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12/12/2008 - 07:53

Meirelles anuncia empréstimos de US$ 10 bilhões das reservas inernacionais


Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, revelou no dia 11 de dezembro (quinta-feira), que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai baixar resolução para ampliar as alternativas de aplicação das reservas internacionais para empresas brasileiras com financiamento externo, a vencer no ano que vem e que ele estima em mais de US$ 10 bilhões.

Meirelles disse que o objetivo é socorrer empresas vítimas da crise de liquidez no mercado internacional de crédito. Situação que, a partir de meados de setembro, “restringiu fortemente a oferta de crédito para bancos e para empresas brasileiras que tradicionalmente se financiam no exterior”.

Ele explicou que hoje, com menos acesso ao crédito externo, na medida em que a taxa de rolagem dos empréstimos está baixa, substitui-se o empréstimo externo por financiamento interno: “A empresa vai ao mercado doméstico de empréstimos, em reais, e toma recursos. Com isso, pressiona o custo do crédito interno e a disponibilidade do crédito”.

A medida vai autorizar o BC a fazer operações de empréstimo a instituições financeiras, nos termos da Medida Provisória 442, para que ela [instituição] empreste os recursos a uma empresa nacional que tenha empréstimos externos. Isso é para evitar que os empréstimos não renovados, por falta de cobertura, pressionem, em última análise, o mercado de crédito brasileiro, explicou Meirelles.

O presidente do BC disse que poderão participar dessa triangulação financeira todas as instituições autorizadas a operar câmbio no Brasil, bem como suas subsidiárias no exterior. Também serão autorizados a tomar esses empréstimos instituições financeiras internacionais que tenham nível de risco de no mínimo AA.

De acordo com Meirelles, a finalidade é suprir uma parcela importante do crédito brasileiro que é tomado no mercado internacional. Até agora, disse ele, o governo estava atendendo a uma parte do crédito externo que era de financiamento ao comércio exterior com leilões de linhas de crédito para o financiamento das exportações.

Agora, acrescentou, o objetivo é regularizar o mercado de crédito em duas frentes: deixa-se de pressionar o mercado de crédito em reais e aumenta-se também a disponibilidade de dólares no mercado cambial brasileiro, na medida em que uma das formas de restrição de fluxo de dólares no país é exatamente a queda da oferta de recursos externos.

Os valores dos empréstimos, segundo ele, serão limitados a 125% do total de vencimento de empréstimo externo e pelas estimativas do BC o valor total dessas operações de socorro deve ser acima de US$ 10 bilhões. | Stênio Ribeiro/ABr

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