Roche anuncia investimento de US$5 milhões em laboratório no Rio

A farmacêutica Roche acaba de anunciar o investimento em um novo laboratório de Controle de Qualidade de sua fábrica de medicamentos, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Com investimento de US$ 5 milhões, a empresa trará ao Brasil tecnologia de ponta capaz de otimizar seu processo de manufatura e aumentar em até 30% a produtividade. O laboratório entrará em operação em julho de 2008 é a parte final do projeto de revitalização da fábrica da empresa em Jacarepaguá, reinaugurada em 2004, quando foram, injetados US$70 milhões para a ampliação e modernização de suas linhas de produção. Graças a isso, a fábrica brasileira é considerada um centro de excelência de produção mundial do Grupo Roche e possui o mesmo padrão das mais modernas unidades da Europa e dos Estados Unidos.

O laboratório está em plena conformidade com as regras previstas nas Boas Práticas da Fabricação Farmacêutica e durante a fase de obras deve gerar cerca de 70 novos empregos. Este é mais um passo importante para a preparação da fábrica que espera, em meados de 2007, a visita das autoridades sanitárias européias (EMEA – European Agency for the Evaluation of Medicinal Products), para poder exportar seus produtos para a Europa. O Brasil deverá ser o fabricante mundial da Roche do antocoagulante Marcoumar e do antibiótico Bactrim. Hoje a Roche Brasil já exporta uma série de medicamentos a diversos países da América Latina.

De acordo com o dr. Jan van Koeveringe, diretor da divisão de Operações Técnicas Globais da Roche, a construção de um laboratório com tecnologia tão avançada mostra o cuidado e a dedicação que todo o grupo está colocando na fabricação de medicamentos com o mais alto grau de qualidade para os pacientes de todo o mundo. Os aparelhos serão capazes de medir e controlar até mesmo a pureza do ar dentro dos ambientes de fabricação.

O presidente da Roche Brasil e América Latina, Ernest Egli, ressalta que “este é mais um passo para aumentar as exportações da empresa não só para a América Latina, como também para a Europa, e isso representa uma prova de confiança dos nossos acionistas mundiais na capacidade do Brasil e no centro de excelência em produção farmacêutica no Rio”.

Atualmente, a fábrica exporta para a América Latina 30% dos comprimidos e 19% dos líquidos orais que produz, num volume total de cerca de US$ 48 milhões. O principal mercado é a Argentina, seguida de Chile, Colômbia, Equador, México e Venezuela. A unidade utiliza cerca de 60% da sua capacidade. A produção de 2005 foi de 1,2 bilhão de comprimidos, 19 milhões de ampolas (líquidos estéreis) e 14 milhões de unidades de vendas de líquidos.

A Roche chegou ao Brasil no dia 14 de março de 1931. No início, contava com apenas 17 funcionários em uma área de 250m2 no centro do Rio de Janeiro. Hoje são mais de 1300 funcionários. A fábrica de Jacarepaguá foi construída entre os anos de 1974 e 78, numa área de mais de 300 mil m2. A companhia foi a primeira empresa da área farmacêutica no Brasil a ter sua fábrica totalmente de acordo com o Protocolo de Montreal, que regulamenta o uso de substâncias que destroem a camada de ozônio. A empresa investiu U$ 1 milhão na substituição do seu sistema de refrigeração por equipamentos que utilizam amônia no lugar dos antigos, que funcionavam com o gás CFC12. A Roche tomou essa atitude seis anos antes do previsto pelo protocolo de Montreal.