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09/12/2008 - 09:40

UBS divulga projeções para a economia em 2009

Além de identificar bolsões de valor, particularmente em títulos corporativos, relatório mostra que países como Brasil e China apresentam potencial para evitar recessão.

Zurique/Basiléia - O banco suíço UBS, líder mundial em Wealth Management, divulgou relatório sobre o cenário econômico global para o próximo ano, intitulado "Proceder com cautela". A análise identifica oportunidades potenciais, mas também armadilhas à medida que a economia global pode aprofundar mais na recessão em 2009. O relatório vai além da presente crise de confiança entre empresas, investidores e consumidores, para projetar retornos das principais classes de ativos e regiões.

Recessão global -Segundo o UBS Wealth Management Research, os Estados Unidos devem passar pela pior recessão em mais de 25 anos. O impacto sobre a Europa é menos uniforme, com Reino Unido e Espanha afetados mais duramente, enquanto Suíça e Alemanha ficam melhor posicionadas para enfrentar a crise. As economias dos mercados emergentes devem, provavelmente, desacelerar acentuadamente no próximo ano, mas China, Índia, Brasil e Rússia parecem ser capazes de evitar uma clara recessão. Os autores do relatório projetam uma recuperação durante o segundo semestre de 2009 e início de 2010, mas provavelmente será branda para padrões históricos.

Pondere o potencial e avalie contra risco de recessão - Embora a projeção econômica para 2009 seja desanimadora, o UBS Wealth Management Research nota que os mercados financeiros também refletem uma grande quantidade de notícias ruins no preço. Todas as principais categorias de ativos de risco, como imóveis, ações e commodities, registraram quedas acentuadas nos preços em 2008. Os benefícios da diversificação foram limitados durante o ano em razão da queda generalizada, embora os títulos do governo tenham desempenhado seu papel para as carteiras de amortecedor contra riscos de recessão. A postura do UBS Wealth Management Research em relação à alocação de ativos para 2009 reflete uma perspectiva mais incerta e a crença de que quando a economia começar a se recuperar os investidores não devem retornar ao ponto que estavam antes. O estudo enfatiza ainda a importância de diversificar o portfólio, adotar uma postura defensiva nos investimentos e assumir riscos calculados como forma de atingir uma performance superior à do mercado em 2009.

Títulos corporativos parecem atrativos - O UBS Wealth Management Research estima que, durante 2009, os títulos corporativos produzirão alguns dos retornos mais robustos dos mercados financeiros. Embora a taxa de inadimplência entre empresas provavelmente apresente um aumento significativo em relação a níveis relativamente baixos, o relatório conclui que os retornos dos títulos corporativos mais que compensam este risco. Setores relacionados ao consumo parecem ter os riscos mais altos. Por exemplo, o setor automotivo dos Estados Unidos já arca com uma redução dos gastos discricionários e ainda enfrenta problemas estruturais profundos e não resolvidos. No lugar deste setor, o time de pesquisa prioriza títulos de setores menos expostos à diminuição dos gastos discricionários dos consumidores e o desaquecimento econômico geral, tais como Serviços Públicos, Telecomunicações e Bens de Consumo Não Discricionário.

Conserve uma postura defensiva em relação à renda variável - A perspectiva do relatório em relação às ações é cautelosa, mas também destaca os fortes sinais emitidos pelas avaliações nos mercados acionários, especialmente da Europa. Nesta linha, o relatório alerta que a hipótese de mais quedas nos mercados de ações não deve ser descartada, pois a crise financeira levará a uma contração cíclica nos lucros corporativos. “Aos investidores que podem tolerar volatilidade e que têm visão de longo prazo, recomendamos que foquem nos setores onde o recuo dos lucros provavelmente será menos pronunciado, como Saúde, Bens de Consumo Básicos e Telecomunicações”, comentou Juliana Braga, Estrategista de Investimentos do UBS Pactual Wealth Management.

Ativos de mercados emergentes parecem vulneráveis - O UBS Wealth Management Research estima que a atividade econômica da China, Índia, Brasil e outros mercados emergentes desacelere acentuadamente no próximo ano. Por este motivo, a venda indiscriminada de ativos de mercados emergentes em 2008 pode se estender até 2009. Quanto às ações de mercados emergentes, o atual desconto em relação a ações globais não é particularmente tentador. Há ainda um risco considerável nos lucros futuros. Em relação aos títulos de mercados emergentes, o relatório indica evitar emissores de dívida soberana abaixo de grau de investimento e sim diversificar entre os emissores com classificações acima de grau de investimento. Diante desse cenário, Juliana destaca a tendência dos mercados em desenvolvimento ganharem cada vez mais importância no PIB Global.

Reflação implica em riscos de mais longo prazo para títulos públicos - A performance do mercado financeiro durante 2009 deve depender muito da efetividade das políticas reflacionárias visando mitigar a desaceleração econômica. Embora uma recessão profunda seja boa para títulos públicos, conceder créditos a Estados pode ser menos atraente, pois alguns países acumulam dívidas excessivas. Com taxas de curto prazo já muito baixas nos Estados Unidos e Japão, a política fiscal deverá fazer a maior parte da ginástica para estimular o crescimento. Por este motivo, a UBS Wealth Management Research considera que o maior risco está nos títulos denominados em dólares e ienes.

A depreciação do dólar e apreciação do euro está rondando - Diante de sua perspectiva cautelosa baseada em fundamentos, o UBS Wealth Management Research também alerta contra uma exposição maciça ao dólar após a significativa apreciação observada recentemente. O time de pesquisa também considera que o iene deverá depreciar no próximo ano, quando melhorar o sentimento dos mercados e o apetite por risco voltar em alguma medida. Quanto ao franco suíço, os fundamentos econômicos são menos fracos que no resto da Europa, no Japão e nos Estados Unidos. Mas a perspectiva para o setor financeiro, que representa praticamente 15% do PIB da Suíça, continua desfavorável. Isto implica uma performance irregular do franco durante 2009. “Com esse cenário, temos sugerido aos clientes que diversifiquem seus portfólios com euro e não tenham somente dólar”, explica Juliana.

Oportunidades aguardam evidências mais concretas - O relatório não descarta a possibilidade de medidas agressivas de política fiscal e monetária reativarem a economia, mas alerta que não há certezas quanto a estes esforços terem o efeito desejado no início de 2009. “Qualquer normalização de mercados de crédito e investimentos de curto prazo (money market) deverá, provavelmente, beneficiar os ativos de riscos mais alto, como o setor financeiro, investimentos em imóveis e commodities associadas à energia”, disse a Estrategista de Investimentos. Neste estágio, entretanto, o UBS Wealth Management Research recomenda esperar o surgimento de sinais mais claros de melhora das condições macroeconômicas antes de aumentar a exposição nestes ativos.

Perfil da UBS - O UBS é o líder mundial em Wealth Management, um dos principais Bancos de Investimentos e instituição de valores mobiliários do mundo, e um dos maiores Asset Management global. Na Suíça, é líder de mercado em operações bancárias de varejo e comerciais.

O UBS está presente em todos os principais centros financeiros do mundo. Tem escritórios em 50 países, cerca de 37% de seus colaboradores estão baseados nas Américas, 34% na Suíça, 16% no restante da Europa e 13% no Pacífico Asiático. Suas ações são cotadas na Swiss Stock Exchange (SWX), New York Stock Exchange (NYSE) e Tokyo Stock Exchange (TSE).

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