Análise dos planos de previdência ajuda a enfrentar crise econômica

Investidores em renda variável têm opções para evitar prejuízos

Os reflexos da crise econômica mundial ainda não foram inteiramente estimados, mas as conseqüências já foram sentidas, nas ações negociadas em bolsa e também nos investimentos pessoais, principalmente nos planos de previdência privada. Os números do mercado revelam que, entre 2007 e o primeiro semestre deste ano, houve um forte crescimento dos planos que aplicam seus recursos em renda variável. Mas agora, diante da crise e das incertezas dos índices e das taxas de juros, os poupadores se perguntam o que fazer com os planos de renda variável para não acumular prejuízos.

Para Keyton Pedreira, gerente de negócios da Kiman Solutions, os investidores podem tomar algumas decisões para reduzir as chances de perder os recursos investidos. “A portabilidade é uma das soluções”, afirma. O mecanismo permite ao participante do plano de previdência transferir recursos para a modalidade de renda fixa. Mas Keyton alerta que é necessária uma análise criteriosa antes de tomar esta decisão, pois os mercados devem se recuperar parcialmente nos próximos meses.

No caso das pessoas que estão próximas da aposentadoria, a melhor pedida é aguardar, não importando se o plano tem renda variável ou fixa. “Para quem está entre os 30 e 50 anos, o momento é de reflexão. Uma pessoa mais arrojada pode aproveitar a recuperação do mercado e migrar parte dos recursos de seu plano de previdência em renda fixa para renda variável. Os que estão em renda variável e aqueles que não querem correr risco, o melhor conselho é ficar onde estão”, afirma Keyton.

Para os pais que já contrataram um plano de previdência privada para seus filhos a previdência privada para menores atrelada à renda variável sempre será atraente, pois é uma aplicação a longo prazo.