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13/12/2008 - 09:38

Prevenção é a palavra de ordem para evitar a cegueira infantil

A maioria os problemas oftalmológicos infantis podem ser evitados com a adoção de medidas simples, como prevenção e tratamento precoces. Entretanto, esse tipo de iniciativa não faz parte da cultura dos países em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, os pais levam a criança para as visitas de rotina ao pediatra e cumprem o calendário vacinal, mas esquecem do exame oftalmológico.

No “Dia Nacional do Cego” - 13 de dezembro, o Instituto da Visão quer discutir essa realidade com a população e com a imprensa, com o objetivo de informar e educar a comunidade sobre a importância de prevenir problemas oftalmológicos, também na infância.

Segundo a OMS, estima-se que no mundo haja 1,4 milhão de crianças cegas. Anualmente, cerca de 500 mil crianças ficam cegas no mundo, mais da metade devido a causas evitáveis, como a Retinopatia da Prematuridade. No Brasil, cerca de 50% das causas de cegueira infantil são preveníveis – como rubéola, toxoplasmose, deficiência de vitamina A - ou tratáveis - como retinopatia da prematuridade, catarata e glaucoma.

A cegueira e a deficiência visual infantil constituem grave problema de Saúde Pública – como a criança tem muitos anos de cegueira pela frente, representa um custo de bilhões de dólares para a comunidade em termos de perda de produtividade, cuidados com os indivíduos cegos, reabilitação e educação especial.

Prevenção - A palavra de ordem é prevenção. Mesmo uma criança portadora de doença ocular grave, como o Glaucoma congênito, certamente terá melhores prognósticos se a doença foi diagnosticada e tratada precocemente.

O teste do reflexo vermelho, mais conhecido como teste do olhinho, já faz parte da rotina obrigatória do exame de recém-nascidos em vários estados brasileiros. Regulamentado em forma de lei em alguns lugares, esse exame detecta diversos problemas oculares e previne uma série de seqüelas. Catarata congênita, glaucoma congênito avançado, infecções intra-oculares, malformações, tumores entre outros problemas de saúde ocular são possíveis de diagnosticar nesse exame, que deve ser feito antes de a criança sair da maternidade. No Brasil, o teste já é obrigatório no Estado de São Paulo, Paraná e nas cidades do Rio de Janeiro e Porto Alegre. Se o bebê for prematuro, além do teste do olhinho, também deverá fazer fundo de olho, com oftalmologista, no 1º. mês de vida, para detectar Retinopatia da Prematuridade.

O segundo exame deveria ser feito aos três anos para detecção de estrabismo ou erros de refração e repetido na fase pré-escolar para evitar problemas de aprendizagem. Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 25% das crianças em idade pré-escolar e no primeiro ano do ensino fundamental apresentam algum tipo de deficiência visual e de 5 a 8% possuem algum grau de ametropia.

A atenção dos pais também é importante para detectar problemas na criança. O Retinoblastoma, por exemplo, que acomete crianças do nascimento até os 7 anos de idade, é um tumor muito agressivo, que se não tratado mata a criança. Como sinais da doença a criança pode apresentar estrabismo (olhos desalinhados ou "tortos"), mas sua característica mais comum é o reflexo pupilar branco ou o reflexo do olho de gato, que aparece em fotografias - quando a luz do flash da câmara bate sobre os olhos e o reflexo é branco em vez do vermelho esperado. Isso ocorre porque a luz do flash reflete na superfície do tumor, que é branco. Na presença desse sintoma, os pais devem levar a criança a um oftalmologista para exames.

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