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Petrobras diz que há defasagem de preço do gás natural no Brasil

A Petrobras esclarece que o preço do gás natural no Brasil está defasado em relação aos combustíveis que veio a substituir, provocando desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Uma das razões para a defasagem decorre do crescimento da demanda, mais rápido do que seria sustentável.

É importante lembrar que a Petrobras vende o gás para as distribuidoras estatais e são elas que definem os preços finais e os reajustes para os consumidores residenciais, veiculares, industriais e para as termelétricas.

A Companhia manteve os preços do gás vendido às distribuidoras estaduais estáveis durante dois anos (de 2003 a 2005), como forma de incentivar o consumo e ampliar o mercado do combustível. O que significa dizer que a Petrobras não repassou, para as distribuidoras, os reajustes ocorridos no preço do gás da Bolívia.

É importante ressaltar que o contrato assinado com a Bolívia tem uma cláusula denominada “take or pay” pela qual a Petrobras tem que pagar, trazendo ou não daquele país, por 24 milhões de metros cúbicos de gás por dia, enquanto o mercado estava exigindo apenas cerca de 10 milhões em 2003. Havia, então, a necessidade de criar mercado para a totalidade do fornecimento contratado o que ocorreu em setembro de 2005, quando foi atingida a cota de 24 milhões de metros cúbicos/dia, prevista no contrato, e retirado o incentivo ao consumo, via reajuste dos preços para as distribuidoras

A demanda brasileira de gás natural está crescendo em torno de 17% ao ano, uma das maiores taxas do mundo, exatamente porque o seu preço no mercado interno está defasado em relação aos demais combustíveis alternativos. Para atender a este crescimento, a Petrobras investe na produção interna, principalmente nas bacias de Santos, Espírito Santo e Campos e na importação de gás natural liquefeito (GNL).

Com isso, a partir de 2008, a Petrobras estará aumentando progressivamente a oferta no mercado interno. Em 2011 o Planejamento Estratégico da Petrobras prevê uma demanda em torno de 121 milhões de metros cúbicos/dia, dos quais cerca de 59% serão atendimentos pela produção doméstica e o restante pelo produto importado da Bolívia e pelos terminais de regaseificação de GNL.

A distribuição de gás natural é monopólio das empresas estaduais que compram o gás da Petrobras e o distribuem para os diversos segmentos de consumo que, por sua vez, têm contratos e preços diferenciados, para uso industrial, veicular, geração de energia e uso doméstico.

Hoje a oferta de gás no Brasil provém da importação da Bolívia, do gás que é produzido junto com o petróleo (gás associado) e, em menor proporção pelo gás não associado ao petróleo. A partir de 2008, a Petrobras terá uma parcela maior de gás não associado e de importação de GNL.

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