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09/03/2007 - 08:19

O espaço corporativo e a fixação da marca

“Há quinze anos, as empresas competiam no preço. Hoje é na qualidade; amanhã, será no design”. A frase de Robert Hayes, professor da Harvard Business School (EUA), atesta a importância da imagem e do desenho no mundo dos negócios e na valorização de marcas. Esse raciocínio vale inclusive para a construção da sede da empresa. Afinal, o espaço físico também é responsável por comunicar valores sobre sua marca e seus produtos.

Sobriedade ou formalidade? Descontração ou tradição? Que características a sua empresa quer ressaltar ao cliente? Isso fará muita diferença na hora de escolher os móveis, as cores e a formatação de espaço, por exemplo. Um escritório de advocacia tem qualidades diferentes a ressaltar em relação a uma agência de publicidade. Uma loja de artigos esportivos busca um efeito diferente no seu consumidor do que uma livraria. Se ambas souberem transmitir isso ao cliente em toda a sua comunicação visual, certamente terão mais facilidade em conquistá-lo e mantê-lo.

Segundo Claudio de Freitas Magalhães, autor do livro Design Estratégico - Integração e Ação do Design Industrial dentro das Empresas (Senai), o design ajuda a garantir a unidade do discurso da empresa. Isto “facilita a identificação de sua mensagem, possibilitando maiores índices de memorização que favorecem o comportamento de troca. O designer pode, então, configurar a filosofia da empresa, ou seja, tornar perceptível um conjunto de crenças e valores”, diz o especialista em Marketing pelo IAG – PUC-RJ.

É importante, ainda, adequar a proposta de mobiliário corporativo ao público interno da empresa. Afinal, ele também é responsável por ecoar as mensagens e os valores do local onde se trabalha. Uma companhia de call center, por exemplo, jamais pode se esquecer de que seus funcionários são prioritariamente jovens e que passam grande parte de seu tempo sentados, na mesma posição. Para esses funcionários, faz toda a diferença contar com móveis ajustáveis e confortáveis – além de acessíveis também aos portadores de deficiência.

Por fim, é indispensável considerar a importância da sustentabilidade no contexto atual. A preocupação ambiental levou à criação do conceito de green buildings (prédios verdes), que desde a sua concepção levam em conta a economia energética, a reutilização da água e o uso de móveis de reflorestamento, por exemplo. Além de reforçar o compromisso social da empresa e minimizar seu impacto sobre o meio ambiente, a escolha inteligente de materiais e móveis gera economia de custos e melhor aproveitamento de recursos. Aqui no Brasil, já existem linhas de móveis (como a Horizon, patenteada em 2005) que utilizam 96% das placas de madeira – algumas utilizam apenas 68% da matéria-prima, gerando desperdício. A partir do mesmo raciocínio, as placas metálicas utilizadas são feitas sob medida, para que não haja sobras.

Nota-se que o design e a apresentação visual da empresa não são meros detalhes. São fatores estratégicos e estreitamente ligados à filosofia de seu core business. Sendo assim, devem ser incluídos no projeto de comunicação corporativa da companhia. Portanto, na hora de construir ou mobiliar seu escritório, o empresário deve se perguntar: “como eu quero que a minha empresa seja lembrada pelo meu público?”

. Donizetti Pontim, é presidente da Intelligent Table, indústria especializada em mobiliário corporativo

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