamento em 549.054 cabeças de gado, volume muito próximo ao observado no levantamento realizado em outubro. Além disso, a pesquisa quis saber como ficam as coisas para 2009. Do total de associados ouvidos pela Assocon, apenas 31% têm intenção de aumentar sua produção em 2009, enquanto 61% deve apenas manter a produção atual. Quanto ao comportamento do mercado, a maioria, 61%, acredita que o preço da arroba do boi gordo se mantém estável em 2009 e apenas 23% aponta alta.

Outra questão abordada foram os custos de produção da atividade, onde 53% acham que os insumos para nutrição - que respondem por 30% a 40% dos custos totais do confinamento - devem cair de preço em 2009 e 38% apostam na estabilidade dos preços. Em relação aos insumos em geral, 46% acreditam na queda dos preços e outros 46%, na estabilidade. Para Juan Lebrón, diretor executivo da Assocon, mesmo considerando as incertezas com relação ao futuro do mercado da carne, de maneira geral, 2008 foi um período de muito amadurecimento para o confinamento no Brasil. “O resultado da 1ª Conferência Internacional de Confinadores (Interconf) que reuniu mais de mil profissionais da cadeia da carne por três dias, em Goiânia (GO), para discutir exclusivamente todos os aspectos do cenário de confinamento foi o maior reflexo disso”, completa Lebrón.

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