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17/12/2008 - 08:44

Mulheres são maioria no mercado de trabalho focado em saúde

As mulheres estão cada dia mais presentes no mercado de trabalho, principalmente no segmento relacionado à saúde. Elas são praticamente a maioria nos corredores de clínicas, laboratórios e empresas de prestação de serviço no segmento de saúde. Conforme a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE divulgada em 2008, o aumento da qualificação das mulheres tem sido evidenciado e os números mostram que em relação ao nível superior, as mulheres brasileiras sobressaem-se de maneira significativa, enquanto os homens estão perdendo espaço universitário para elas. Em 2007, do conjunto de estudantes deste nível, 57,1% eram mulheres, o que revela um aumento em relação a 1997, quando o percentual era de 53,6%. No laboratório de anatomia e citopatologia Dairton Miranda, em Belo Horizonte, as mulheres representam quase 70% do quadro de funcionários. Dos 30 colaboradores, 23 são mulheres.

Segundo o médico e diretor do laboratório, Dairton Miranda, o sexo não é pré-requisito para ocupar as vagas, mas é fato que as mulheres têm maior habilidade com materiais menores por serem mais detalhistas e apresentarem delicadeza no manuseio. “A habilidade é um ponto extra ao lidar com procedimentos complexos e frágeis. Acreditamos que, por isso, elas estão muito presentes na área da saúde, em setores como preparação de exames”. Há 22 anos trabalhando com preparação de material para biópsia, Regina Célia Melo Souza da Rocha, coordenadora do Setor Técnico do laboratório, afirma que características femininas como atenção redobrada e facilidade para lidar com materiais pequenos são essenciais para o sucesso na área. “É preciso ter calma, exatidão nos movimentos das mãos e atenção, características que fazem parte do perfil da mulher”.

De acordo com o psiquiatra e diretor do Centro Interdisciplinar de Orientação Psicopedagógica (Ciope), José Raimundo Lippi, a presença da mulher na área da saúde não acontece somente pela vocação natural do sexo feminino, ligada ao cuidado com as crianças por causa da maternidade. “Elas estão inseridas na área pelo mérito da gloriosa conquista de seu espaço no mercado de trabalho e na sociedade, além disso, demonstram maior capacidade de trabalhar em grupo”, detalha.

Para Lippi, saber trabalhar e unir conhecimentos em equipe é uma característica essencial, principalmente devido à especialidade dos serviços prestados pela clínica. “Quando recebemos uma criança ou um adolescente, atendemos, prioritariamente, toda a família, já que é imprescindível a participação e o acompanhamento dos pais em cada caso. A sensibilidade feminina e a capacidade das mulheres para trabalhar em grupo são elementos que contribuem para que elas sejam a maioria no Ciope”, conta o diretor.

No Centro de Tratamento e Investigação da Esclerose Múltipla da UFMG (CIEM), a equipe é formada por 16 profissionais, dos quais 11 são mulheres. São neurologistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, psicólogas, fonoaudiólogas, musicoterapeutas, enfermeiras e assistentes sociais que atuam de forma multidisciplinar no atendimento aos portadores de esclerose múltipla.

Para o coordenador do Ciem, o neuro-oftalmologista Marco Aurélio Lanna, as mulheres são dedicadas, competentes e sensíveis e, por isso, têm dominado o mercado. Um bom exemplo é a neurologista Cristiane Rocha, que se diz apaixonada pela medicina e realiza seu trabalho de forma humanizada. “Com muito respeito ao paciente, levo em consideração não somente os sintomas da doença, mas enxergo o individuo de forma global”, conta a especialista. O CIEM é o único centro credenciado pelo Ministério da Saúde para tratamento de Esclerose Múltipla em Minas Gerais, sendo referência na América Latina.

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