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17/12/2008 - 10:10

Indústria do Rio reduz expectativas para 2009

Pesquisa da Firjan prevê queda no ritmo de produção e vendas como principal efeito da crise internacional.

As indústrias do Rio de Janeiro reduziram suas expectativas para o ano de 2009. É o que mostra a pesquisa Avaliação e Expectativas dos Empresários Industriais, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com 121 indústrias que, juntas, contam com 85.130 trabalhadores.

Ainda que metade dos participantes não tenha se surpreendido com a evolução das vendas neste último trimestre, parcela importante dos entrevistados (42,1%) avalia que estão abaixo do esperado. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as expectativas de vendas para o último trimestre de 2008 dividem-se majoritariamente entre redução (36,4%) e aumento (34,7%), sinalizando impactos diferenciados da demanda menor.

Perguntados sobre o ritmo de produção, 35,8% dos entrevistados ainda não sentiram impactos da crise, mas já projetam uma redução para o início de 2009. Um quarto das indústrias já reduziu turnos ou concedeu férias coletivas. Com relação ao emprego, 60% dos entrevistados esperam terminar o ano com estabilidade de quadros, mas 25% terão quadro de funcionários inferior a setembro.

Apesar de apenas 23,3% das empresas consultadas estarem com dificuldades de obtenção de financiamento, metade da amostra está evitando buscar financiamento, possivelmente por conta do aumento do custo do crédito. Não há dificuldades de pagamento do 13º salário, segundo 78% dos industriais entrevistados.

Os efeitos da crise internacional tendem a ser crescentes, com a percepção dos impactos de redução de vendas saltando de 49,6% atualmente para 66,1% em 2009. Com relação às exportações, por conta da desaceleração mundial, o número de empresas prevendo queda em 2009 atingiu 47,3%. O encarecimento do dólar também afetará as importações de 59,6% das indústrias do Rio em 2009, com reflexos diretos na aquisição de bens de capital e insumos industriais.

Outro efeito da crise internacional será a maior dificuldade de captação de recursos em 2009, apontada por 56,4% da amostra. A incerteza afetou a intenção de realizar investimentos tanto nos próximos seis meses quanto nos próximos 12 meses. Ainda há, contudo, 40% que mantêm seus planos de investir.

Em termos de volume de recursos, cerca de dois terços dos entrevistados ou reduzirão ou manterão o volume a ser investido em 2009 frente a 2008. A maioria dos entrevistados utilizará capital próprio para realizar seus investimentos.

A alta carga tributária permanece como a principal preocupação dos empresários (citada por 72,7%), seguida do aumento de custos (52,1%), tanto de produção quanto de crédito (43,8%). A redução de demanda também é destacada por 43,8%.

As expectativas para o 1º trimestre de 2009 refletem incerteza e impactos diferenciados: as empresas dividem-se entre queda e manutenção de vendas industriais. Pouco mais de um quarto projeta aumento. Contudo, o quadro esperado é de desaceleração: 61,9% acreditam na redução do crescimento da economia brasileira frente aos desafios atuais. De cada 10 entrevistados, quatro estão pessimistas quanto à evolução da economia brasileira nos próximos seis meses.

A principal reivindicação dos empresários ao poder público é que, além das medidas de curto prazo, retomar o caminho das reformas, em especial a tributária (ponto ressaltado por 78,3% dos entrevistados).

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