Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

11/12/2008 - 10:53

Inteligência Tecnológica: o primeiro passo para o êxito em P&D

Muitas empresas perdem dinheiro “inovando”. Não há sentido investir na pesquisa de um composto já existente, nem dedicar esforços para desenvolver um modelo que já está nas mãos de terceiros ou produzir algo que já não interessa ao mercado. Os estudos de Inteligência Tecnológica sinalizam o que poderá ser um êxito em termos de inovação tecnológica, rastreando a informação disponível em todo o mundo e disponibilizando às empresas as linhas de investigação que devem seguir.

A Inteligência Tecnológica permite que as empresas acompanhem o desenvolvimento tecnológico de seus concorrentes, conheçam os mercados mais inovadores, quem são os profissionais atuantes e onde se encontram além de poder determinar a evolução de uma tecnologia, detectar tecnologias emergentes ou que estão se tornando obsoletas, indicar tecnologias geradoras de outras ou que se apliquem a outras áreas. A Inteligência Tecnológica possibilita, ainda, encontrar novos nichos de mercado, novos “players” e fornecedores que podem se tornar concorrentes.

A Inteligência começa com a identificação da informação necessária e a busca das informações pertinentes; e termina, com o tratamento e análise dessas informações, de forma a amparar a tomada de determinadas decisões. O que parece mais difícil é identificar o potencial da Inteligência Tecnológica, a que áreas se aplica e que tipo de organização pode implementá-la.

Muitas vezes a Inteligência Tecnológica é entendida como um processo caro, baseado em grandes soluções de software, de longa duração e aplicável apenas a grandes empresas. Tal entendimento é demasiado generalista e a Inteligência é uma das poucas disciplinas horizontais, aplicáveis a qualquer tipo de organização, de qualquer tamanho, setor ou região geográfica.

Para a implementação de um sistema de Inteligência Tecnológica não há necessidade de programas sofisticados de análise de informações, nem recursos econômicos vultosos. A chave do sistema de Inteligência Tecnológica é o profissional especialista, capaz de buscar informações relevantes e realizar análises iniciais.

Essa pessoa será a responsável pela identificação do tipo de informação que a empresa necessita em determinado momento, pela escolha das fontes que deverão ser consultadas e pela análise da informação pertinente. Ainda que, à primeira vista, possa parecer um processo simples, na prática isso requer níveis de conhecimento e experiência avançados.

As fontes de informação podem ser de diferentes naturezas: algumas em suporte digital, outras em formato diverso, tais como publicações especializadas. E sempre estão dispersas. Podem ser encontradas em portais temáticos, bases de dados específicas, publicações e artigos científicos, “blogs” “chats”, “sites” de atualidades, hemerotecas, páginas de instituições, bases de dados de patentes e projetos de pesquisa, entre outras. Sendo assim, o processo de levantamento e seleção das informações demanda certo tempo e, apesar de tudo, a pesquisa nunca será exaustiva.

Some-se a isso o fato de que muitas vezes as fontes de informação apresentam-se em idiomas diferentes. No entanto, ninguém deve mensurar a magnitude de uma atividade apenas pela complexidade de seu processo, mas também pelos resultados que ela aporta.

É possível acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos concorrentes, os mercados em que a tecnologia é desenvolvida, quem são os profissionais mais atuantes e onde se encontram. A Inteligência Tecnológica permite, ainda, determinar a evolução do interesse de uma tecnologia, identificar tecnologias emergentes ou obsoletas, ou aplicáveis a outros ramos. Enfim, é possível se antecipar e preparar a organização para futuras adaptações. A identificação e a análise dos sinais é uma das vantagens da Inteligência Tecnológica. Uma interpretação eficiente dos dados é crucial como subsídio para tomada de decisões e esboço de cenários futuros.

A reflexão que deve ser feita pelas empresas que não utilizam o processo de Inteligência é a seguinte: o preço pode ser a estagnação. Não há sentido investir na pesquisa de um composto que já existe, nem dedicar-se ao desenvolvimento de um modelo que já se encontra em poder de terceiro ou em produzir algo que não mais interessa ao mercado. Também não é justificável que uma empresa tenha um pedido de patente indeferido porque não tinha conhecimento do estado da técnica ou dos requisitos da legislação local.

Mas, e se todas as empresas implantarem um processo de inteligência? Frente ao uso comum da informação, a diferença é a forma com que o conhecimento é aproveitado, a qualidade dos processos e inovações constantes: o uso inteligente da Inteligência.

. Por: Sérgio Larreina, Diretor da Unidade de Inteligência Tecnológica Clarke, Modet & Co - Espanha (autor) Camila Guglielmo, Consultora Clarke, Modet & Co – Brasil - (tradução e adaptação).

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira