Resgatando a auto-estima e a saúde

Um problema que atormenta milhares de mulheres em todo o mundo pode agora ser resolvido em apenas 30 minutos. Esse é o tempo que dura a Labioplastia, mas conhecida como cirurgia da intimidade. A técnica, que recentemente foi muito difundida na França pelo médico Jean Pierre Fournier, é realizada no Brasil há pouco mais de sete anos e reduz os pequenos lábios vaginais que possuem hipertrofia. A cirurgia é simples com anestesia local e sedação, não deixa cicatriz aparente e nem provoca perda da sensibilidade, apenas restringe a atividade sexual por 30 dias após a operação. "O procedimento é simples e o resultado na maioria das vezes é imensurável para a auto-estima da paciente", afirma o Dr. Sergio Levy, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Rio de Janeiro (SBCP-RJ).

No Brasil uma em cada mil mulheres apresenta o problema, mas apenas cerca de 5% se submete à cirurgia de correção e mesmo assim por questões estéticas e não pelo fator saúde. O aumento dos pequenos lábios, que ficam mais proeminentes do que os grandes lábios, faz com que haja excesso de pele, causando assim incômodo estético e emocional. Essa hipertrofia pode acontecer devido à flacidez dos grandes lábios, pela idade ou por emagrecimento, ou até mesmo ser de ordem hereditária. "O problema dificulta ainda a higiene do local, aumentando as chances de se contrair infecções e de se apresentar corrimento vaginal maior que o normal, além de causar desconforto e às vezes até dor durante o ato sexual", afirma o cirurgião plástico.

Segundo ele, a baixa procura da Labioplastia deve-se ao pouco conhecimento da cirurgia, além do tabu de se falar e se tocar nos órgãos sexuais. Ele acrescenta ainda que em algumas mulheres os lábios são tão grandes que até o ato de vestir uma calça justa ou biquíni causa constrangimento, além de prejudicar na prática de esportes como corrida e ciclismo. Outras deixam de ter uma vida sexual ativa por complexos e vergonha da aparência do seu órgão genital. "A cirurgia traz satisfação íntima à paciente, aumentando a sua auto-estima. Além de proporcionar uma melhor qualidade de vida", diz Levy.