Atletas brasileiros ganham bolsas para a preparação aos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010

Nove atletas recebem bolsas do Programa Solidariedade Olímpica Internacional.

O Brasil ganhou um reforço inédito na preparação de seus atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, que serão realizados em fevereiro de 2010, no Canadá. O Programa Solidariedade Olímpica Internacional decidiu, pela primeira vez, conceder bolsas para atletas brasileiros de esportes de inverno. Os benefícios oferecidos aos atletas incluem ajuda de custo mensal e financiamento de passagens aéreas para competições classificatórias.

O coordenador do Programa Solidariedade Olímpica para o Brasil, Agberto Guimarães, destaca a importância da iniciativa. "As bolsas olímpicas chegam em um momento em que os atletas estão disputando as principais competições do mundo e portanto irão auxiliar, e muito, na preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010. O impacto dessas bolsas para países como o Brasil é de extrema importância. O esporte de inverno no país está evoluindo e com a ajuda desses recursos nossos atletas terão ainda mais oportunidades de participar de competições internacionais e aprimorar suas preparações”, comentou Agberto, diretor de desenvolvimento do Comitê Olímpico Brasileiro.

As bolsas destinadas ao Brasil serão divididas por nove atletas indicados pelas Confederações Brasileiras de Desportos no Gelo e na Neve. Por cada atleta o Programa Solidariedade Olímpica pagará US$ 1.500,00 por mês. Esses recursos serão aplicados no treinamento e preparação visando a classificação para os Jogos Olímpicos de Vancouver 2010. “Esse apoio intermediado pelo COB será muito importante nesta fase de preparação dos atletas brasileiros, que podem se dedicar com mais tranqüilidade para as etapas preparatórias”, disse Stefano Arnhold, presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve. “Os critérios de classificação estão mais difíceis que nos últimos Jogos, mas temos grandes chances de classificar atletas de snowboard, esqui cross country e esqui alpino”, afirmou Stefano.

País tropical, praticamente sem incidência de neve, o Brasil vem evoluindo gradativamente e alcançando resultados inéditos em competições internacionais nos espores de inverno. Tendo em vista o desenvolvimento ainda maior destas modalidades, as bolsas vêm complementar os investimentos que o COB e as Confederações fazem na preparação dos atletas por intermédio da Lei Agnelo/Piva. Nos últimos Jogos Olímpicos, em Turim, no ano de 2006, o Brasil figurou no Top Ten do snowboard. A façanha coube à carioca Isabel Clark. Na prova de boardercross, a atleta superou rivais de países de maior tradição na modalidade e conquistou um histórico nono lugar. O resultado coroou um caminho iniciado em Albertville, em 1992, quando o Brasil estreou em Jogos de Inverno. O desenvolvimento do país nos esportes de inverno pôde ser constatado também em Turim pelo recorde de modalidades (cinco) classificadas em uma edição dos Jogos: snowboard, esqui alpino, esqui cross country, bobsled e luge.

Os nove atletas brasileiros (quatro de gelo e cinco de neve) selecionados pelas confederações nacionais e já foram aprovados pela Solidariedade Olímpica Internacional para receberem as bolsas olímpicas são.: Gelo: . Kevin Alves – patinação artística | . Emilio Strapasson – skeleton | . Edson Bindilatti – bobsled | . Marcio Silva – bobsled.

Neve.: Isabel Clark – snowboard | . Johnatan Longi – esqui alpino | . Maya Harrison - esqui alpino | . Anna Breigutu - esqui alpino | . Leandro Ribela- cross country e biathlon.

Criado em 1961 pelo Comitê Olímpico Internacional, o Programa Solidariedade Olímpica tem como objetivo ajudar jovens talentos de todo o mundo a alcançar o alto nível esportivo. O programa é financiado a partir de um percentual sobre os direitos de transmissão que o COI reserva a cada edição dos Jogos Olímpicos. A verba é revertida para os Comitês Olímpicos Nacionais, apoiando atividades de desenvolvimento ao esporte e à descoberta de novos talentos, bem como os programas de desenvolvimento de estrutura técnica, e de cursos técnicos no Brasil e no exterior. | www.cob.org.br